Capítulo 89 - Amigos (Bônus 11)

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Nathan Jauregui Cabello  |  Point of View




Me escovei e logo sentei na minha cama, fiquei encarando a porta. Logo Amy entrou.

— Meu gay preferido. O que manda de novo? Eu já estava dormindo, sabia? Atletas como eu gastam muita energia e precisam descansar muito também.

— Eu estou grilado com uma coisa e não consigo parar... você sabe.

— Sim... impaciência. Você vai sofrer muito com isso no futuro.

— É sério, Amy. – Ela parou de sorrir e sentou ao meu lado.

— Está todo mundo estranho nessa casa.

— Qual é a treta com a Elle?

— Ah... faça-me o favor, Nathan Cabello! Você me acordou pra falar sobre isso? Sério mesmo?

— Eu amo você, Amy. – Ela bagunçou meus cabelos. — Lembra da conversa com a Mama sobre amor? Te amo como amiga e vou amar sempre, mas eu também gosto muito da Elle...

— Você gosta mesmo, não é? – Ela me perguntou séria e eu assenti. — Está tudo bem, Nate. Somos diferentes, ela é a
patricinha e eu... bom, você sabe, você mesmo me chama de ogra. Não espere que tricotemos enquanto falamos do nosso amor por você.

— Mas nem se falar? – Ela me analisou por um tempo e depois soltou o ar dos pulmões.

— Isso não vai nos afetar, Nate. Eu aceito seu relacionamento se ele te faz feliz e ela não precisa ser minha melhor amiga.

— Mas eu sempre me imagino com ela e fazendo minhas piadas idiotas para as duas rirem... sei lá. Eu sempre me imagino compartilhando as coisas com você.

— Tinha que ser ela? – Ela disse arrumando o cabelo.

— Eu sempre quis ela. – Falei.

— Não! Até o meio do ano nós nem falávamos sobre ela. Nunca! Só aquele dia que eu perguntei sobre ela que você se fixou.

— Mas foi rápido... eu me apaixonei e nem percebi. – Ela fechou os olhos.

— Tudo bem. – Ela apertou minha mão. — Não quero mais falar sobre isso. Eu só não posso falar com ela, não quero passar a impressão errada...

— Como assim?

— Só não nóia com isso. Ok? Vamos ficar bem.

Ela puxou o colchão debaixo da minha cama e foi arrumando pra ela.

— Vamos dormir?

— Sim, veado. Eu fico com o controle.

— Amy!

— Eu já estava dormindo! Tenho direitos.

Ela disse e eu neguei, me atirando sobre ela e deixando um beijo na testa dela.

— Eu posso confiar em você? – Perguntei e ela assentiu.

— Plenamente! Nunca faria nada que pudesse te magoar.

— Eu também não. – Sorri pra ela e levantei para desligar a luz.

Ficamos assistindo filmes até tarde.


×××


Acordei primeiro que Amy e fiz minha higiene no máximo silêncio para chegar primeiro no café, pois Amy tem um
problema com comida, come de tudo e não sossega até a mesa estar vazia. Ela é tão magrinha que nem parece que come por cem pessoas.

Peguei a xícara de leite que minha mãe me entregou e beijei seu rosto.

— E aí, campeão? Como estão as coisas?

— Bem, Mãe. – Ela bagunçou meus cabelos.

— Se acertou com Amy? – Mama perguntou me abraçando e beijando meu rosto.

— Sim... tipo... ela não me explicou nada, mas me tranquilizou. – Elas se olharam e seguiram o café. Logo Amy se juntou a nós.

— Amy... conversou com seu tio?

— Oh, mãe. Eu não gosto que me chamem assim.

— Conversamos sim.

— Tudo bem?

— Sim, mama. Ela disse que vai apoiar meu namoro.

— Vou... mas você não deve levar as coisas tão a sério... são raros os casos que o primeiro namoro dá certo. – Olhamos para ela e Amy deu os ombros, começando a comer.

— Errada ela não está. – Mama disse e mamãe assentiu. Foi aí que eu comecei a notar que ninguém estava muito satisfeito com meu namoro.



Camila Cabello  |  Point of View



Eu estava pintando o quarto do hóspedes, coloquei tudo no centro dele e comecei a pintar as paredes. Seria o quarto da minha princesinha, eu sinto que é uma garotinha...

— Camila Cabello! – A voz rouca e linda de Lauren soou acusadora e eu sorri antes de me virar. — Você esta fazendo esforço?

— Não, amor. Está tudo bem, só estava sem nada pra fazer... pensei em já ir organizando o quarto da nossa garotinha. – Falei a abraçando, mas me afastei. — Vou sujar você. – Ela me puxou.

— Não tem problema.

— Quer me ajudar? – Falei entregando o pincel pra ela.

— Claro, amor. – Ela beijou minha boca. — Só me deixa trocar esse terninho. – Assenti e a puxei para outro beijo.

— Amor... você pode pedir um refresco na cozinha antes de vir?

— Claro.

Ela disse e saiu, voltei a pintar, faltava bem pouco na verdade, estou deixando ele branco para escolher a cor com Lauren depois.

Ela voltou e rapidinho terminamos, a Sra Grimsby não só fez o refresco... como um belo café. Ficamos ali no quarto.

— O berço pode ser ali e pintamos só uma parece de dourado... existe?

— Sim, baby.

— Eu quero a cópia de um quarto real.

— Tipo de princesa mesmo?

— Sim. O que você acha?

— Perfeito. Você já pensou no nome?

— Nem vou, o combinado era eu escolher dos meninos e você das meninas.

— Tudo bem. Vou pensar.

— E se não for menina?

— Vou amar do mesmo jeito o garotão, mas eu sinto que é menina.

— Eu vi um jogo de bonecas... – Ela me contava animada em como ela queria enfeitar o quarto e eu só sorria... me
apaixonando cada segundo mais por essa mulher maravilhosa.



Nathan Jauregui Cabello  |  Point of View



Estava ajudando na seleção dos alunos que entraram na escola para o ano que vem e já se inscreveram no teatro.

— Como você está, Babyboy?

— Não me enche. – Falei para Jake e ele gargalhou com a turminha dele. — Vocês não deviam estar em casa?

— Devíamos, mas somos homens de verdade e como todo homem não perdemos um pornozinho lésbico. – Não prestei atenção neles e peguei minha mochila, saindo do palco e indo para as saída. — Como somos teus amigos queremos você conosco.

— Não... obrigado.

— Qual é... sua namoradinha está lá no banheiro com outra... eu acho que é garota. – Ele olhou para o colega e deu os ombros. — Você vai amar ver a cena. Vem! – Eles me pegaram pelo braço e me levantaram, me arrastando até o banheiro. Me largaram na porta.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora