Capítulo 39 - Um minuto intenso é suficiente para viver para sempre

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Oláááá, meus amooooreees!! Como vocês estão? <3

Chegando com mais um capítulo fresquin e loooongo. Mais de 5K de palavras (que não parecem nem 1K pra minha pessoa :"D)... MAS ENFIM!

Não vou falar muito porque o cansaço e o sono estão cobrando seus preços kkkk... Muito obrigada, como sempre, aos votos e aos comentários. Isso me ajuda e incentiva demais!

Espero que gostem.

BJOKAS *3*

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TAEHYUNG

Essa visita a casa do meu recém nomeado sogro não está saindo exatamente como eu imaginava e por diversas razões. Primeiro porque não esperava uma recepção tão calorosa, apesar de tudo o que meus namorados disseram ao longo da semana. Segundo – e o mais óbvio –, pela vinda inesperada da "minha recém nomeada sogra" e como as coisas se desenrolaram desde então.

Dizer apenas que foram por água abaixo seria um eufemismo.

Ève continua trancada no banheiro, Jungkook sentado na cama de péssimo humor e eu sem a mínima ideia do que fazer, supondo que haja algo para ser feito. Não consigo pensar em nada.

Claro que fiquei chateado com aquelas acusações, ainda mais porque não eram de todo mentira. A reação da mãe dela também não foi tão diferente do que será a de outras pessoas que não entendem nossa forma de amar. Na verdade, querendo ou não, me fez refletir sobre qual será a reação dos meus pais ao descobrirem sobre nossa relação poliamorosa. Até mesmo em qual será a de Jungkook, não somente ao revelar esse detalhe, mas igualmente sua bissexualidade.

É irônico chegar à conclusão de que a maioria das reações com as quais teremos de lidar serão de espanto ou aversão. Aquele episódio no pub tempos atrás e que resultou no meu "convite" para sair da banda é um exemplo disso. Não contei para Jungkook e Ève, pois, não saberia como explicar o fato de que um dos integrantes demonstrar seu incômodo com a minha sexualidade e relacionamento obrigou o dono do lugar a me demitir, mesmo dizendo que sentia muito.

Ele até poderia sentir, já que tínhamos uma boa convivência de trabalho, mas isso não o impediu de ser condescendente aos demais. Era isso ou perder toda a banda. E a decisão foi óbvia.

Não é a primeira vez que perco o emprego por causa da minha orientação sexual. Embora seja péssimo, estou acostumado com situações assim. Meus namorados não. E, apesar de ser quase ridículo, quero poupá-los desses aborrecimentos. O que é meio incoerente, reconheço, tendo em vista o tamanho da minha impotência pelo o que aconteceu lá embaixo e mesmo agora.

Por mais que eu queira, infelizmente, não conseguirei protegê-los disso para sempre.

A discussão exaltada dos pais de Ève cessou em algum momento que não consigo lembrar. Além disso, apesar de todo o silêncio que se estendeu nos últimos minutos, sei que ela está chorando no banheiro. Jungkook também sabe. Não estaria tão angustiado quanto eu se não o fosse. É a nossa primeira discussão como um trisal e, fora o detalhe de sermos três em um relacionamento, não tenho ideia de como agir porque já faz muito tempo desde que estive em um relacionamento. E serei franco em dizer que ele estava beeeem longe de parecer saudável.

Do mesmo modo, é a primeira vez que tomo consciência da disparidade do meu lugar nessa relação, assim como relembro o peso de que talvez seja um intruso. Afinal, eles são um casal há mais tempo do que somos um trisal, sempre existirão pontos que não poderemos comparar.

Triple AmourOnde histórias criam vida. Descubra agora