Capítulo 87 & Boa ou ruim?

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Truta

Faz três dias que estou em casa e não aguento mais, minha mãe, minha irmã e Laura não saem do meu pé. Não posso fazer isso por conta de repouso, não posso fazer aquilo pra nós fazer esforço, fiquei praticamente um mês no hospital, pra que descansar mais?

Papo reto, não vejo a hora de ir fazer as minhas coisas, cuidar das minhas paradas e fumar um, na moral, pareço um vegetal nessa cama sem fazer nada, só dormindo e mexendo no celular.

Esses dias que fiquei malzao e que nem queria acordar, peguei várias coisas pra vida, saca?

Pega a visão, com o passar do tempo a morte chega ser algo assustador demais ou até traidor. Não é atoa que quando minha vó e meu pai faleceu não vi eles não caixão, quero ter essa lembrança não, só deles felizes e das lembranças boas comigo.

Tudo aconteceu de maneira muito rápida e apavorante. Eu, que me imaginava morrendo em grande estilo, embora não tenha idéia do que seja morrer em grande estilo, quase perco a vida da forma mais estúpida possível: levando um tiro na barriga do ex da minha mulher.

A morte decidiu me dar uma nova chance e eu decidi mudar meu estilo de vida, na real tentar. Vou tentar sorrir mais, brincar mais, amar mais, tentar ser uma pessoa melhor, enfim, vou procurar viver com mais intensidade porque no dia que a morte voltar, não sei se terei como escapar outra vez e fatalmente serei obrigado a me mudar de mala e cuia para fixar residência na cidade de pés juntos.

Laura: Pensa que vai aonde, Willian? _Diz assim que eu apareço na sala._

Truta: Morena, preciso resolver minhas coisas. _Suspiro e ela fecha a cara._ Daqui dois dias é natal, preciso resolver as coisas de fim de ano. _Me aproximo dela._

Laura: Deixa o Muralha lá, ele também tem direito das coisas e resolve igual você. _Cruza os braços._ Manda mensagem, liga ou sei lá. _Nego me aproximando._

Truta: Já fiquei tempo demais deitado, minha vida continua e papo reto, se eu ficar mais um pouco naquela cama eu morro.

Eu tava com muita saudades dela, desses olhos intensos olhando pra mim, sua melanina brilhando, seus cabelos pretos e brilhosos.

Laura: Bom, já que não precisa de mim..._Ela pega sua bolsa na mesinha da sala._ Vou pra casa, qualquer coisa me liga.

Truta: Laura, a gente não vai discutir por isso, é meu trabalho. _Ela assenti e vai até a porta._

Respiro fundo assim que a porta se fecha, por que é tão difícil entender uma mulher e não deixar ela brava ou algo assim? Pego a chave da minha moto e saiu de casa. Depois me resolvo com ela.

Dadinho: Olha se não é ele..._Diz assim que entro na boca._ Como tá pai? _Faço um toque com ele._

Truta: Tô novo e aí, suave? _Faço toque com o restante que estava ali._

Muralha: Tranquilo. _Caminhamos pra sala._ Mas muita parada pra resolver.

Caminhamos até a salinha daqui, respiro fudno sentindo o ar da minha vida nas minhas veias de novo, saudades da porra de resolver isso aqui.

Modelo: A gente começa por onde? _Pergunta pro Muralha._

Me sento na cadeira e fico encararando eles começarwm a falar.

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