Triple Amour

Capítulo 06 - Não mudará tão cedo

Olá, meus amores. Unnie na área, yo!! \o/\o/\o/

Como vcs passaram a semana? Espero que estejam todos bem e se cuidando direitinho.

Aqui estou com mais um capítulo de 'Triple Amour' <3

Hoje eu não vou falar muito, pq estou com uma tremenda dor de cabeça, e vim postar mais cedo por causa disso. Preciso descansar um pouco :"D

Estão gostando da fic? Digam para mim, nos comentários.

BJOKAS *3*

------------------------------------

TAEHYUNG

Estou de pé. São sete da manhã.

Nem lembro mais quando foi a última vez que me dei ao luxo de acordar depois das nove. Isso porque as melhores oportunidades de trabalho aparecem de manhã e, considerando que não posso desperdiçar nenhuma delas, só resta levantar e ir a luta.

Me pergunto se um dia essa situação irá mudar. Mas enquanto isso não acontece, bom, tenho que continuar seguindo em frente do jeito que dá.

Ficar lamentando que eu não vou.

Abro a janela e inspiro o ar de um novo dia. Yeotan, animado, corre ao redor dos meus pés e abana a cauda felpuda. Sei que está com fome e não demoro a dar sua ração.

Quando meu tio apareceu com um filhotinho minúsculo e sujo nos braços, assustado e trêmulo, foi inevitável: eu quis imediatamente cuidar dele. Yeotan tinha sido abandonado e, levando em conta o estado em que chegou, deve ter passado - pelo menos - alguns dias na rua antes de ser resgatado.

Eu, como sempre gostei de animais, não pensei duas vezes em dar todo o amor do qual foi privado ainda tão pequeno. Me apeguei muito a ele, especialmente porque não tinha amigos naquela época, e não fazia qualquer questão em ter algum. Precisou de bastante tempo e sessões de terapia até que eu conseguisse me abrir de novo.

Criar laços ainda é muito difícil para mim.

- Vamos a boulangerie, Tannie? - chamo meu companheiro de todas as horas, que festeja e late - Eu sei que você adora uma rua, salafrário.

Assim que abro a porta da frente, Yeotan dispara para o quintal e fica perambulando perto do portão enquanto, por breves segundos, observo a moto coberta pela velha lona de sempre. Eu verdadeiramente ainda não sei o que fazer com ela. Embora meu coração insista em protestar contra a ideia de vendê-la, se não houver outro jeito...

Resolvo deixar essa preocupação de lado e foco em buscar meu café da manhã. Pois, como diria meu finado tio, e eu levo como lema de vida: uma coisa de cada vez.

Um passo de cada vez.

O clima está ótimo. Yeotan caminha alegremente pela rua, ora acompanhando o ritmo dos meus passos, ora correndo um pouco mais a frente. Não costumo levá-lo para andar com a guia quando estamos perto de casa.

- Espere aqui, rapaz.

Yeotan senta em frente à porta da boulangerie e eu entro.

Cumprimento a atendente no balcão com a simpatia de sempre e sou retribuído da mesma maneira. Peço um pain aux raisins* e croissant, acompanhados de matcha latte. Não costumo esbanjar desse jeito, mas ganhei algumas gorjetas a mais essa semana no bistrô do Yoongi, e me permitirei comer algo que não seja baguete e queijo. Às vezes, meu estômago esquece que minha vida atual está bem longe de parecer com a de anos atrás.