Sweet Youth

Capítulo 88 - Teorias (Bônus 10)

Lauren Jauregui  |  Point of View

Devo ter voado até o gramado, mas em poucos segundos estava encarando Dakota.

— Jauregui... bem que eu achei estranho você tomar a frente da compra do apartamento naquela época, mas isso nunca me passou pela cabeça.

— Porque não?

— Não é óbvio?

— O que você quer aqui?

— Quanta hostilidade. Vim procurar minha filha.

— Há há. – Soltei sarcástica. — Eu sei muito bem o que está procurando.

— Temos que conviver em paz, Lauren. Camila me trata muito bem e você deveria fazer o mesmo.

— Sua filha estava quase morando aqui e você nunca veio ver ela. Agora... do nada... aparece.... isso não é estranho?

— Porque você está me tratando assim? – Depois de uns segundos ela sorriu. — Ela ainda sente algo por mim? – Perguntou e olhou para a porta.

— Não fale bobagens.

— Pra estar me tratando assim. Essa é a única explicação.

— Eu só não quero você na minha casa. Eu não gostei de você desde a primeira vez que te vi e só não separo Nathan da sua filha porque ele gosta mesmo dela, mas não pense que vai aparecer aqui de dez em dez minutos, não tem necessidade e não será bem vinda.

— Você parou nos Dezoito anos? – Meu sangue ferveu, mas antes de avançar nela, o carro de Elle estacionou ali na frente.

— Mãe?

— Oi, filha. – Nathan se aproximou e me abraçou de lado, beijando meu rosto.

— Esse é meu namorado, mãe. Nathan essa é minha mãe Dakota. – Eles apertaram as mãos.

— Prazer. – Ele disse tímido. — A senhora é linda, Sra Johnson.

— Obrigada. Minha filha estava certa... você é um charme. Lembra muito a Camila. – Revirei meus olhos e sai dali.

Peguei a mão de Camila que estava na porta observando tudo e a puxei para dentro.

— Você está bem, baby?

— Não!

— Não fique assim, amor.

— Ela tem interesse, Camila. Pode realizar seu sonho. – Camz revirou os olhos.

— Você sempre foi ciumenta, mas ultimamente...

— O que ela quer? Porque ela surgiu do nada, Camz? Algo errado tem!

— Tem que você está se preocupando por uma bobagem. Ela pode dançar ula pelada na minha frente que não vai adiantar, mas acho que voce está exagerando. Ela não me quer, Dakota sabe que estou muito bem casada e que amo você. Ela nem ouviu isso de qualquer um... ela ouviu da minha boca que você foi a melhor pessoa que surgiu da minha vida e espero que nunca saia dela. Eu falei e ela assentiu... foi uma direta e de mim. Não se preocupe mesmo.

— Acho que tem muito para incomodar.

— Não precisa, amor. Eu juro pelos meus filhos que não sinto nada por ela. Que amo só você e todos meus olhares e pensamentos são seus. Será que eu preciso tatuar na testa que amo só você?

— Ajudaria essas putas não ficarem zanzando sobre você.

— Você não precisa mesmo se preocupar, amor.

— Não estou com medo de você, amor. Meu medo é dela.

Ela me abraçou apertado e selou nossos lábios. Pediu para esquecer isso e logo nosso filho entrou em casa.

×××

O jantar todo foi em silêncio, Nathan não comeu, só ficou mexendo a comida e totalmente pensativo.

— Aconteceu alguma coisa, filhote? – Camila perguntou batendo no ombro dele de leve.

— Nada.

— Para você perder o apetite algo tem que ser. – Falei e repousei meus talheres na mesa.

— Pode falar... está com suas melhores amigas agora. – Ele sorriu e coçou a nuca.

— Não é uma coisa séria... ou é... eu não sei direito, mas a Amy não se dá bem com a Elle... e tipo, eu gosto das duas... hoje Elle estava assistindo o treino dela e pensei que elas estavam bem, mas Amy nem respondeu ela.

— Você conversou com elas?

— Sim. Elle disse que elas brigaram e que Amy tem razão. E Amy disse que não vai perder o tempo dela falando sobre Elle. Eu não sei...

— Amy é sua família, filho. Se ela tem o pé atrás com essa garota, você devia analisar essa situação melhor.

— Sua mama está certa.

— Mas eu não vejo nada de estranho. Só que... – Ele parecia nervoso. — Se elas não se dão bem porque a Elle foi ver ela jogar?

— Talvez... – Uma ideia surgiu, mas achei melhor não falar. — Não. – Me cortei por pensar bobagens. Meu ódio por Dakota está me fazendo pensar besteiras.

— Converse direito com Amy e mesmo que ela diga algo que você não goste... a compreenda.

— Vou chamar ela pra dormir aqui. Preciso entender isso... – Ele levantou da nessa e saiu.

— O que você acha?

— Nada. Não quero nem pensar.

— Fale apenas para mim.

— Talvez a Amy goste dessa menina também. – Camila arregalou os olhos.

— Não...

— Ou pior... essa menina pode ter dado confiança a ela.

— Oh... não pode ser, amor. Ela vai magoar os dois? Será que ela é uma pessoa ruim?

— Eu posso estar confundindo as coisas, mas que explicação pode ter?

— Os colegas dela debochavam de Nate... talvez ela tenha feito o mesmo.

— É uma boa teoria... só sei que se ela magoar um dos dois ela vai se ver comigo.

— E comigo também! Eu sou pacífica até certo ponto, mas se meterem o dedo com vocês a coisa é diferente. – Camila disse irritada espalmando a mão sobre a mesa.

— Calma, amor. Você não pode se irritar, são só teorias. Talvez os santos dela somente não tenham batido. – Servi água para ela. — Tome e se acalme.

— Espero que seja só isso. – Ela me encarou. — Amor... Amy não se apaixonaria pelo tio... Não é? – Fiquei a encarando.

— Não... acho que não. – Falei negando. — Isso... não...

Ela bebeu a água e depois mudei de assunto para ela não se irritar mais. Não demorou para Amy entrar na sala de jantar e nos abraçar.

— O que o mister impaciente quer?

— Amor... seja sincera com ele, ok? Se tiver algo que você saiba... – Camila prendeu a ponta do nariz dela entre os dedos. — Conte tudo, ok? Tudo mesmo.

— Estão me assustando.

— Só escute sua avó.

Ela assentiu e subiu as escadas correndo.