Capítulo 15 - Rebu

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Emma Stone Cabello  |  Point of View






— No que está pensando? – Eu disse e Camila deu um pulo. — Desculpe. – Isso me fez lembrar da conversa que tive com Amber mais cedo.

~Flashback On~

Amber entrou em casa e eu corri pra cima dela. Camila havia chorado e fiquei com medo dela ter contado.

— Você contou pra Camila?

— Eu não. Você vai surtar deste jeito.

— Sua mãe está indisposta e com o rosto inchado. Ela chorou por algo.

— Deve ter se dado conta com quem se casou.

— Você é insolente.

— Puxei a você.

— Você se acha muito melhor que eu?

— Eu sou melhor que você.

— Não é, minha filha. Você está nisso como eu. Você está mentindo para sua mãezinha preferida e amada tanto quanto eu.

— A culpa é toda sua e não tente jogá-la pra cima mim. Você sozinha vai pagar por ela.

— Sua mãe é tão acomodada que nunca irá descobrir, se você não contar, tudo ficará bem.

— Eu vou torcer muito para você deixar um rastro.

— Veja há quantos anos eu faço isso e ela nunca me pegou, mas se ela descobrir... a primeira coisa que vou contar é que você sabia. – O celular dela tocou e ela antendeu.

— Oi Laur... o que aconteceu?... ok. Chego em meia hora. – Desligou o celular. — Vou sair. Não respire muito perto da minha mãe... pra ela não se intoxicar com seu veneno.

— Olha... a mimadinha é afiada.

Ela subiu as escadas e depois disse que iria a casa da Lauren.

~Flashback Off~



Camila Cabello  |  Point of View





— Tudo bem. Só estava pensando nos problemas da empresa. E em Amber. Estou preocupada com ela, Em. Ela está diferente.

— Ela deve estar namorando... ou com problemas na faculdade. E agora com a Lauren, duvido que ela conte para nós
o que ela tem.

— Achei que ela seria nossa amiga pra sempre.

— Ela cresceu, Mila. Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Olha... você está muito tensa. Porque não subimos e eu te faço uma massagem? – Droga! Droga!

— Olha... é tentador, mas não estou no meu melhor momento.

— Tudo bem. – Ela saiu da cozinha e eu remexi um pouco o bolo para fingir que comi.

Me sentei no sofá e o telefone de casa tocou, era do hospital e Emma tinha que cobrir uma colega. Dei o recado e ela foi se arrumar.

Coloquei no VT de um jogo aleatório e Emma desceu as escadas, me deu um beijo e saiu. Comecei a sentir frio e me cobri com o enfeite do sofá, mas não foi suficiente e depois de uns minutos, subi as escadas para pegar um edredom. Vi o crachá de Emma na cama e corri para entregar, mas ela já havia saído. Liguei e o celular dela deu na caixa postal.

Corri e peguei meu carro, dirigi o percurso e depois de correr, avistei o carro dela. Quando fui buzinar, ela dobrou e saiu do caminho do hospital. Estranhei e a segui. Ela fez algumas voltas e eu entrei em um beco diferente, pois fiquei commedo dela me ver.

Um garoto passou com uma bicicleta e eu a aluguei, pegando o endereço para devolvê-la depois. Pedalei e achei que tinha a perdido, mas dobrei algumas esquinas e ela estacionou o carro.

Ela caminhou e eu não sabia onde estávamos. Ela dobrou no fim da rua e eu só atravessei um jardim. Então, me lembrei que essa era a rua da casa de Justin. Fiquei a observando e ela caminhou até a casa dele, ela nem bateu na porta e entrou. Pedalei para perto e entrei no pátio. Caminhei até a porta e tentei abrir ela, mas estava trancada. Peguei a chave reserva no fim do corredor e abri a porta...

O meu coração estava acelerado, era muito estranho isso tudo. Caminhei por todo andar de baixo e nada. A música estava alta, costume antigo e irritante de Justin. Subi para o segundo andar e parei atrás da porta do quarto dele.

— Que fogo é esse, mulher? Aquela brocha não deu conta do recado de novo?...

— Você sabe que ela nunca deu conta do meu fogo... – Ela disse e meu coração apertou...

— Bom... você sabe a senha para usufruir do meu corpinho...

— “Você é muito melhor que Camila”... – Escorei minha testa na parede... acho melhor abrir a porta com algo mais avançado. Esperei uns minutos e quando ouvi uns gemidos, entrei no quarto e lá estava... minha querida esposa, chupando loucamente o pau do meu amigo / irmão. Senti uma dor de cabeça forte.

— Esqueceu seu crachá, sua vagabunda! – Eu disse jogando o pedaço de plástico naquela puta. Eles arregalaram os olhos. — Você podia dar pra qualquer um, mas me chamar de brocha? Sou assim porque você nunca se esforçou pra me agradar e agora eu sei o porque.

— Vamos conversar... – Justin disse.

— Não, seu merda. Você não fala mais comigo. Meu assunto é com ela.

— Camila... me deixe explicar. Amber contou pra você? – Aquilo dobrou minha dor de cabeça.

— Amber sabia dessa sujeira? – Ela assentiu e eu senti tudo girar, minha cabeça parecia que iria explodir e eu não vi mais nada.

Acordei com umas luzes passando por cima de mim e apaguei novamente.

Acordei com uma máscara de oxigênio no rosto. Estava em uma sala branca e apertei o botão ao lado da minha cama. Um médico entrou na sala.

— Olha quem acordou... – Ele tirou minha máscara. — Quero ouvir o que aconteceu de você.

— Me lembro de me assustar e decepcionar muito feio. Uma dor de cabeça muito forte e tudo apagou.

— Você entrou em estado de choque... se você fosse uma pessoa sedentária, poderia ter enfartado. Mas graças a Deus aguentou, agora vou te levar para o quarto.

— Quero ir pra casa.

— Vai ficar em observação por algumas horas.

— Chato... – Eu sussurrei.

— Eu ouvi isso. – Ele disse.

— Desculpe.

— Tudo bem. Já ouvi coisas piores. – Ele apontou uma luz para meu olho. — Sua família está toda lá na sala de espera aguardando por você.

— Preferia o AVC. – Ele gargalhou.

— Penso o mesmo sobre minha esposa. – Minha vez de gargalhar.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora