Capítulo 30 - A esperança que dispara o coração partido

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OLHA QUEM CHEGOOOOOU!!! 

Como vcs estão, meus amores? Espero que bem :)

Preparados para o BTS no Grammy (que não merece eles)?

Enquanto esperamos, que tal deixarmos nossos corações quentinhos com um capítulo novíssimo? É isso mesmo que vocês ouviram kkkkk... Porque não é só de sofrência que esse trisal sobrevive xD

Espero que gostem.

BJOKAS *3*

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ÈVE

O vazio me engole mais uma vez.

Fico parada em meio ao escuro e o silêncio um instante, tentando não os temer, antes de respirar fundo e caminhar rumo à sala de estar. A lembrança de quatro dias atrás acompanha cada um dos meus passos. É como se eu estivesse prestes a vivenciar tudo aquilo de novo, porém, ele já não está aqui para protagonizar tal cena comigo. Não restou nada além do vazio e da quietude.

Jamais pensei que chegaríamos a esse ponto.

Por mais estranho que andasse os ânimos entre nós, nunca cogitei que Jungkook pudesse tomar uma atitude como aquela. Mas foi o que aconteceu. Ele simplesmente pegou a bolsa e partiu.

Demonstrando que o problema era muito maior do que imaginei.

Mas, principalmente, que não o conheço como pressupus que conhecesse.

Deixo a jaqueta pesada sobre o encosto do sofá e me sento. Observo o pulso enfaixado e suspiro. Se eu dissesse que estou com vontade de fazer qualquer coisa, estaria mentindo, tanto que não vou trabalhar desde que ele se foi. Não tive forças para quase nada, além de perambular com a Nina pelas estradas ao redor de Paris, tentando colocar meus sentimentos no lugar.

E foi assim que terminei no hospital após sofrer uma queda perto de Nanterre, a alguns quilômetros da capital. Não prestei atenção no outro motociclista e tive de desviar para não causar um acidente maior. Mas o peso da minha moto, somado a brusquidão da manobra, me levou direto para o chão. O rapaz com quem quase colidi, me ajudou a levantar e prestou os primeiros socorros – embora não fosse nada demais –, e não tive outra alternativa além de deixá-lo guiar a Nina até o hospital mais próximo, já que não estava aguentando a dor no pulso.

Não liguei para que fossem me buscar ou avisei sobre o incidente. Apesar da forte sensação de desamparo que me afligiu, preferi lidar com a situação sozinha, pois não senti que pudesse realmente contar com algum deles. Nem Jungkook, nem meu pai, nem Jimin ou o Namjoon.

Muito menos ele.

Manobrei a Nina até o estacionamento na rua atrás do hospital e peguei um táxi de volta para casa. Seria perigoso demais pilotar usando apenas uma mão e eu poderia ganhar mais do que um pulso torcido se acontecesse outro acidente. Preferi evitar incluir esse problema na lista.

Recosto no sofá, exausta. Minha visão já acostumada com o escuro percorre a sala de estar e mesmo não sendo a intenção, detenho o olhar no quadro pendurado na parede. Nosso retrato de casamento, que antes trazia-me tanta alegria, agora se tornou o motivo da minha angustia.

Porque representa algo que não sei se continuará. Reflete minhas inseguranças.

Temos trocamos algumas mensagens esporádicas, as poucas palavras que acalmam brevemente meu coração sempre que chegam ou sou eu quem as envio. Mas não é o bastante. Sei que não.

Triple AmourOnde histórias criam vida. Descubra agora