Camila Cabello | Point of View
— Mãe! Mãe! – Eu nem tive tempo de me cobrir e Amber quase arrebenta a porta do meu quarto. — Se veste e estou te esperando na sala.
Ela disse e eu arregalei os olhos, tapando meu pau com o travesseiro. Eu nunca fiquei a vontade assim na frente de Amber... nem de cueca... isso é uma falta de respeito enorme e agora estou um pouco constrangida por não ter vestido algo quando acordei mais cedo para tomar o café que Lauren preparou, e depois voltando a dormir.
Fiz minha higiene... tomei um banho rápido, pois estava toda grudenta e desci as escadas correndo.
— Minha filha, me desculpe. Eu devia ter me vestido, você vive entrando nessa casa.
— Mãe, não foquei nisso. Quando ia me contar que vai voltar pra cá? – Ela disse e sua expressão não era nada boa.
— Desculpe de novo, minha filha. Eu ia te contar logo, só estava com medo da sua reação.
— Eu implorei para você vir... mas a Lauren é mais eficiente.
— Minha filha... pode parecer isso. Sei que parece injusto.
— É injusto, mãe. Eu sou sua filha, porra!
— Não use esse linguajar comigo. – Ela respirou fundo.
— Desculpe.
— Olha! – Eu disse e me sentei ao lado dela. — Olha... eu não falei nada sobre isso com você, pois eu sabia que era um assunto delicado e pareceria injusto.
— É injusto.
— Você é meu maior tesouro... eu posso ter outros filhos, sou saudável e tenho planos disso, mas você sempre vai ser minha pequena... a mulher pela qual eu fiz tudo e vou fazer, mesmo que você não queira, mas esse não é o ponto. Não foi porque eu te amo menos que não aceitei voltar. Sabe... desculpa mesmo falar sobre isso, mas eu me apaixonei por Lauren no dia em que coloquei meus olhos nela. Foi de imediato.
— Ela me disse isso, mãe.
— Pois... eu amei ela no nosso segundo encontro... foi forte, minha filha, foi o tempo de pensar e pronto, aconteceu uma coisa que eu nunca imaginei... eu amei de verdade e esse sentimento foi retribuído. Não é por ela ser mais nova, pela beleza, ela é madura, tão segura, ela se importou com o que eu sentia e foi mágico... todo e qualquer tempo com ela foi mágico. Do nada... ela muda e diz que não podemos mais ficar juntas, pois eu estava a atrapalhando. Porra! Me senti um lixo. Me diz como eu encararia a mulher da minha vida, depois de tudo, das maratonas de entregas e de todas as juras, como eu agiria? Simplesmente fingiria que não aconteceu? Depois de tudo eu só trocaria um “oi, como está?” com ela? Você sabe o quão sentimental eu sou... eu não teria esse sangue frio.
Você estava comigo todos os finais de semana e eu estava bem lá. Me parecia o plano perfeito ficar lá. Me entenda, pequena. Eu estava magoada. Dormir nessa casa... morar aqui, sendo que planejei cada detalhe pensando em agradar a Lauren seria doloroso demais pra mim. Você viu... nem na cama eu conseguia dormir, pois eu a fiz depois que Lauren disse que era o sonho dela tijolos transparentes com luzes no meio. Fiz uma pra você também e sei que você amou. – Falei tocando o nariz dela. — Me desculpe mesmo, mas eu não conseguiria. – Ela me abraçou forte.
— Eu amo tanto você, mãe. – Ela escondeu o rosto no meu pescoço. — Desculpe, eu devia estar feliz por você e estou de novo com meu ciúme idiota.
— Eu amo quando você sente ciumes de mim. – Ela sorriu. — Eu amo você, pequena.
— Promete que quando tiver mais filhos... não vai me abandonar.
— Eu nem preciso prometer isso, pois nunca deixaria minha pequena de lado. Minha primeira filha e meu amor incondicional. Única. – Eu disse beijando o topo da cabeça dela.
Novamente a porta da minha casa foi escancarada, e não estava com jeito amigável. Eu levantei.
— Oi Emma... – Ela me acertou um tapa no rosto. — Sua louca!
— Porque fez isso com ela, mãe? Você está bem? – Amber pergunto tocando meu rosto e ficou entre nós.
— Como você pôde? Você me traiu com a ninfetinha.
— Ela tem nome, mãe. – Amb falou.
— Puta não tem nome... – Eu fui avançar nela... eu ia arrebentar ela, mas Amb me segurou.
— Não perca a razão.
— Amber... leve sua mãe embora daqui antes que eu arranque os dentes dela.
— Foi na nossa cama? Você falou de mim pra ela?
— Isso é verdade, mãe?
— É. Eu fiquei com Lauren antes de terminarmos. Eu me senti tão culpada, filha. Eu parei de ver ela, pois não aguentei aquela culpa no meu peito. Somos diferentes, Emma. Eu nunca falei mal de você, eu só falava que você era minha companheira e não merecia o que eu estava fazendo.
— Você não podia...
— Vamos embora, mãe.
— Você vai ficar do lado dela? – Eu perguntei com medo da resposta.
— Não. Eu acho que você não tem direito de cobrar nada dela. Foi chumbo trocado.
— Amber... – Emma disse.
— Cansei de ter que escolher um lado. As duas fizeram merda. Ponto final. Não ofenda mais a Lauren na minha frente, mãe, ela é minha melhor amiga e você tem que respeitar a namorada a mamãe. E você, mãe, Tem que parar de me deixar saber as coisas pelos outros, somos amigas, não?
— Tudo bem, minha filha. Você está certa.
— Vamos, mãe. Vou deixar você em casa. Está muito nervosa para dirigir. – Emma assentiu. Ela me abraçou e beijou meu rosto. — Faça uma coisa bem gostosa para me compensar. – Eu sorri e beijei a ponta do nariz dela.
— Pode deixar.
Elas saíram e Emma ficou para trás, saiu me mostrando o dedo do meio e eu tive que rir da cena.
Olhei na geladeira e ela não tinha muita coisa, mas logo os meninos chegaram e encherem ela. Estava preparando uma lasanha para Amber, ela estava demorando, Lauren e Poncho estavam me ajudando.
Tocaram o interfone e Lauren atendeu.
— Alô... sim... um minuto. – Ela desligou. — Camz, tem entrega pra você.
— Ok. – Eu a abracei e beijei sua boca. – Obrigada, amor.
Caminhei até o portão e assinei o comprovante de recebimento.
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Sweet Youth
Fanfiction"Você é mais nova! Isso é uma loucura... Você é amiga da minha filha! - Eu queria muito aquilo. - Você tem que me deixar em paz!" - Camila Cabello "Quantos você... você quer isso, senhora Cabello... tanto quanto eu... - Podia ver o quanto ela estava...