Capítulo 45 - Mãezona

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Camila Cabello  |  Point of View





Quando acordei, Lauren estava com o corpo nu sobre o meu.

Agradeci por ter ela e estar em um bom momento com minha filha. Agradeci por não ter ido embora e as deixado aqui.

Não movi um músculo, Lauren, Amber e Alfonso andam muito cansados e dormindo quase nada, por causa deste caso.

O celular dela despertou e ela me olhou. Beijou meu pescoço varias vezes e eu a abracei forte.

— Bom dia, Camz.

— Bom dia, baby. Como dormiu?

— Perfeitamente bem. Ao seu lado tudo fica melhor.

— Você é encantadora, Lo. Sempre me perco quando me elogia assim.

— Devia estar acostumada. Você é perfeita.

— Não sou, amor. Não estou nem perto disso.

— Eu acho que é, e várias pessoas concordam com isso.

Eu beijei a testa dela e ela se arrumou para sair. Por mais que ela elogiasse a minha “perfeição”, eu sinto ela mudando comigo conforme os dias vão passando.

Coloquei uma camiseta e fui me escovar, hoje ela iria para o tribunal da cidade e seria uma longa amanhã sozinha.

— Amor...

— Sim, Camz.

— O que eu posso fazer aqui?

— Tem um campo de beisebol a três quarteirões daqui. Peça um mapa na recepção no hotel.

— Ok. – Batidas na porta e eu vesti uma cueca, me cobrindo com o lençol. Era Amber e Poncho.

— Bom dia, mãe. – Ela disse se jogando no meu colo e me abraçando.

— Bom dia, pequena. – Eu disse tocando a ponta do nariz dela. — Bom dia, Poncho.

— Bom dia, Sra Cabello. – Ele disse e veio me abraçar. Foi meio estranho, mas dei uma batidinha nas costas dele.

— Vai nos ver hoje? – Amber perguntou.

— Hoje vocês vão conversar com o réu. Melhor não distrair vocês. – Eles começaram a falar sobre o que eles iam fazer e eu comecei a beijar o rosto de Amber enquanto os dois se distraiam, ela ria e eles olhavam como se ela fosse um ET, pois eu parava.

Depois eles me pegaram, eu continuei. Até eles decidirem que já estava na hora de sair.

— Te amo, mãe.

— Eu também, pequena. Se cuide. – Beijei a testa dela. Alfonso caminhou até mim e me abraçou de novo.

— Até logo, Sra Cabello.

— Me chame de Camila. Ou invente um apelido para mim, mas se me chamar de sogra vai levar um soco. – Eu disse sorrindo e ele sorriu, mas eu fiquei séria. — Não é brincadeira. – Ele assentiu freneticamente e saiu do quarto.

— Você invoca com o coitado, ele gosta muito de você, quase que te chamou de mãe ontem um monte de vezes.

— É estranho conviver com um cara... vai soar meio besta, mas não convivo bem com a ideia de outro cara que já tocou minha mulher. – Ela sentou no meu colo e me olhou nos olhos.

— Estamos juntas agora, Camz. Meu passado e o seu não importam mais, claro, você tem filha e de um jeito ou outro sempre vai estar ligada a Emma. Mas eu e Poncho somos só amigos. Sempre fomos, desde adolescentes e decidimos namorar por conveniência, ele se decepcionou, eu me decepcionei e juramos que não nos machucaríamos e eu o trai. Me senti muito culpada na época, mas era você... nosso destino é ficarmos juntas. Ele é uma pessoa incrível, muito gentil e de muito caráter, os pais viajaram a pouco para Itália, pois vão abrir um negócio lá e ele sente muita falta deles e acho que está encontrando em você algum consolo. Dê uma chance a ele, nós somos só amigos e continuamos próximos por conta da Amber. Viu como Amber nem se importa de estarmos perto mais, pois ela sabe que somos só amigos e que sou doente por você.

— Tudo bem. Vou tentar.

— Promete que hoje na hora da corrida vai dar uma chance a ele?

— Por você, Lauren. Por você. – Eu disse e selei nossos lábios.

— Vou lá. Estou atrasada. – Ela mordeu meu lábio e depois beijei a testa dela.

— Amo você. E lembre-se de tentar o acordo.

— Tudo bem. Também amo você.

Ela saiu e eu dormi. Fiquei pensando na tal corrida e pedi para que me ligassem com o autódromo. Haveria uma corrida as quatro, uma as seis e outra as oito. Reservei lugares na área vip e organizei o quarto. Pedi um colchão de casal e coloquei aos pés da minha cama.


×××


Pedi um almoço decente, com tudo que tinha direito e pedi para esperarem uma ligação minha para trazerem comida.

Lauren chegou e estranhou o colchão.

— Oi amor, não quero questionamentos, vocês vão fazer o que eu mandar.

— Tudo bem. – Ela me abraçou. — Estou tão cansada.

— Eu sei, baby. – Liguei para recepção e confirmei. — Chame Amber e o Poncho, por favor. – Ela assentiu, mas quase não abria os olhos.

A comida chegou e logo eles devoraram tudo. Me levantei e fiquei perto da mesa.

— Vou me sentir bem tia velha agora, mas vocês três vão deitar e dormir até as sete.

— Mas e a corrida?

— Começa as oito. E eu não vou falar duas vezes. – Poncho se deitou e se cobriu. Logo Amber e Lauren o seguiram. – Foi mais fácil do que pensei. — Fechei todas as cortinas, diminui o volume da TV e a deixei ligada, pois Amber em medo de dormir no quarto totalmente escuro. Beijei a testa de Amber, bati na mão do Poncho, que me puxou para um abraço e me deitei ao lado de Lauren, que já estava no sétimo sono. A cobri e fechei os olhos, demorou para que eu pegasse no sono, mas consegui.


×××



Quando acordei, olhei no relógio e ele marcava 7:08h. Me virei para os pés da cama e mexi no cabelo de Amber.

— Pequena? – Ela abriu os grandes olhos castanhos, idênticos aos meus. — Pode ir se arrumar. – Ela assentiu e saiu do quarto. — Poncho? – Eu disse tocando o ombro dele. — Poncho? – Ele abriu os olhos. — Vai se arrumar. – Ele assentiu e saiu do quarto. Quando me virei, Lauren já estava acordada.

— Já está na hora? – Ela perguntou abraçando meu pescoço.

— Está. Um pouco mais descansada?

—  Sim. Foi revigorante. – Ela beijou minha bochecha de forma demorada. — Vou tomar um banho. Melhor... vamos tomar um banho. – Assenti e fomos para o banheiro. Ela me provocou e saiu do banheiro, para não nos atrasarmos. Nem preciso dizer como fiquei.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora