Sweet Youth

Capítulo 75 - Seja homem

Camila Cabello  |  Point of View

Liguei para o médico de Lauren no caminho, eu estava chorando mais a cada grito de dor que ela dava. Quando estacionei na emergência, dois enfermeiros esperavam Lauren com uma cadeira de rodas. Eles a ajudaram a subir e eu fui estacionar o carro.

A recepcionista me deu uma pilha de papéis e eu assinei tudo em tempo recorde e logo estava ao lado de Lauren indo para a sala.

— Amor... – Ela pegou minha mão. — Está doendo muito.

— Eu sei, amor. Mas é pelo nosso pequeno. Destrói-me ver você assim.

Ela gritou novamente e uma enfermeira me puxou para uma sala e me ajudou a me vestir. Meu celular chamou. Era Poncho.

— Agora eu não posso...

— A Amber... ela está tendo a nossa filha. – Ele disse desesperado.

— Ok... por essa eu não esperava...

— Vem me ajudar, Sra Cabello. Eu não sei o que fazer... – Ele disse chorando.

— Ok... olha. Eu não posso deixar a Lauren sozinha, é o primeiro filho dela e ela está assustada. Sei que Amber está assim também, mas ela tem você. Você é o pai e precisa manter a Amber calma e se ela gritar, te xingar, te escorraçar... você fica. Ela está sentindo a maior dor do mundo e você precisa mostrar que ela escolheu certo. Precisa mostrar que é o homem da vida dela e que a protegerá e estará do lado dela para tudo. Será que posso contar com você? Mostre isso pra mim também, pois sabe que não me convence como namorado da minha filha. Será que eu posso contar com você ou vou ter que abandonar minha esposa aqui para ficar com minha filha?

— Não, Sra Cabello. Eu vou provar que consigo.

— Ótimo. Assim que terminar aqui, procuro vocês. Emma está aí?

— Sim.

— Ótimo. – Desliguei a ligação e a enfermeira estava sorrindo.

— Foram lindas palavras.

— Talvez ser mãe e avó no mesmo dia deve estar me inspirando.

— Meus parabéns, mas você é tão nova... já vai ser avó.

— Não sou tão nova assim... eu tive minha primeira filha com dezesseis anos.

— Hum... entendi.

— Ela esperou bem mais que eu. – Eu disse enquanto ela me ajudava a colocar as luvas.

— Mas você já passou dos quarenta?

— Já...

— Não parece...

— Tudo pronto? – Outro enfermeiro entrou na sala e eu assenti.

Lauren estava assustada e urrando de dor. Peguei a mão dela e ela sorriu.

Foram seis horas na sala e então o auge do sofrimento chegou, eu chegava a sentir a dor por Lauren... na verdade eu queria estar no lugar dela e de Amber hoje. Pois sei que a dor é horrível. Eu saia às vezes e ligava para Emma que dizia que estava tudo bem e para eu ficar calma.

Quando as oitos horas chegaram, eu estava tonta e cansada.

— Ok... Lauren. Agora no três eu quero que empurre com toda a força e controle a respiração como a enfermeira Wilson vai ensinar... – A enfermeira deu as dicas... — Ok...

— 1... 2... 3... – A sala falou junta.

— Ótimo... seu filho é quase um cidadão desse mundo. Mais uma vez...