Capítulo 16 - Apavorada

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Camila Cabello  |  Point of View





Depois de uns minutos, uma enfermeira me levou para o quarto. Fiquei um tempo olhando para o teto, até Emma, Amber, Justin e Lauren entrarem no quarto. Lauren deve ter usado a desculpa de consolar a Amber. Ou elas estavam juntas quando souberam... ou eu estou bem tonta.

— Como você está, Lauren?

— Levando. E a senhora?

— Agora estou bem. Você sabia que eu sou uma chifruda? – Ela arregalou os olhos.

— Camila... – Emma disse e eu mostrei o dedo do meio para ela.

— Sou chifruda, peguei minha mulher me chamando de brocha e dizendo que meu quase irmão é bem melhor do que eu. Mas o pior você não sabe. Minha filha... a quem dediquei toda essa merda que eu chamava de vida, por quem eu renunciei minha felicidade... minha filha sabia de tudo. Fui traída triplamente. Os dois nojentos ali – Apontei pra Justin e Emma. Pouco me importa, mas você, Amber... eu preferia ter morrido a saber que você compactuava com essa sujeira toda.

— Mamãe... eu não...

— Saiam daqui. Saiam todos. Não quero ver vocês... e me desculpe Lauren pelo desabafo, mas era melhor você saber a versão verdadeira, pois com esses mestres da mentira poderiam me caluniar. – Lauren assentiu. — Vão logo.

Lauren ficou para trás e eu lancei um beijo para ela, a fazendo rir. Depois chamei uma enfermeira e entreguei o número de Normani. Ela não demorou em chegar.

— Mila! O que aconteceu?

— Senta. Que a história é longa.

— E Amber e Emma?

— Senta que minha história vai desvendar todos esses mistérios. – Ela sentou. — Minha esposa esqueceu o crachá de ponto dela. Eu tentei ligar, mas o celular deu caixa. A segui e vi que ela não estava indo a pra o hospital. Aluguei uma bicicleta e a segui de longe. A vi entrando em uma casa e a peguei chupando um cara e dizendo que eu era uma brocha e que ele era bem melhor que eu.

— Não acredito nisso. Que vadia!

— Sabe quem era o cara? – Ela negou. — Justin.

— Ah! Não acredito.

— Sabe o que me deu o AVC?

— Tem mais?

— Amber sabia. – Ela levou as mãos à boca.

— Não. Isso... não. – Eu comecei a chorar. Ela me abraçou e eu chorei tudo que guardei para não parecer fraca na frente deles.


×××


Depois da minha alta, fui para a casa de Normani.

Dormi na casa de Normani, acordei com o pequeno Nicolas pulando na cama e me chamando pra brincar.

— Nicolas! Deixe sua tia dormir.

— Ela quer muito brincar comigo, mãe. Ela disse que a próxima vez que viesse, seria só pra brincar comigo.

— Mas hoje ela está doente. Deixe ela quietinha. – Ele se sentou em posição de índio e ficou me olhando. Ele se inclinou
e sussurrou.

— Tia... a senhora está doente mesmo ou é só como quando não queremos ir à aula? – Eu sorri.

— Estou mal, meu amor. Depois a tia brinca com você. – Ele assentiu e ficou de mãos dadas comigo. Ficamos assim por um bom tempo.

— Vem, Nic. Está na hora do café. – Ele beijou minha bochecha e correu para fora do quarto. Dinah e Normani entraram. — Como você está?

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora