Capítulo 83 - Briga (Bônus 5)

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Camila Cabello | Point of View




Estávamos no consultório e o médico examinava os papéis sobre a mesa.

— Sua saúde está ótima, Sra Cabello. Lógico que está, pois engravidar depois dos trinta e cinco não é simples, pois após essa idade os óvulos começam a envelhecer e isso dificulta.

— Doutor... se é difícil pra ela, como eu consegui isso com cinquenta e cinco anos... isso é tão estranho.

— Isso é normal, Sra Cabello. Até os setenta você pode engravidar alguém, você diminui a produção de testosterona e seus espermatozóides ficam mais preguiçosos, mas isso não torna algo tão surreal assim... tanto que a prova está aí.

— Não ligue pra ela, doutor. Ela acha que está morrendo.

— Não exagere. – Falei e ela segurou minha mão. — O bebê vai nascer normal, doutor?

— Vocês duas estão ótimas. Se você não me falasse sua idade de dez em dez minutos nunca desconfiaria.

— Ela é assim. Qualquer dia vai tatuar a idade dela na testa.

— Hey! – Exclamei e ela beijou minha mão.

— Mas o bebê corre alguns riscos sim. Vamos aos cuidados. – Ele falou e nos concentramos nele. — Ao contrário da
primeira gravidez, vamos ficar mais atentos a qualquer sinal. Qualquer dorzinha ou desconforto vocês marquem uma consulta...

Ele continuou nos orientando e prestávamos atenção em tudo.


×××


Estamos na primeira fileira do auditório da escola. Nate está atuando e eu estou babando junto de Lauren e Elle. Realmente ele é muito bom.

Aplaudimos quando terminou, eles agradeceram e o esperamos nas cadeiras.

Ele veio com aquele sorrisão lindo, nos abraçou e depois beijou Elle.

— Impecável, amor. – Lauren disse e nós Assentimos.

— Precisamos comemorar. – Olhei para o lado e abracei meu pequeno.

— E Amy? – Ele disse preocupado a procurando.

— Aqui, seu gay. – Ela disse pulando nas costas dele. — Você está bem.

— Obrigada, ogrinha.

Eles ficaram se provocando e depois fomos a uma pizzaria.




Nathan Jauregui Cabello | Point of View



Elle estava sentada na mesa do quiosque e eu estava entre suas pernas. Nos beijavamos, e minhas mãos apertavam a cintura dela e as dela arranhavam minha nuca.

A puxei bem para perto e ela se afastou um pouco, colando a testa na minha.

— Calma, Babyboy. – Sorri e ouvi gargalhadas.

— A bonequinha do teatro é baby também. – Os colegas de Elle falaram e fiquei com vergonha, me afastei dela.

— Nos deixem em paz. – Elle disse e me abraçou.

— Você é tranquilo, gata. Mas seu amiguinho aí não podemos deixar.

— Podem sim! – Ouvi Amy e ela se colocou na frente de Jake. — Melhor deixar ele em paz.

— A mulher macho veio defender a biba. – Eu não pisquei direito e Amy acertou um soco em Jake que o fez cambalear e cair. A confusão começou.




Camila Cabello | Point of View




Lauren estava sentada no meu colo, rebolando devagar enquanto nos beijávamos o mais lento possível. O celular dela tocou e nós duas bufamos com isso.

— Alô. – Falou enquanto arranhava meu pescoço, meio que o massageando. — O que? – Ela levantou e começou a procurar as roupas, me puxando. — Estamos indo. – Ela ajeitou o cabelo.

— O que houve?

— Os meninos se meteram em uma briga.

— Nate? – Falei estranhando, ele é tão pacífico.

— E Amy. – Ela disse e procurei as chaves do carro. Não demorou fez minutos para chegarmos.

— Onde estão os meninos?

— Na enfermaria. – Elle disse e seguimos correndo para lá. Os dos estavam sentados na maca com a mão em uma bacia com gelo.

— Vocês estão bem? – Lauren perguntou analisando os dois.

— Sim, mama. – Nate disse.

— Porque brigaram? – Perguntei segurando a mão de Amy. — Porque bateram? Pelo visto vocês só bateram.

— Não aguento mais esses idiotas debochando do Nate. Eles mereciam uma lição. Fazia tempo que minha mão coçava pra socar aquele engomadinho do Jake.

— E você? – Lauren perguntou para Nate.

— O cara foi segurar a Amy e eu soquei ele também... aí generalizou, mas a inspetora chegou e nos trouxe pra cá.

Assentimos e a diretora entrou ali.

— Sras Cabello...

— Sra Tânia.

— Sabemos o peso de ter Cabellos estudando aqui, mas essa conduta está fora dos padrões.

— Eu sei, nos desculpe... – Lauren começou o discurso.

— Se desculpe por você, meus meninos tem sofrido agressões aqui há muito tempo e não condeno a atitude deles, condeno a de vocês, que foram omissos esse tempo todo e quando eles surtam por não aguentarem mais a culpa é deles?

— Não estamos sabendo...

— Ah! Faça-me o favor... todo mundo sabe o que acontece aqui.

— Mas...

— Não! Não! Meus meninos não vão ser punidos por se defenderem.

— Sra Cabello...

— Não! Eu estou muito irritada com essa situação. Estou exausta na verdade, os meninos vão pra casa e se eles quiserem mudar de escola eles vão! E ninguém... nem você Lauren, vai me convencer do contrário.

— Sra Cabello... não vamos decidir as coisas no calor do momento.

— Não estamos decidindo nada. – Lauren interviu. — Eles vão escolher. – Lauren pegou a mão de Amy. — Vamos, meninos.

Ajudamos eles e logo estávamos no carro. Eu nem quis dirigir de tão nervosa que estava.

Fiquei com uma dor de cabeça horrível, não conseguia manter meus olhos totalmente abertos e umas náuseas também.

Os meninos contavam o que gerou a briga e aquilo ia me deixando pior.

— Aí a Amy chegou e a chamaram de mulher macho. Só vi o Jake no chão depois disso.

— Eu nem sabia que tinha força, mas eu estava com tanta raiva... – Lauren abraçou Amy de lado e bagunçou os cabelos dela.

— Você é muito corajosa, amor. – Lauren beijou a testa dela. — Obrigada por defender o Nate.

— Não me agradeça. Eu não vou aceitar que falem coisas assim... o cara estava se amassando com a mina mais gostosa da escola... como a ignorância da pessoa pode ser tanta para chamá-lo de biba? Isso é muito escroto. Não tem como não se meter... – Meu braço foi ficando dormente...

— Lauren... – Ela me olhou. — Não fique nervosa...

— Péssimo jeito de começar uma frase, Camz.

— Estou... você precisa me levar para um hospital, mas não surte...

— Porque, Camz? – Os três ficaram ao meu redor.

— Eu consigo caminhar, só me leve o mais rápido...

Falei me sentindo fraca e voltamos para o carro. Ela foi me perguntando o que eu estava sentindo, mas não consegui responder.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora