Capítulo 92 - Ajuda (Bônus 14)

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Camila Cabello  |  Point of View




No final de semana, com ajuda de Dinah e Poncho, desmontei os móveis do quarto da minha bonequinha e já estamos escolhendo os móveis.

— Mãe! – Escutei o grito de Nate e desci as escadas.

— Oi, filhote. – Abracei ele.

— Terminamos as provas. Só vou seguir indo por conta do teatro.

— Que bom, filho. Vai ter festa?

— Sim, mas só na outra semana porque na próxima é recuperação.

— Veio com quem?

— Tio Poncho, ele vai levar a Amy no jogo hoje e eles vão chegar cedo pra ficar no vidro.

— Você não ia nesse jogo?

— Ia, mas a Amb pediu para a mama ficar pra ela e foi com os dois. Aí dei meu ingresso pra eles ficarem juntos.

— Ótimo.

— Sim. Nós vamos sair amanhã e sozinhos. Posso né?

— Sim. Claro que pode. – Baguncei os cabelos dele. — E vocês falam sobre Elle?

— Muito pouco. Eu estava pensando que... a Elle perdeu aquele encanto quando me confessou ter ficado comigo só por interesse, não interesse, mas pra fazer ciúmes na Amy.

— Perdeu?

— É. Não sei explicar, mas achei que ia sofrer muito. Só chorei no primeiro dia e depois nada, sabe?

— Talvez não fosse paixão ou ela te decepcionou tanto que apagou o que você sentia.

— Sim. E queria conversar com você sobre isso.

— Deixa eu me sentar aqui. – Sentei e o puxei para sentar do meu lado. – Pode começar. – Ele me abraçou.

— Bom... eu não sou tão apaixonado pela Elle como eu pensei, mas a Amy é. – Assenti. — A Amy é teimosa e não escuta meus conselhos para ficar com a Elle.

— Você quer juntar as duas?

— Eu sou melhor amigo da Amy e ela nunca falou em ninguém. Foi muita insensibilidade minha não perceber que ela queria a Elle quando me falou sobre ela. – Assenti. — Eu só não sei como.

— Ela já viajou?

— Viaja amanhã. – Pensei um pouco.

— Vamos até ela. Eu tenho um plano. – Ele sorriu e eu retribui. — Quando contarmos para sua mama você me defende. – Ele gargalhou.

— Vai ser complicado.

Ele me falou o endereço, eu trazia ela em casa no começo, mas como ela tem carro isso ficou raro e minha memória é péssima, no trajeto falei o plano. Descemos do carro e sentei no capô do mesmo. Ele tocou o interfone, logo o portão de abriu e ele entrou.

Não demorou para Dakota vir até mim. Não me movi, apenas apertamos as mãos.

— Que confusão.

— Não é? – Respondi meio nervosa, imaginando que Lauren poderia surgir de qualquer canto e me degolar... e não a cabeça de cima.

— Peço desculpas.

— Não. Nem se preocupe, Lauren e eu nem nos metemos na história, eles são jovens e tem que se entender sozinhos.

— Minha filha se perdeu, afinal... o charme Cabello não é fácil.

— Vou discordar, Amy pode ser minha neta, mas é a Amber todinha e a Amber é o clone da Emma. Considerando que a Elle é apaixonada por Amy, o charme Stone que a encantou.

— Touché! – Ela disse e eu sorri. — Não precisa ficar na defensiva.

— Não estou, só estou usando a lógica. Sua filha gosta de ruivas.

— Parece que sim, mas ela falava muito bem do Nathan. Ele é um ótimo rapaz, vocês estão de parabéns.

— Ele é ótimo mesmo. A Amy também é, ela é mais parecida com minha filha na personalidade, é explosiva, mas é uma ótima garota.

— Ela cedeu por ele... isso é honroso. – Assenti. — Você não achou estranho ser justo minha filha.

— Não sei. Não é uma cidade muito grande e nossa turma toda se arrumou por aqui.

— Sim. – Ela ficou mais perto. — Você era mesmo apaixonada por mim?

— Sim. Bem antes do Justin, falei para ele e no outro dias vocês estavam juntos e ele me jogando para a Emma.

— Você devia ter me contado.

— Sei lá. Sempre fico me perguntando o que teria acontecido se tivesse ficado com você.

— Acho que seria uma história bacana.

— Mas no dia que eu encontrasse Lauren tudo mudaria. A minha conexão com Lauren é algo surreal e inexplicável, sei
que a maioria das pessoas me vê como a velha que violou a jovenzinha, mas não foi assim. Era pra ser... ao mesmo tempo sei que valeu muito a pena ter ficado com Emma, por mais que tenha terminado da forma que terminou, Emma me deu o melhor presente, Amber é minha princesinha até hoje. Fiz tudo aquilo e faria tudo de novo.

— Emma e Lauren tiveram sorte.

— Eu que tive. Sempre fui apressada e quis tudo do meu jeito, mas Deus sempre me mostrou que sem planejar as coisas ficam melhores.

— Você mudou muito.

— Eu consigo falar agora. – Ela gargalhou.

— Sim. E fala bonito. Sinceramente, estou morrendo de inveja da Lauren.

— A sortuda sou eu. Amar e ser amada na mesma intensidade é mágico. Reciprocidade é a melhor coisa da vida.

— Eu queria isso. Sei lá... amar nos deixa mais vivos.

— Sim. Você tem aquela pessoa pra compartilhar e que está ali com você, até quando você está pra baixo... – Sorri. —
Lauren é tão companheira, não tem tempo ruim pra ela.

— Ela é intensa e muito ciumenta.

— Sim. E eu amo isso nela, essa entrega dela.

— Estou babando com você falando dela. Como você ama essa mulher.

— Amo... amo de verdade.

— Fico feliz por você.

— Você tem que encontrar alguém.

— Estou velha pra isso.

— Estamos velhas, não mortas. A vida é curta, tem que aproveitar. – Nate saiu dos portões. — Pronto, filho?

— Sim. Tudo certo.

Nos despedimos e logo estávamos na nossa casa, Lauren nos esperava na porta.

— Estou suando como um porco no abate.

— Eu vou correr para o meu quarto.

— Você disse que me ajudaria.

— Eu não posso com ela ciumenta. Ela fez eu jantar no quarto da última vez e você sabe que ela odeia isso.

Descemos do carro e caminhamos até ela.

— Uau... cheguei mais tarde e meus amores nem na nossa casa estavam. – Nos olhamos e ele sorriu. — Onde vocês estavam?

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora