Capítulo 61 - O começo de outro mundo

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Olá, meus amores. Como vocês estão? :D

Vindo com mais um capítulo fresquinho ❤️

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TAEHYUNG

Casamento...

Eu nunca pensei profundamente sobre o tema, também nunca idealizei isso na minha vida apesar de, vez ou outra, refletir sobre o que ele significa. A ideia de passar o restante dos meus anos ao lado de alguém, a quem faria esse juramento na frente de várias outras pessoas, nunca me foi atraente. E embora o casamento dos nossos pais seja feliz e tenhamos crescido vendo o carinho e respeito que nutrem um pelo o outro, sempre que me imaginava na mesma situação, só parecia muito estranho, como se não coubesse a mim. Especialmente depois do Hoseok.

Soava apenas como uma convenção social que deveríamos seguir em algum momento, simplesmente porque todos o fazem, uma hora ou outra. Na verdade, a maioria se rende em algum momento, seja lá por qual razão. Mas depois de saber que Namjoon e Lorraine se casarão em breve – e põe "em breve" nisso –, pela primeira vez, me peguei pensando sobre tudo isso.

Será que o vínculo entre duas pessoas pode ser medido somente pelo casamento? Se essas duas pessoas escolhem não casar, independentemente da razão, significa que seus sentimentos não são fortes o bastante ou que a relação está fadada ao fracasso? Ou que ela não é legítima?

Na realidade, pela primeira vez, senti inveja da Ève e do Jungkook. Porque eu queria.... Porque eu quero ser casado com eles, mesmo ciente de que esse é um sonho distante o suficiente para não se realizar. Afinal, infelizmente, uniões poligâmicas não são legalmente reconhecidas.

— Senhor, nós chegamos.

Salto de volta dos meus pensamentos ao escutar a voz do taxista.

Divaguei tanto que percebi o instante em que estacionamos em frente a galeria.

— Ah, obrigado.

Desço assim que pago e observo a fachada imponente da 'The Red House' por alguns segundos. Já estive aqui outras vezes, mas hoje o motivo é diferente, o que talvez explique essa inquietação fervilhando dentro de mim; me ajeito e confiro meu reflexo numa vidraça para ter certeza de que estou apresentável, e sigo até a entrada fingindo uma confiança que está longe de existir.

Bienvenue, Monsieur!* No que posso ajudá-lo?

— Ah, olá...! Vim para conversar com a Madame* Eléa.

— Você é o artista Kim Taehyung?!

"Artista Kim Taehyung"... Admito que ainda é um pouco surreal ouvir alguém se referir a mim, dessa forma.

— Sim, sou eu.

— Me acompanhe, por favor.

Sigo o funcionário por um corredor bicolor preto e vermelho, repleto de obras expostas nas paredes, que observo rapidamente enquanto andamos rumo à algum lugar.

— Espere aqui. A Madame logo virá encontrá-lo.

Olho para a porta do que parece ser um escritório e entro depois de agradecer o rapaz.

Fico meio deslocado e resolvo sentar em uma das poltronas no centro da sala. Sozinho e claramente nervoso, minha atenção passeia de um canto ao outro, capturando algumas das várias peças artísticas espalhadas nas prateleiras e demais móveis. É um escritório muito bonito.

Triple AmourOnde histórias criam vida. Descubra agora