Razões De Uma Noite

Capítulo 66 & Precisa de alguma coisa?

Laura

Ontem eu tentei ficar até tarde conversando com eles na sala, mas meu remédio estava fazendo efeito e a vontade de dormir estava enorme.

Então, só comi dois pedaços de pizza e subi pro meu quarto, o que subir só foi uns vinte minutos, pra que uma escada grande dessas?

Hoje acordei cedinho, tava com uma puta saudade de um ar condicionado, então só acordei e fiquei deitada mexendo no celular e aproveitando.

Mila: Bom dia, flor do dia. _Entra no quarto com tudo acendendo a luz._ Já tá acordada safada? _Desligo o celular e encaro ela._

Laura: Graças a Deus, por que se você entrasse assim e eu estivesse dormindo, meu celular ia voar na sua cara. _Ela ri e sento devagar na cama._

Observo ela que já estava toda arrumada, cabelo preso, óculos de sol já cabeça, um biquíni rosa e uma saída de praia branca.

Mila: Vem, vou te ajudar e descer pra fazer as coisas. _Ela tira o meu coberto._

Apoio na sua mão e ela me ajuda ir até o banheiro. Encaro minha imagem no espelho e fico mal né, uma pessoa que até semanas atrás amava se vê no espelho, hoje não consegue por estar nesse estado.

Mila: Se vê defeitos. _Me vira._ Vamos ficar gostosa, Truta tá aí e vai ver o mulherão que tu tá. _Gelei._

Tiro minha camisola e a Mila prender meu cabelo. Ligo o chuveiro e meu corpo todo agradece com aquela água relaxante descendo pelo meu corpo, água relaxa demais e não sinto uma dor se quer.

Depois disso, a Mila consegue me secar bem devagar, os machucados estão bem sensíveis e doloridos, então complica.

Mila: Tu consegue colocar o biquíni? _Assenti._ Ok, só vou colocar o arroz no fogo e veio te ajudar a descer. _Ela me entrega a toalha e sai do banheiro._

Saiu do banheiro e caminho até a cama, agradeço por ela ter colocado o biquíni encima da cama. Meu biquíni lindo, vermelho, amei.

Com muita dificuldade e com muita risada sozinha por não ter capacidade de fazer nada, consegui colocar o biquíni. Menos amarrar, também não estou nesse nível.

Suspiro por olhar a pomada encima da cama, preciso da Mila nesse momento. Vou até a porta do quarto, abro a mesma e tento gritar ela, enquanto seguro as alças do biquíni.

Tento chamar por um bom tempo, mas a música lá embaixo ia evitar de chegar minha voz.

Truta: Que foi? Precisa de alguma coisa? _Levo um susto assim que ele abre a porta na minha frente._

Encaro ele, meu coração deu uma batidas fortes que nunca percebi esse efeito sobre mim. Minha boca secou. Meu corpo todo sentia que o dele tinha um ímã.

Laura: É, precisava da Mila. _Raspo a garganta._

Truta: Ela tá fazendo o almoço, posso ajudar? _Ele se aproxima de mim com as mãos no bolso._

Laura: Tá é..._Saiu da porta e entro no quarto._ pode amarrar pra mim?

Me viro de costas pra ele, percebo sua respiração um pouco pesada. Mas assim que sua mão rela nas minha costas, meu corpo todo corresponde arrepiando dos pés a cabeça.

Coloco meu cabelo pro lado, ele amarra o biquíni com um pouco de medo de apertar, confesso que amei.

Truta: Pronto! _Ele da uma leve apertada no meu ombro._

Laura: É, não querendo abusar. _Falo nervosa e vou até a cama pegando a minha pomada._ Pode passar, por favor? _Estico entregando pra ele._

Ele assenti e caminha até minha frente, pega a pomada e encara meu rosto.

Queria muito mesmo abraçar ele, sentir ele e saber que tudo vai ficar bem. Ele parecia desconfortável, pois segurava aquela pomada e não sabia por onde começar.

Com um pouco de receio, aquelas mãos grossas e grandes, que a um tempo atrás passava pelo meu corpo com malícia, ele começa passando por todo meu braço com toda delicadeza.

Depois, pega mais um pouco de pomada, agacha na minha frente e deu uma leve crise de riso em ambos.

Truta: Sempre tenho vontade de ficar agachado cara a cara com a sua buceta, mas não pra passar uma pomada em seu corpo. _Fala rindo e passa aquela coisa em toda minha coxa._

Laura: Da outra forma acho mais prazerosa do que essa. _Dou risada._

Ele passa por toda minhas pernas, depois viro de costas e ele passar por todo meu corpo, nesse momento eu já estava com tanta saudades dele.

Truta: Você continua muito gostosa, e minha vontade era realmente de fuder com você. _Fala no meu ouvido._

Consigo ficar constrangida, mas um constrangida bom, assim que me viro para responder ele, nem mesmo sua sombra estava mais presente ali.

Suspiro e olho pro teto, mordo meu lábio e sorrio de lado. Esse cara consegue fuder comigo em todos os sentidos.

Pego minha saída de praia de encima da cama e me enrolo nela, agora realmente apenas a água da piscina vai me relaxar, aliás nem sei se posso entrar.

Mila: Aí amiga, desculpa..._Aparece na minha frente enquanto desço as escadas._ Conseguiu passar a pomada?

Laura: Não! _Me apoio em seu braço e ela me ajuda a descer._ O Truta passou pra mim. _Ela me encara com um sorriso no rosto._ Para de me olhar assim.

Mila: Não estou te olhando de jeito nenhum. _Fala rápido._ E aí, o que rolou?

Laura: Nada. _Suspiro._ Eu tô com saudades dele! _Assumo e ela não fala nada._ Não vai me dizer nada?

Mila: Não ia, mas vou. _Paramos no pé da escada._ Por que não fala? _Nego e vamos até a cozinha._ Então fica a sofrendo por ele. _Suspiro._

Apolo: Olha, aquela menina já está me irritando. _Diz assim que entramos na cozinha._

Laura: Quem? _Me sento na cadeira._

Mila: A tal prima do Truta. _Dou risada._

Apolo: Você ri né? A hora que vê ela duvido que vá rir assim também. _Levanto a mão em forma de redenção._

Fiquei ali um bom tempo sentada com eles conversando, queria mesmo era beber, ajudar eles a cozinhar, ou até limpar a casa. Mas não dá.

Apolo: Amiga, leva esse vinagrete pra mim lá fora? _Entrega pra mim e assenti._

Me levanto, pego o pode com o vinegrete e caminho até lá fora. A piscina azulzinha me chamava a atenção, aquele sol quente era de matar, o cheirinho de churrasco.

Me concentro pra levar isso até a mesa, vejo o Muralha, o Truta e uma menina...Ou mulher, não sei ao certo, uma ruiva literalmente agarrada no pescoço no Truta.

Uai, não era ele que queria fuder comigo até uns minutos atrás lá no meu quarto?

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