Capítulo 66 - O difícil adeus que dissemos no dia em que terminamos

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Olá, meus amores. Como vocês estão? Espero que bem :D

A fic está chegando na reta final T-----T

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TAEHYUNG

A reação do meu melhor amigo ao saber que Hoseok está em Paris e, ainda por cima, era o tal benfeitor que comprou minhas obras e possibilitou que eu conseguisse entrar em contato com a curadora da "The Red House", é – no mínimo – assustadora. Bom, é bastante compreensível.

A minha reação não foi muito diferente.

A fúria que já reluzia em seus olhos enquanto me ouvia falar, parece triplicar no instante em que conto sobre o pedido para conversarmos antes de ele voltar para sabe-se lá onde – considerando que não tenho a mais vaga ideia do que ele faz da vida desde que nos separamos.

Yoongi não é o único indignado. Eu mesmo fiquei quando Hoseok sugeriu que nos encontrássemos mais uma vez para "colocar um ponto final" definitivo a tudo relacionado ao passado. E embora eu até concorde que precisamos encerrar permanentemente essa história, visto que sequer tivemos a oportunidade para tal, o pensamento de aceitar me incomoda muito.

Especialmente depois de ouvir parte da conversa entre os meus namorados, em que Ève comentou estar com medo dessa reaproximação e, de certo modo, eu entendo seu receio. Mas apesar dos pesares, a única coisa que posso afirmar com alguma convicção – ainda que pouca –, é que Hoseok nunca me forçou a nada que eu não quisesse e nem atentou diretamente contra mim. E após tantos anos, convenhamos, o que ele ganharia fazendo qualquer coisa desse tipo?

— Você está considerando aceitar? — Yoon pergunta. Sua expressão é exageradamente séria.

— Ainda não sei.

— Conversou com os seus namorados?

— Sim. Eles disseram que apoiarão seja qual for a minha decisão.

— Imaginei que diriam isso.

Olhamos um para o outro em silêncio.

Esfrego a mão de maneira nervosa na nuca e confidencio:

— A verdade é que, até agora, estou tentando digerir tudo.... Isso. Foi muita informação de uma vez. Sem conta que eu não o via pessoalmente há quase dez anos e acreditava genuinamente que não voltaria a vê-lo.

Claro que foi ingenuidade a minha. O mundo não é tão grande assim para quem tem dinheiro e concordemos que também não escolhi o melhor dos esconderijos. Afinal, como diria meu finado sogro: "Paris é um ovo"; encaro o copo cheio até a metade de limonada, querendo assim ordenar meus pensamentos, o que leva alguns segundos e nem é tão efetivo quanto eu gostaria.

— Embora não queira concordar, sei que ele está certo em dizer que precisamos dar um fim nessa história. Até porque, desde àquele infeliz episódio, não tivemos a oportunidade de.... Bem.... Não tivemos oportunidade para nada, essa é a realidade. Então, faz algum sentido.

Apoio os cotovelos em cima do balcão e respiro fundo antes de continuar:

— Mas, ao mesmo tempo, não vejo necessidade de fazermos isso. O passado não vai mudar, ainda que essa conversa aconteça. Claro que tenho muitas palavras entaladas todos esses anos na garganta, contudo e de certa forma, colocamos um ponto final quando nos separarmos.

— Entendo o que quer dizer. O afastamento dos dois, por si só, já foi um ponto final.

Balanço a cabeça, consentindo.

Triple AmourOnde histórias criam vida. Descubra agora