Camila Cabello | Point of View
No café, os meninos conversavam normalmente. Estava curiosa pra saber o motivo da briga.
— O que aconteceu ontem? – Lauren perguntou e eu segurei sua mão.
— Bom... resumindo, vou terminar com a Elle.
— Graças a Deus! – Lauren exclamou.
— A Amy vai namorar com ela.
— Mas que droga! – Lauren exclamou.
— Lauren! – Falei e encarei os dois. — Porque isso? Você não é apaixonado por ela?
— Sou, mas Amy e eu conversamos muito essa noite, Amy ficou com ela primeiro... e abriu mão dela por minha causa. Não seria razoável ficar com uma pessoa que é apaixonada por outra.
— Eu já falei que não vou namorar com ela, Nate. Você é apaixonado por ela, passou a noite toda chorando... eu não tenho estômago pra isso. Como eu mesma disse... raramente primeiros namoros não certo... imagina primeiro beijo.
— Você é lésbica? – Perguntei a Amy.
— Bi! – Os dois responderam juntos.
— Vish... Amber vai pirar. – Lauren disse e eu assenti.
— Você não comentou com sua mãe?
— Ela sabe... meu papai desmaiou. – Revirei os olhos.
— Frouxo. – Lauren chutou minha perna.
— Eu não entendo porque isso com tio Poncho. – Nate falou e Amy olhou pra ele.
— Eu descobri agora. O papai namorou sua mama.
— O que? – Ele perguntou e Lauren me olhou.
— Sim. Eu namorei o Pon no início da faculdade... aí conheci sua mãe e terminei com ele para ficar com ela.
— E a vovó terminou com a vovó. – Ela pensou. — Bom... você entendeu.
— Sim. Tia Emma.
— Exatamente. – Falei e beijei a mão de Lauren. — Que bom vocês terem se entendido. Não precisam ir no colégio hoje, fiquem em casa e decidam bem o que vão fazer.
— Nossa amizade acima de tudo. Eu não ficarei com Elle.
— Nem eu.
— Ótimo. – Lauren falou e eu neguei. — Eu odeio a mãe dela, não vou ser parcial se me meter. – Lauren levantou e encheu os dois de beijos. — Vocês dois estão sendo muito maduros com isso. Estou com muito orgulhosa.
— Obrigado.
— Vou trabalhar. – Ela selou nossos lábios e eu a puxei para um beijo. — Eu te amo.
— Eu te amo mais. Bom trabalho e qualquer coisa me liga. – Outro selinho e ela saiu, fiquei admirando aquela bundinha linda até ela sair do meu campo de visão.
— Vamos voltar a dormir? – Nate perguntou a Amy que assentiu.
— Mas na sala de cinema.
— Tudo bem. Vamos, mãe?
— Vamos.
Ficamos ali, assistimos uns desenhos e logo eles dormiram.
Nathan Jauregui Cabello | Point of View
Estávamos na frente da escola esperando Elle.
— Tem certeza que devo participar dessa conversa?
— Acha que não?
— Sinceramente... não! Acho que você deve escutar ela e se quiser... continue seu namoro. Só siga seu coração.
— Eu já me meti demais nessa história. Esqueço ela. Eu queria mesmo ela, mas ela não gosta tanto assim de mim.
— Sabe... as coisas que você me falava. Parece que ela gosta, então... vai fundo. Não ligue pra mim.
Ela disse e se afastou, entrando na escola. Mandei mais mensagens até que ela apareceu.
— Pensei que não vinha. – Ela parou na minha frente.
— Desculpe, Babyboy. Que confusão.
— Eu gosto de você de verdade. Realmente sou apaixonado. – Meus olhos marejaram.
— Eu também gosto muito de você, Babyboy, mas não na mesma intensidade.
— Eu sei... Amy me contou tudo. Parece que minha impulsividade nos atrapalhou.
— A culpa foi minha também, achei que ela tomaria uma atitude, mas acabei tentando mesmo depois que te conheci. – Ela me abraçou e eu não aguentei. — Não chore, Babyboy. Estávamos indo bem, mas eu realmente sou louca por ela, mas isso não significa que você não é especial.
— Acho que devemos terminar. – Ela parou de me abraçar e tirou a aliança.
— Imaginei que isso aconteceria. – Peguei e tirei a minha também. — Eu vou evitar de vir aqui. Conversei com minha mãe e vamos viajar um pouco. Preciso espairecer.
— E a Amy? – Ela limpou as lágrimas que começaram a escorrer em seu rosto.
— Depois dessa minha burrada ela não vai me querer mesmo. – Ela selou nossos lábios. — Você é incrível, Babyboy.
— Eu não vou te esquecer tão fácil.
— Eu não vou te esquecer também. Você é um lindo super sexy, fofo e educado, vai fazer alguma garota muito feliz... como me fez quando ficamos juntos. E eu não quero perder o contato com você e vou me comunicar com a Amy também, mas não agora... vamos deixar as coisas esfriarem.
Assenti e ela voltou para o carro. Comecei a chorar e logo fui abraçado.
— Vamos voltar pra casa.
— Não...
— Você está triste. Eu li que devemos assistir filme e comer muito doce.
— Amy... eu te amo.
— Eu também te amo, gayzão. Agora pode assumir um macho pra você. – Eu gargalhei.
— Agora nem posso falar pra você arrumar uma mulher, sua ogra.
— Falando nisso... e sua mama... como está? – Fiquei sério.
— Você nem brinca! Ela é sua avó.
— Não é! Você sabe muito bem que tecnicamente não é.
— Eu dou na sua cara. – Disse irritado e ela gargalhou.
— Estou brincando, mas que ela é gata é. – Bati no ombro dela e ela chamou um táxi.
— Mas não é para o seu bico.
— Isso quem decide é ela, filhote. – Ela disse me abraçando e não aguentei a postura seria, cai na gargalhada. A Mama é gata mesmo, não posso fazer nada.
— Você é doida.
— Estou brincando, ela é um avião, mas é como se fosse minha mãe.
— Eu sei, ogra. – Ela beijou meu rosto.
Então... nossa manhã foi incrível, Amy estava uma palhaça e não parou de me fazer rir. Ela devia estar tão mal quanto eu, mas não me deixou desanimar. Por isso amo tanto ela. Acho que a traição não me afetaria por ser Elle... e sim por ser ela, mas saber que ela abdicou de Elle por mim, me fez a admirar ainda mais.
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Sweet Youth
Fanfiction"Você é mais nova! Isso é uma loucura... Você é amiga da minha filha! - Eu queria muito aquilo. - Você tem que me deixar em paz!" - Camila Cabello "Quantos você... você quer isso, senhora Cabello... tanto quanto eu... - Podia ver o quanto ela estava...