Sweet Youth

Capítulo 26 - Cuidado! Perigo!

Camila Cabello  |  Point of View

Depois de uns minutos, Lauren entrou no banho também. Ficamos abraçadinhas, até ela sair, ela usou minha toalha e pegou a cueca que eu tinha escolhido e vestiu. Saiu dizendo que eu iria comer as melhores panquecas da minha vida.

Fui até o quarto e vesti outra, depois a bermuda e um top. Caminhei até a cozinha e Lauren estava com minha camisa dos Lakers.

Ela estava mexendo algo em uma tigela, sorriu quando me viu. Eu estava com medo de Amber chegar, mas depois desse sorriso... não importa mais nada.

Emma Stone  |  Point of View

Acordei e estava sozinha na cama. Lógico, era sábado de manhã e Justin devia ter passado a noite na balada... e todas as outras.

Levantei e meu quarto estava uma zona, minhas roupas sujas e jogadas por todos os cantos. Era muito melhor quando magicamente elas estavam cheirosas, macias e dobradas no meu guarda roupas. Era mágico como a pia não estava com louça de toda a semana.

Levantei e comecei a limpar a droga da casa. Quando eu estava acabando, era quase meio dia e Amber levantou, me ajudando a terminar. Estávamos fazendo o almoço.

— Mãe... o que leva uma pessoa a trair a outra? Tipo... Mila era o sonho de consumo americano, ela fazia tudo e não parecia ter defeitos... eu não entendo.

— Minha filha... um dia você vai se apaixonar e vai entender. Na época, Justin chegou e pegou bem no meu fraco, ele sabia que a Camila não me amava como mulher... ela me amava como uma amiga. Adultos tem suas necessidades e você já devia ter aprendido isso.

— Você se arrepende?

— Muito. Agora convivendo com Justin, sei que ele não é metade do que dizia ser... ele é o mesmo galinha de sempre.

— Quer a mãe de volta?

— Não. Eu e sua mãe não temos mais volta. Ela está muito ferida.

— Ela está com alguém.

— Como você sabe? Ela te contou?

— Não. A minha colega deu em cima dela e ela disse que tinha alguém.

— Que idade essa menina tem?

— Dezenove. – Eu gargalhei.

— Deve ter sido desculpa para dispensar ela. Uma criança... sua mãe não iria ficar com uma garota da sua idade.

— Foi o que eu disse para Laur.

— Faz tempo que ela não vem aqui.

— Eu não convido, pois meu quarto está uma zona... mãe Mila faz falta em tudo.

— Nem me fale.

Sinto tanta falta de Camila, queria me ajoelhar aos pés dela e pedir perdão.

Camila Cabello  |  Point of View

Lauren e eu estávamos na piscina e o celular dela tocou.

— Oi papa... não... estou na casa da Camz... chega, papa. Nos deixe em paz. Sou maior de idade e sei tomar minhas próprias decisões... ok. O senhor promete?... de ela quiser. Beijo. E papa... ela é tudo pra mim, tudo que eu sempre esperei... não a machuque. – Ela disse e desligou.

— Algum problema, amor? – Eu disse a abraçando por trás e escorando meu queixo no ombro dela.

— Acho que não, daddy. Meu pai quer ver você. No escritório dele e agora. Disse que vai só conversar com você.

— Tudo bem, baby. Eu vou. – O celular dela tocou. — Ele deve ter mudado de ideia e agora quer me matar. – Ela me empurrou com a bunda.

— Para sua boba. Não brinque com isso. – Ela deslizou o dedo sobre a tela e levou até a orelha o celular. — Oi Amb... como está?... – Ela levou a mão até meu cabelo e o puxou, inclinando a cabeça contra o meu ombro. — Pois é, tenho andado tão ocupada... – Ela disse sorrindo e depois mordeu o lóbulo da minha orelha. — Posso sim. Chego lá em trinta minutos... – Ela desligou e jogou o celular sobre a minha bermuda. Ela estava com uma sunga minha e sem nada na parte de cima, o que diminuia o meu foco nas conversas pela metade. — Camz... olhe nos meus olhos. – Ela disse sorrindo. — Sua mimosinha me convidou para tomar banho na piscina do seu apartamento.

— Nossa... tenho que tirar a chave dessa menina.

— Mulher Camz... ela cresceu e é uma mulher feita. Trate ela como tal ou ela vai viver no mundo da “Minhas mães tem que ficar juntas para sempre” por toda a vida.

— Você está certa. Sabe quando Emma disse que estava grávida... eu fiquei tão assustada. – Lauren se virou para mim e abraçou meu pescoço. — Emma queria tirar, mas eu disse que isto estava fora cogitação. Eu nem sabia que podia fazer filhos e não mataria um bebê meu. Quando Amber chutou pela primeira vez... foi como se tudo... as brigas da família, as brigas da Emma por ciúmes... o inferno que ver a garota que eu gostava com o meu melhor amigo... foi como se tudo... tudo valesse a pena. Foi tão mágico.... uma vida, crescendo ali. Quando ela nasceu, aprendi tudo sozinha, tudo mesmo e Emma estava muito cansada sempre. Ela amamentava durante a madrugada, Amber era muito comilona, desgastava a Emma. Então eu aprendi a fazer tudo, cozinhar, limpar, lavar e tinha que trabalhar em casa, ajudando nos relatórios do meu pai. Não recebemos apoio de ninguém, por isso me agarrei tanto a Amber... ela foi meu motivo por muito tempo. Eu só tinha ela e Emma... eu a deixei livre. Se queria estudar, sair com amigas ou viajar, eu a deixava. De infeliz em casa já bastava eu.

— Cada depoimento seu me faz te amar ainda mais. – Ela selou nossos lábios.

— Agora eu tenho um pai irritado para enfrentar. – A abracei forte.

— Me diga que não vai ficar com os seios de fora quando minha filha estiver aqui... não tem como controlar meus impulsos.

— Não se preocupe, amor. Serei uma santinha. Vou até minha casa colocar um biquíni.

— Já traz umas roupas para dormir aqui, baby. Amanhã é domingo e podemos fazer algo aqui. Posso estrear a churrasqueira.

— Que honra. Eu adoraria. – Nos beijamos e ficamos nos acariciando por um tempo. — Vamos, amor. Antes que Amber chegue.

— Ok. Mas está tão bom... você deveria vir com aquele aviso “Perigo! Altamente viciante”.

— E você com aquele “Cuidado! Exceto de fofura”.

— Você é tudo, Lo.

Saímos da piscina e nos arrumamos. Saímos do prédio e cada uma pegou seu carro.

Cheguei ao prédio dos Jauregui's e minhas pernas tremeram. Falei meu nome e a secretária disse que podia entrar. Entrei no escritório e ele estava com os braços para trás e olhando para a enorme janela de vidro.