Capítulo 91 - Maturidade (Bônus 13)

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Camila Cabello  |  Point of View




No café, os meninos conversavam normalmente. Estava curiosa pra saber o motivo da briga.

— O que aconteceu ontem? – Lauren perguntou e eu segurei sua mão.

— Bom... resumindo, vou terminar com a Elle.

— Graças a Deus! – Lauren exclamou.

— A Amy vai namorar com ela.

— Mas que droga! – Lauren exclamou.

— Lauren! – Falei e encarei os dois. — Porque isso? Você não é apaixonado por ela?

— Sou, mas Amy e eu conversamos muito essa noite, Amy ficou com ela primeiro... e abriu mão dela por minha causa. Não seria razoável ficar com uma pessoa que é apaixonada por outra.

— Eu já falei que não vou namorar com ela, Nate. Você é apaixonado por ela, passou a noite toda chorando... eu não tenho estômago pra isso. Como eu mesma disse... raramente primeiros namoros não certo... imagina primeiro beijo.

— Você é lésbica? – Perguntei a Amy.

— Bi! – Os dois responderam juntos.

— Vish... Amber vai pirar. – Lauren disse e eu assenti.

— Você não comentou com sua mãe?

— Ela sabe... meu papai desmaiou. – Revirei os olhos.

— Frouxo. – Lauren chutou minha perna.

— Eu não entendo porque isso com tio Poncho. – Nate falou e Amy olhou pra ele.

— Eu descobri agora. O papai namorou sua mama.

— O que? – Ele perguntou e Lauren me olhou.

— Sim. Eu namorei o Pon no início da faculdade... aí conheci sua mãe e terminei com ele para ficar com ela.

— E a vovó terminou com a vovó. – Ela pensou. — Bom... você entendeu.

— Sim. Tia Emma.

— Exatamente. – Falei e beijei a mão de Lauren. — Que bom vocês terem se entendido. Não precisam ir no colégio hoje, fiquem em casa e decidam bem o que vão fazer.

— Nossa amizade acima de tudo. Eu não ficarei com Elle.

— Nem eu.

— Ótimo. – Lauren falou e eu neguei. — Eu odeio a mãe dela, não vou ser parcial se me meter. – Lauren levantou e encheu os dois de beijos. — Vocês dois estão sendo muito maduros com isso. Estou com muito orgulhosa.

— Obrigado.

— Vou trabalhar. – Ela selou nossos lábios e eu a puxei para um beijo. — Eu te amo.

— Eu te amo mais. Bom trabalho e qualquer coisa me liga. – Outro selinho e ela saiu, fiquei admirando aquela bundinha linda até ela sair do meu campo de visão.

— Vamos voltar a dormir? – Nate perguntou a Amy que assentiu.

— Mas na sala de cinema.

— Tudo bem. Vamos, mãe?

— Vamos.

Ficamos ali, assistimos uns desenhos e logo eles dormiram.



Nathan Jauregui Cabello  |  Point of View



Estávamos na frente da escola esperando Elle.

— Tem certeza que devo participar dessa conversa?

— Acha que não?

— Sinceramente... não! Acho que você deve escutar ela e se quiser... continue seu namoro. Só siga seu coração.

— Eu já me meti demais nessa história. Esqueço ela. Eu queria mesmo ela, mas ela não gosta tanto assim de mim.

— Sabe... as coisas que você me falava. Parece que ela gosta, então... vai fundo. Não ligue pra mim.

Ela disse e se afastou, entrando na escola. Mandei mais mensagens até que ela apareceu.

— Pensei que não vinha. – Ela parou na minha frente.

— Desculpe, Babyboy. Que confusão.

— Eu gosto de você de verdade. Realmente sou apaixonado. – Meus olhos marejaram.

— Eu também gosto muito de você, Babyboy, mas não na mesma intensidade.

— Eu sei... Amy me contou tudo. Parece que minha impulsividade nos atrapalhou.

— A culpa foi minha também, achei que ela tomaria uma atitude, mas acabei tentando mesmo depois que te conheci. – Ela me abraçou e eu não aguentei. — Não chore, Babyboy. Estávamos indo bem, mas eu realmente sou louca por ela, mas isso não significa que você não é especial.

— Acho que devemos terminar. – Ela parou de me abraçar e tirou a aliança.

— Imaginei que isso aconteceria. – Peguei e tirei a minha também. — Eu vou evitar de vir aqui. Conversei com minha mãe e vamos viajar um pouco. Preciso espairecer.

— E a Amy? – Ela limpou as lágrimas que começaram a escorrer em seu rosto.

— Depois dessa minha burrada ela não vai me querer mesmo. – Ela selou nossos lábios. — Você é incrível, Babyboy.

— Eu não vou te esquecer tão fácil.

— Eu não vou te esquecer também. Você é um lindo super sexy, fofo e educado, vai fazer alguma garota muito feliz... como me fez quando ficamos juntos. E eu não quero perder o contato com você e vou me comunicar com a Amy também, mas não agora... vamos deixar as coisas esfriarem.

Assenti e ela voltou para o carro. Comecei a chorar e logo fui abraçado.

— Vamos voltar pra casa.

— Não...

— Você está triste. Eu li que devemos assistir filme e comer muito doce.

— Amy... eu te amo.

— Eu também te amo, gayzão. Agora pode assumir um macho pra você. – Eu gargalhei.

— Agora nem posso falar pra você arrumar uma mulher, sua ogra.

— Falando nisso... e sua mama... como está? – Fiquei sério.

— Você nem brinca! Ela é sua avó.

— Não é! Você sabe muito bem que tecnicamente não é.

— Eu dou na sua cara. – Disse irritado e ela gargalhou.

— Estou brincando, mas que ela é gata é. – Bati no ombro dela e ela chamou um táxi.

— Mas não é para o seu bico.

— Isso quem decide é ela, filhote. – Ela disse me abraçando e não aguentei a postura seria, cai na gargalhada. A Mama é gata mesmo, não posso fazer nada.

— Você é doida.

— Estou brincando, ela é um avião, mas é como se fosse minha mãe.

— Eu sei, ogra. – Ela beijou meu rosto.

Então... nossa manhã foi incrível, Amy estava uma palhaça e não parou de me fazer rir. Ela devia estar tão mal quanto eu, mas não me deixou desanimar. Por isso amo tanto ela. Acho que a traição não me afetaria por ser Elle... e sim por ser ela, mas saber que ela abdicou de Elle por mim, me fez a admirar ainda mais.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora