Camila Cabello | Point of View
Quando cheguei ao mesmo, ouvi uma música e algumas conversas. Corri para meu quarto e tirei a roupa, colocando
uma bermuda e jogando as camisinhas no lixo do banheiro. Lembrei que tinha que ver o resultado do meu espermograma, havia aproveitado a abstinência forçada que havia passado e feito um teste... só para ver se ainda posso ter filhos.Desarrumei meu cabelo, coloquei as roupas no armário, debaixo dos cobertores e fui ver com quem Amber estava, pois ela era a única que tinha minha chave. Ainda bem que tenho o costume de trancar o quarto, não que eu deva alguma satisfação, mas não quero explicar onde passei a noite.
Quando entrei na cozinha, quase que enfarto. Era Emma.
— O que está acontecendo aqui?
— Eu não tinha aula no primeiro período e mãe Emma trabalha perto daqui... decidimos tomar café com você.
— Decidiram? Vocês são inacreditáveis. Eu não quero papo com você Emma, e não quero você na minha casa, realmente... talvez seja difícil para vocês entenderem isso, mas eu tenho a porra dos meus sentimentos e vocês os destroçaram... não estou dizendo que sou uma santa, mas não consigo ter esse sangue frio.
— Vamos lá, mãe Mila. Não estamos casando vocês de novo, é só um café.
Meu celular tocou e era Lauren. Sai para sacada e atendi.
— Oi amor... já estou com saudade.
— Baby... eu também. Não vai acreditar no que está acontecendo.
— O que?
— Amber e Emma vieram tomar café da manhã aqui.
— A troco de que?
— Sei lá. Eu não sei o que fazer... eu disse que elas são loucas, mas Amber disse que é só um café.
— Amber é uma egoísta mesmo, mas... acho que você deve tomar o café.
— O quê?
— Você precisa ser pacifica com Amber... nós temos uma bomba para jogar No colo dela, uma briga agora não cairia bem.
— Você está certa. Isso é repugnante... não consigo olhar para Emma e não lembrar daquilo.
— Não olhe, amor. Só pense em mim.
— Queria tomar café com você.
— Vamos tomar, amor. Depois de uma noite incrível, tomaremos café e teremos uma manhã mais incrível ainda.
— Eu amo tanto você, baby... tanto...
— Eu também te amo demais, amor. Vou esperar para te ver na faculdade.
— Estou contando os minutos para ver seu rosto...
— E eu o seu, mas não dê moral para aquelas vadias.
— Não enxergo mais ninguém depois que conheci você.
— Você é tão fofa, amor. Eu amo tanto quando você faz isso.
— Isso o que?
— Me faz sentir a mulher mais amada da face da terra.
— Você é, baby, Pode ter certeza disso. Agora vou participar desta loucura.
— Fique calma, amor. Isso logo vai acabar e não nos preocuparemos com mais nada.
— Ok Sweet. Te vejo logo. Te amo.
— Te amo.
Encerrei a ligação e voltei para a cozinha. Sentei a bancada com Emma e Amber.
— Isso é estranho, mas vou tentar por você, Amber.
— Obrigada, mãe. Te amo.
O café foi como os de antigamente, Amber falando e nós duas concordando. Depois Emma saiu e eu levei Amber até a faculdade.
Lauren esperava Amber na frente da faculdade e eu abri um sorriso enorme quando a vi.
— Senhora Cabello. – Eu a abracei, ela mesmo assustada retribuiu, mas acho que isso é aceitável, pois ela é amiga da minha filha e somos íntimas... bem íntimas.
— Me chame de Camila, senhorita Lauren. O senhora faz com que eu me sinta velha.
— Tudo bem. Me chama de Lauren também...
— Olha só... minhas duas pessoas preferidas se tornando íntimas. Isso é tão legal.
— Vamos tomar um café, meninas?
— Vamos. – Lauren respondeu e caminhamos até a lanchonete novamente.
Depois que o sinal tocou, caminhei com elas até a sala de aula e me despedi. Dei um abraço em Amber. Dei um beijo na bochecha de Lauren... depois outro e fui sair, mas ela me puxou.
— Três para casar. – Demos outro e eu saí dali. Recebi uma mensagem.
L: Com você... é claro! – Lauren mandou e eu fiquei sorrindo como uma idiota.
Liguei para a mãe dela e marcamos na livraria do centro, onde podemos ler livros e tem um café maravilhoso. E muitas pessoas... caso ela queira me estrangular.
Troquei de roupa umas dez vezes... queria dar uma boa impressão. Eu estava mais nervosa, do que quando eu fui contar aos pais de Emma que tinha engravidado ela.
Cheguei ao local e me sentei no fundo. Depois de uns minutos, ela chegou e eu me levantei acenando. Ela não estava com a cara muito boa e isso me fez suar mais.
— Bom dia, senhora Jauregui. Mesmo com a situação, é um prazer conhecer a senhora.
— Você não me parece tão velha... que idade você tem?
— Trinta e quatro... – Eu falei tão baixo que foi quase um gesticular. Ela me olhou mais uma vez.
— Realmente não parece. Você fez plástica? Acho que não, seus traços estão simétricos.
— Nunca fiz nenhuma intervenção cirúrgica na vida. Sente-se, por favor. – Ela sentou e eu também. — Aceita um café.
— Sim. Não aguento mais tomar café hoje, mas vamos lá. O que quer comigo?
— Quero me defender... ou pelo menos a chance de alguém me conhecer, antes de me nocautear.
— Meu marido foi um troglodita, mas não estava totalmente errado.
— Eu sei disso. Eu tenho uma filha e sei o que vocês estão pensando, mas não é assim. Juro que tentei afastar meus sentimentos por sua filha de todas as maneiras, mas ela é encantadora e inteligente. Ela tem um sorriso incrível e fala tão bem... era só nisso que eu pensava quando tentava não pensar nela. Eu preciso de uma chance... eu não vou decepcionar vocês.
— É complicado, Camila. Nós analisamos essa situação. Quando você estiver com quarenta e oito, ela vai ter só trinta... ela vai estar na idade de começar a vida e ter os filhos... e você? Vai estar cansada de tudo.
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Sweet Youth
Fanfiction"Você é mais nova! Isso é uma loucura... Você é amiga da minha filha! - Eu queria muito aquilo. - Você tem que me deixar em paz!" - Camila Cabello "Quantos você... você quer isso, senhora Cabello... tanto quanto eu... - Podia ver o quanto ela estava...