Capítulo 29 - Crise de meia idade

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Uma pessoa pode escolher outra como “alvo”. Não satisfeita, logo em seguida, haverá outro “alvo”... e outro... e, quando menos espera, acontece! É inevitável! O “alvo” é, e sempre foi ela própria. É a lei do retorno.

Adria Norma Riedo

* * *

Camila Cabello  |  Point of View




Depois de uma noite inteira esperando Amber bater desesperada na minha porta e disparar palavras de ódio a mim, vi o sol raiando pela janela e Lauren ainda estava em meus braços. Levantei e coloquei meu travesseiro entre os braços dela e fiquei a observando um pouco... ela é linda e me faz tão bem... não devia ser errado.

Fiz nosso café e a chamei. Após um banho, nos colocamos a mesa e apreciamos o café. Tudo estava bem, até a campainha tocar e eu ir olhar pelo olho mágico. Era Amber. Escorei minha testa na porta e após um tempo, senti meu tronco ser abraçado.

— Vai ficar tudo bem... estamos juntas. – Eu beijei a testa dela e ela caminhou até o sofá. Abri a porta e Amber me deu um abraço como de costume.

— Olá mãe... Lauren? – Ela perguntou e então me liguei que Emma não tinha contado nada a ela. — Mamãe disse que
você queria conversar cedo comigo... chamou Lauren também? Essa camiseta não é sua? – Ela disse apontando para Lauren e eu fiquei me perguntando se ela era tão ingênua a esse ponto.

— Amber... sente e vamos conversar. – Ela abraçou Lauren e sentou ao lado dela. — Bom... sua mãe veio aqui ontem...

— Eu sei. Ela até esqueceu minha chave aqui.

— Ela não esqueceu. Eu a peguei dela... filha, sua mãe não pode entrar aqui quando quiser, nós não somos amigas e não vamos ser. Ela me traiu... ela não só me traia há anos, como também me humilhava quando estava com ele... você sabe disso.

— Eu sei, mãe. Eu ouvi algumas coisas quando os peguei juntos.

— Você tem que entender que ela jogou tudo fora... não que eu não tenha nenhuma culpa nisso tudo, mas ela foi baixa comigo e não sei se você sabe, mas eu poderia ter contraído uma doença ou algo do tipo... e ela não se importou.

— Eu sei disso tudo, mãe.

— Porque você deu a chave pra ela então? – Amber ficou calada e deu os ombros.

— Só achei que vocês poderiam ser amigas. Vários casais viram amigos depois que se separaram.

— Com certeza, nenhum deles viu a mulher pagando boquete para o melhor amigo que considerava um irmão. – Depois disso a sala ficou em silencio por um tempo.

— Tudo bem. Entendi seu lado, mas porque a Lauren está aqui?

— Bom... eu estou ficando com sua mãe. – Lauren falou com calma, enquanto meu coração batia forte e às vezes parava e voltava, eu estava tonta e Amber encarando Lauren.

— Para de brincadeira! – Ela disse batendo no braço da Lauren.

— Não é brincadeira, filha. Estamos juntas. – Amber levantou e se afastou de Lauren.

— Como assim... juntas?

— Estamos juntas. Namorando.

— Não... isso? Não! – Ela começou a caminhar de um lado para o outro. — Isso é errado... você tem minha idade. Ela tem minha idade, mãe.

— Nós sabemos disso, Amber. Mas não escolhemos e estamos apaixonadas. – Lauren disse e Amber gargalhou.

— Será que alguém aqui pode me dar um tiro?

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora