Camila Cabello | Point of View
No final de semana, com ajuda de Dinah e Poncho, desmontei os móveis do quarto da minha bonequinha e já estamos escolhendo os móveis.
— Mãe! – Escutei o grito de Nate e desci as escadas.
— Oi, filhote. – Abracei ele.
— Terminamos as provas. Só vou seguir indo por conta do teatro.
— Que bom, filho. Vai ter festa?
— Sim, mas só na outra semana porque na próxima é recuperação.
— Veio com quem?
— Tio Poncho, ele vai levar a Amy no jogo hoje e eles vão chegar cedo pra ficar no vidro.
— Você não ia nesse jogo?
— Ia, mas a Amb pediu para a mama ficar pra ela e foi com os dois. Aí dei meu ingresso pra eles ficarem juntos.
— Ótimo.
— Sim. Nós vamos sair amanhã e sozinhos. Posso né?
— Sim. Claro que pode. – Baguncei os cabelos dele. — E vocês falam sobre Elle?
— Muito pouco. Eu estava pensando que... a Elle perdeu aquele encanto quando me confessou ter ficado comigo só por interesse, não interesse, mas pra fazer ciúmes na Amy.
— Perdeu?
— É. Não sei explicar, mas achei que ia sofrer muito. Só chorei no primeiro dia e depois nada, sabe?
— Talvez não fosse paixão ou ela te decepcionou tanto que apagou o que você sentia.
— Sim. E queria conversar com você sobre isso.
— Deixa eu me sentar aqui. – Sentei e o puxei para sentar do meu lado. – Pode começar. – Ele me abraçou.
— Bom... eu não sou tão apaixonado pela Elle como eu pensei, mas a Amy é. – Assenti. — A Amy é teimosa e não escuta meus conselhos para ficar com a Elle.
— Você quer juntar as duas?
— Eu sou melhor amigo da Amy e ela nunca falou em ninguém. Foi muita insensibilidade minha não perceber que ela queria a Elle quando me falou sobre ela. – Assenti. — Eu só não sei como.
— Ela já viajou?
— Viaja amanhã. – Pensei um pouco.
— Vamos até ela. Eu tenho um plano. – Ele sorriu e eu retribui. — Quando contarmos para sua mama você me defende. – Ele gargalhou.
— Vai ser complicado.
Ele me falou o endereço, eu trazia ela em casa no começo, mas como ela tem carro isso ficou raro e minha memória é péssima, no trajeto falei o plano. Descemos do carro e sentei no capô do mesmo. Ele tocou o interfone, logo o portão de abriu e ele entrou.
Não demorou para Dakota vir até mim. Não me movi, apenas apertamos as mãos.
— Que confusão.
— Não é? – Respondi meio nervosa, imaginando que Lauren poderia surgir de qualquer canto e me degolar... e não a cabeça de cima.
— Peço desculpas.
— Não. Nem se preocupe, Lauren e eu nem nos metemos na história, eles são jovens e tem que se entender sozinhos.
— Minha filha se perdeu, afinal... o charme Cabello não é fácil.
— Vou discordar, Amy pode ser minha neta, mas é a Amber todinha e a Amber é o clone da Emma. Considerando que a Elle é apaixonada por Amy, o charme Stone que a encantou.
— Touché! – Ela disse e eu sorri. — Não precisa ficar na defensiva.
— Não estou, só estou usando a lógica. Sua filha gosta de ruivas.
— Parece que sim, mas ela falava muito bem do Nathan. Ele é um ótimo rapaz, vocês estão de parabéns.
— Ele é ótimo mesmo. A Amy também é, ela é mais parecida com minha filha na personalidade, é explosiva, mas é uma ótima garota.
— Ela cedeu por ele... isso é honroso. – Assenti. — Você não achou estranho ser justo minha filha.
— Não sei. Não é uma cidade muito grande e nossa turma toda se arrumou por aqui.
— Sim. – Ela ficou mais perto. — Você era mesmo apaixonada por mim?
— Sim. Bem antes do Justin, falei para ele e no outro dias vocês estavam juntos e ele me jogando para a Emma.
— Você devia ter me contado.
— Sei lá. Sempre fico me perguntando o que teria acontecido se tivesse ficado com você.
— Acho que seria uma história bacana.
— Mas no dia que eu encontrasse Lauren tudo mudaria. A minha conexão com Lauren é algo surreal e inexplicável, sei
que a maioria das pessoas me vê como a velha que violou a jovenzinha, mas não foi assim. Era pra ser... ao mesmo tempo sei que valeu muito a pena ter ficado com Emma, por mais que tenha terminado da forma que terminou, Emma me deu o melhor presente, Amber é minha princesinha até hoje. Fiz tudo aquilo e faria tudo de novo.— Emma e Lauren tiveram sorte.
— Eu que tive. Sempre fui apressada e quis tudo do meu jeito, mas Deus sempre me mostrou que sem planejar as coisas ficam melhores.
— Você mudou muito.
— Eu consigo falar agora. – Ela gargalhou.
— Sim. E fala bonito. Sinceramente, estou morrendo de inveja da Lauren.
— A sortuda sou eu. Amar e ser amada na mesma intensidade é mágico. Reciprocidade é a melhor coisa da vida.
— Eu queria isso. Sei lá... amar nos deixa mais vivos.
— Sim. Você tem aquela pessoa pra compartilhar e que está ali com você, até quando você está pra baixo... – Sorri. —
Lauren é tão companheira, não tem tempo ruim pra ela.— Ela é intensa e muito ciumenta.
— Sim. E eu amo isso nela, essa entrega dela.
— Estou babando com você falando dela. Como você ama essa mulher.
— Amo... amo de verdade.
— Fico feliz por você.
— Você tem que encontrar alguém.
— Estou velha pra isso.
— Estamos velhas, não mortas. A vida é curta, tem que aproveitar. – Nate saiu dos portões. — Pronto, filho?
— Sim. Tudo certo.
Nos despedimos e logo estávamos na nossa casa, Lauren nos esperava na porta.
— Estou suando como um porco no abate.
— Eu vou correr para o meu quarto.
— Você disse que me ajudaria.
— Eu não posso com ela ciumenta. Ela fez eu jantar no quarto da última vez e você sabe que ela odeia isso.
Descemos do carro e caminhamos até ela.
— Uau... cheguei mais tarde e meus amores nem na nossa casa estavam. – Nos olhamos e ele sorriu. — Onde vocês estavam?
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Sweet Youth
Fanfiction"Você é mais nova! Isso é uma loucura... Você é amiga da minha filha! - Eu queria muito aquilo. - Você tem que me deixar em paz!" - Camila Cabello "Quantos você... você quer isso, senhora Cabello... tanto quanto eu... - Podia ver o quanto ela estava...