Capítulo 65 - Casamento

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Lauren Jauregui  |  Point of View





Olhando-me no espelho... minha mãe quase surtando ajustando e arrumando meu vestido, uma equipe pirando para acertar os detalhes do meu cabelo e maquiagem... Amber dizendo que a Camila vai enfartar quando me ver... eu estou com um frio enorme na barriga.

Hoje é o grande dia. Porra! Eu vou me casar mesmo? Isso é insano, não um insano ruim, mas eu nunca imaginei esse dia. Parece tudo tão novo.

Camila não perdeu tempo depois que nos pedimos em casamento, falou com meus pais, falou com Amber e já marcamos a data. Tudo medo, pois ela achou que eu podia mudar de ideia. Depois do nosso tempo separadas, ela não confia muito na minha palavra, mas agora tenho a vida toda para recuperar isso.

— Acorda, minha filha! Fique de pé, preciso ver se está cobrindo tudo. – Minha mãe disse exasperada. Ela amou a ideia, ficou radiante e já começou a organizar tudo. Camila e ela se engajaram mesmo nesse casamento. Meu pai que não gostou muito da ideia, ela não consegue acreditar que Camila e eu tenhamos uma relação saudável no futuro.

Fiquei ereta e minha mãe levou as mãos à boca. Amber fez o mesmo quando me olhou, todos os maquiadores ficaram embasbacados.

— Você está perfeita, Laur. – Amber quebrou o silêncio que já estava me deixando constrangida.

— Magnífica! – O maquiador chefe, o mais afeminado de todos nós, falou e todos concordaram. — Nem tivemos tanto trabalho, pois essa mulher já é uma obra de arte.

— Você está uma pintura, minha filha. – Ela me abraçou. – Te desejo toda a felicidade do mundo. Quero ver um sorrido diferente a cada dia que se passe. Sei que ela vai se virar em trinta para isso, por isso te entrego pra ela, mas saiba que seu lugarzinho vai estar sempre lá. Não pense duas vezes se quiser voltar. – Meus olhos marejaram... morei minha vida interia com eles e agora vamos nos separar.

— Não! Não! Não! Não! – Daniel, o cabeleireiro chefe gritou. — Não vamos estragar um trabalho incrível com choros. Chore depois que a noiva ver o quanto se produziu para ela. – Ele disse batendo palmas e nos tocando para fora dali. — Vamos! Conheço bem isso, depois da primeira choradinha emocionada, vira o maior berreiro. – Ele era mais afeminado que o maquiador.

Analisei minha mãe no vestido azul, só agora reparei que estávamos todas prontas. Entramos na limusine e minhas mãos suavam. Amber a apertou forte.

— Vai dar tudo certo. Agora e depois. – Ela beijou minha têmpora. — Só espere para me dar irmãos. Gosto de ser a única filha sendo mimada. – Nós rimos e minha mãe negou, sorrindo junto. — Estou brincando, sei que aquele coração em forma de pessoa, amaria cinquenta filhos de forma igualitária se os tivesse. – Ela me olhou. — Mas não se empolgue.

Eu ri... aquilo foi bom, neutralizou meu nervosismo. Paramos em frente à igreja e meu pai me esperava. Descemos e elas me abraçaram demorado, me desejaram mais felicidade e entraram na igreja, onde as portas se fecharam assim que elas a cruzaram.

— Se você estiver em dúvida, posso falar com os convidados. Você pode tirar aquela temporada na Itália que você queria. – Eu o abracei forte. Depois me afastei.

— Estou bonita?

— Você é linda, minha filha. Está deslumbrante hoje. Mas é tão jovem... não precisa ter essa pressa toda.

— Não sou tão jovem assim, pai. Eu sei o que o senhor está tentando dizer, mas vamos nos casar hoje. Tudo vai dar certo. Eu a amo tanto, papa. Tanto que não faz sentido não acordar com ela todos os dias... tanto que não faz sentido não ser chamada de senhora Cabello... tanto que não quero um filho se ele não tiver os traços latinos que venero tanto.

— Eu só quero te ver feliz.

— Eu sou feliz. Ela me faz feliz... o senhor sabe disso. – Enganchei meu braço no dele. — Agora me entregue em mãos para o amor da minha vida.

— Espero que ela saiba o tesouro que possuirá a partir de hoje.

Ficamos em silêncio e logo ele me puxou para a porta. A música começou e as portas se abriram lentamente. Todos ficaram de pé. Camila levou as mãos à cabeça e soltou um “porra” só movimentando os lábios, reação que não passou batida pela filha e por Normani que negaram sorrindo da cara de abobada que minha futura esposa ficou.

Ela caminhou até nós, meu pai bateu no ombro dela e depois a abraçou, ela ficou me encarando e duvido muito que ela prestasse atenção no que meu pai dizia ao ouvido dela. Foram segundos e ela me estendeu o braço, onde caminhamos até o padre.

— Você está... eu nem sei o que você está. Linda... maravilhosa... eu não sei... – Ela disse e eu beijei o rosto dela. Não entendo muito as regras, mas pela cara do padre foi inapropriado.

Depois de um longo discurso sobre aceitar as diferenças, vieram às citações e depois a pergunta final. “Se tem alguém aqui contra esse casamento...”. Clichê. Ninguém falou nada e ele nos autorizou a nos beijar. A igreja aplaudiu e logo as testemunhas vieram assinar os papéis.

Na saída, teve chuva e arroz e aquela ovacionada... entramos na limusine e fomos para a boate onde ocorreria o jantar e depois a festa.

— Céus! Lauren! Você tem noção do quanto é perfeita? – Ela disse levando as mãos a cabeça de novo. — Porra! Foge, Lauren. Ainda dá tempo. – Ela disse e eu dei um selinho nela.

— Fugir é a única coisa que não quero fazer. Eu sei muito bem o que estou fazendo. – Abri o zíper do meu vestido, minha mão fez com que soltasse a calda e a parte abaixo das coxas, para que fosse mais fácil caminhar entre os convidados da festa.

— Isso só melhora. – Ela disse alisando minha coxa e eu levei a mão até a virilha dela e aproximei minha boca da orelha dela.

— Esse vestido tem um problema.

— Qual?

— Não pude vestir nada por baixo dele, pois ficaria marcando. – Ela gemeu e fechou os olhos. Quando me fitou, já estavam na coloração escura e famintos... como sempre ficavam quando ela estava excitada.

Nunca vou me acostumar com os efeitos que causo nela... e nem quero.

* * *

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Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora