Capítulo 51 & Acompanhado*

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Truta

Depois que deixei a Laura na casa dela, partir pra minha casa e conversei um pouco com a Alma. Na moral, tô com uma saudade do caralho dela, mas vendo ela por vídeo e saber que ela está suave ameniza isso, saca?

Vendo ela lá, bem, tranquila e sem parada na cabeça me faz pensar, eu nessa vida não vou ter esse momento. Tive uma escolha agora tenho que ter consequências disso.

Terminei de resolver algumas paradas no celular, peguei uma cerveja geladinha e fui pro quarto. Tomei um banho, me arrumei e fiquei cheiroso pra minha gata. Pego meu celular e mando mensagem para Laura.

Truta: Ai Modelo. _Assiono ele assim que saiu na rua trancando a casa._  To saindo para outro lugar, qualquer b.o ligo pa tu. _Ele para na minha frente._

Modelo: Jae. Vai sozinho?

Truta: Vou estar acompanhado, segurança em dobro. _Abro o carro._ Só liga se aqui estiver pegando fogo. _ Entro no carro._

Laura responde que já está me esperando, ligo carro e vou em direção da sua casa, tudo que eu precisava era um churrasco com uma cerveja da boa. TG mandou mensagem perguntando se bebiamos de tudo, não era pra levar nada só ir de boa.

Assim que paro na sua casa ela vem toda bonitona e arrumada, falar a real, não consigo e nem penso em pegar outra mulher, ainda mais olhando pra ela, tenho certeza que ela tá suave também.

Laura: Preciso me acostumar com o seu tempo. _Entra no carro._ Tu é muito pontual. _Se arruma no banco e encaro ela._ Que foi? _Pergunta rindo._

Truta: Só admirando tu memo, mó gostosa. _Sorrio de lado e ela fica vermelha._ Fica vermelha não, só verdade.

Me viro pra frente e dou partida no carro. Vejo ela toda atenta no celular fazendo alta caras e bocas, não queria nem atrapalhar.

Truta: Aí, alguma coisa do seu ex louco lá? _Ela desliga o celular._

Laura: Não, me dá até um frio na barriga com isso. _Ela se treme toda._

Truta: Se tu quiser falar com uns irmão aí, da pra dar uma força pra ti. _Ela nega._

Laura: Quero fazer isso dar certo, pra jogar na cara do filha da puta que ele acabou, que ele se afundou pra mim. _Assenti._ Só tenho medo por conta das mensagens, dele saber algo.

Truta: Ele não vai fazer nada contigo morena, se esse filha da puta chegar perto de você acabo com a raça dele. _Ele ri._

Laura: As vezes esse seu jeito protetor acho fofo, mas ao mesmo tempo ogro. _Acabo rindo._ Demora muito pra chegar pra onde tá me levando?

Truta: Uma hora e pouca. _Ela liga o som._

Sertanejo tocava no rádio, o calor do Rio e ainda com mulher do lado, tem coisa melhor?

Depois de um tempo chegamos no morro do TG, confesso que me surpreendi, o mano tem mó cara de largado, mas não aqui, geral organizado na contenção.

Xxx: Qual foi pai? _Fecho a cara já._ 

Truta: Mano TG já está me esperando. _Ergo um pouco minha camisa e ele vê minha
arma._

Xxx: Tu que é o tal Truta? _Fecho mais a cara._

Na moral, segurei mó onda porque a Laura está do meu lado e fui convidado
para estar nessa favela, educação desses filhos passou longe.

Truta: Sou eu mesmo, vai deixar passar ou preciso acionar seu chefe? _Ele se afasta do carro._ Bom mesmo, se não estaria fora da caminhada hoje mesmo.

Dou partida no carro já puto, Laura apenas se ajeitou no banco e olhou para frente. Subi o morro, fui sendo guiado pelo áudio do TG aonde é a goma dele.

Laura: Eu achava a sua casa um pouco exagerada, mas esse aqui mostra mesmo que é o dono disso tudo. _Fala assim que paro enfrente aquela puta casa._

Truta: Não gosto de mostrar que tenho dinheiro. _Desligo a carro._ Se tiver alguma
parada que não curtiu vem falar comigo e vamo piar, jaé?

Laura: Ta bom! _Sorri e abre a porta do carro._ 

Saiu do carro, tranco o mesmo e dou a volta pegando na mão dela, sorriu pra ela e entramos na casa barulhenta.

Falar a real, não tinha quase ninguém. Claro, alguns caras e mulheres pra lá, umas minas praticamente peladas.

TG: Mano Truta que bom ver tu. _Faço um toque com ele._ Achei que nem ia encostar.

Truta: Não perco churrasco e cerveja de graça. _Ele ri._ Essa é a Laura.

TG: Suave mina? _Estica a mão pra ela que sorri tímida._ Fiquem a vontade, cerveja e comida lá fora. _Aponta pra piscina._ Aqui dentro tem uns destilados, mas podem ficar tranquilos aí.

Truta: Valeu mano. _Ele bate no meu ombro e sai cumprimentando outro cara atrás de mim._

Laura: Fiquei com medo desse cara vindo na minha direção. _Coloco a mão no seu pescoço e começamos a andar._

Truta: Perdeu a postura assim que abriu a boca né? _ Ela concorda rindo._

Chegamos na parte da piscina aonde sim tinha várias pessoas, falo com alguns caras que estavam ali. Esse cara é Relíquia viu? Só festa da boa, bebida da melhor e a carne mais ainda.

Paramos em umas cadeiras que estavam vazias ao lado da piscina.

Laura: Aquela é a mulher do Muralha? _Aponta para a entrada da goma e já olho._

Muralha consegue ser um cara brabão, lá na minha favela nem da as caras com a Sabrina por conta da Mila, agora nos outros cantos mostra a mulher como um troféu.

Truta: Ela mesma. _Sento do lado dela._ É meu parceiro, mas é um cuzão da porra.

Laura parecia um pouco desconfortável, não sei se por estar em um ambiente diferente, ou não está gostando mesmo.

Laura: Esse lugar é meio estranho, diferenciado. _Parecia que tinha lido minha mente, chego mais perto dela colocando a mão na sua coxa._

Truta: Fica suave, não vou sair do seu lado. _Beijo sua cabeça._

Ficamos ali falando de todo mundo que chegava, a Laura é tão gente boa, fala de tudo, ri de tudo, mina firmeza memo, tá ligado?


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