Capítulo 34 - Sonho

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Camila Cabello  |  Point of View





— Amber... pequena. Me escute.

— Não. Isso é demais para mim. – Eu a puxei pelo braço.

— Por favor, pequena.

— Não. Mãe Emma está certa. Você vai me abandonar por ela.

— Não... você que está com raiva de mim... estou te dando espaço, amor. Mas se você estalar os dedos... não pense que não me importo.

— Porque ela?

— Eu não escolhi, Amber. – Eu peguei as mãos dela. — Lembra quando você disse “Quero você feliz por você mesma uma vez”. Eu sou, amor. Eu sou tão feliz, a família de Lauren me acolheu, eu assisto golfe com o pai dela e Lauren cuida de mim. Nem vou citar o fato de nos amarmos Não acordo dando risada... eu acordo dançando.

— Isso é tão confuso.

— Olha... eu tentei com sua mãe. Provavelmente, se eu não soubesse da traição, estaríamos juntas ainda, mas eu me separei dela, não de você. Meu amor por você é incondicional e ninguém vai mudar isso... ninguém. Nem você... você pode me pisar e humilhar de novo, me chamar de patética, mas eu nunca vou te soltar. Nunca! Algumas pessoas não entenderiam, mas quem tem filho entende. Eu troquei suas fraldas e sua primeira palavra foi pra mim. Eu te ajudei nos primeiros passos... só me arrependo de não ter te ensinado mais sobre o mundo... agora ele vai te ensinar e não vai ser com o meu jeitinho. – Ela me abraçou. — Sua mãe vai falar muita coisa, pois não está lidando bem com isso e ela até contou para sua avó sabendo como ela é comigo.

— Eu sou um monstro, mãe. Fui eu que pedi para ela contar. Eu só erro com você. Me perdoa. – Ela disse abraçada a mim. — Me perdoa... eu sou tão egoísta.

— Perdôo, pequena. Eu perdôo. – Olhei para trás e Lauren nos observava de longe. — Você vai aceitar meu namoro?

— Vou, mãe. Não vou dizer que apoio cem por cento, mas vou tentar. Só não a beije na minha frente... eu tenho ciúmes de você.

— Tudo bem. – Eu beijei a testa dela. — Vou chamá-la para vocês conversarem. – Ela assentiu e eu caminhei até Lauren. — Ela quer conversar com você. – Ela assentiu e caminhou até Amber.



Lauren Jauregui  |  Point of View




Eu caminhei até Amber, ela estava com os braços cruzados e chutando a grama. O tempo anunciava que uma tempestade se aproximava. Eu me pegava olhando para a aliança várias vezes... nunca fiquei tão feliz.

— Oi. – Eu disse, sem saber direito como cumprimentar.

— Oi. – Ela respondeu e ficamos no silêncio por um tempo. — Então... minha mãe. – Ela disse e bufou. — Eu não sei como conversar sobre isso.

— Eu a amo, Amber. Vou tentar tudo que estiver ao meu alcance para fazer ela feliz.

— Como isso aconteceu?

— Foi imediato. Eu coloquei o olho nela... você não sabe o quanto eu rezei mentalmente para ela não ser sua mãe...
ser uma tia, prima... quando você me disse mãe... meu peito apertou. Depois fui conhecendo ela, vendo que ela não era feliz e o carinho que ela tinha por você... o jeito atrapalhado dela... tudo. Tudo nela me encantou... impossível não me apaixonar.

— Eu era sua amiga, sei como seus sentimentos são confusos e mudam a todo tempo... você me contou dos seus namoros, a enorme lista. Viu como ela depende de você? Ela não é um garotinho, Lauren. Um desses que você brinca e pode descartar... ela é sensível demais... do tipo... ela pode morrer se você a deixar. Você acha que pode lidar com isso?

— Eu não vou a deixar, Amber. Eu era vazia, pois nunca tinha amado de verdade... agora eu sei o que é isso.

— Espero mesmo que você me surpreenda, pois na minha cabeça, eu sei como isso vai terminar... queria pedir desculpas se te ofendi, mas não posso mais ficar sem minha mãe. Eu deixei bem claro... wue não sei como lidar com isso tudo, mas vou tentar por ela.

— Se estou aqui conversando com você, é por causa dela. Ela não vai ser feliz por completo sem você.

— Bom... se você diz que não vai magoá-la.

Depois disso, entramos na casa, ela voltou a ficar com o Poncho e eu com minha namorada.



Camila Cabello  |  Point of View




Depois do jantar, as amigas de Lauren foram para a piscina. A maioria das pessoas entraram na piscina. Lauren chegava a se empinar para entrar, mas se continha e não me pedia.

— Vamos entrar? – Ela me olhou rápido. Minhas bolas estavam amassadas mesmos, quem sabe uma refrescada melhore isso.

— Podemos?

— Não sei. Vai ser estranho?

— Não. Só achei que você não iria.

— Eu vou. Se você quiser.

— Não. Não fale assim comigo. Se você não quiser, não precisa fazer e se quiser nós vamos. Acabou a cadeia, amor. Você faz o que tem vontade.

— Fazer o que tenho vontade... – Eu beijei o pescoço dela. — Você não sabe o que passa por minha cabeça... por isso me fala essas coisas. – Ela se afastou, mas olhou sobre o ombro e caiu na piscina. Tirei o tênis e o colete e cai na água também.

Fiquei escorada na beirada da piscina e Lauren, mesmo conversando com as amigas, me devorava com os olhos. Ela
cochichou algo no ouvido de Vero e ela gargalhou.

Ela me beijou intensamente e rodeou a minha cintura com as pernas. Nessa altura, não eram só minhas bolas que doíam, era tudo.

— Vamos para casa... estou morrendo de tesão.

— Vamos agora. – Ela correu para fora da piscina e eu pequei meu colete e tênis, os colocando na frente do meu pau, que estava desenhado na calça justa.

Depois de nos despedirmos rapidamente, corremos para o carro e assim que entrei no mesmo, tirei as calças.

— Espere até chegarmos em casa.

— Estava me apertando. – Ela assentiu.

Começou a chover e eu dirigi bem devagar.

— Camz?

— Sim.

— Você pensa em ter mais filhos?

— Não pensava... mas confesso que com você quero tudo. Noivar, casar e ter filhos. Você acha isso bobo? – Perguntei coçando a nuca.

— Não. Eu quero isso... quero ter uma mini latina e vamos ter a família dos sonhos, Camz.

— Eu não duvido disso, amor. Minha vida virou um sonho perfeito... desde o segundo que você disse que me amava. – Estacionei o carro na garagem do prédio. — Você é uma mulher incrível, Lo. E quando falou que era minha... me fez a mulher mais feliz deste mundo.

— Você é tão fofa, Camz. Tão gentil e amável... como as pessoas conseguem magoar um ser humano iluminado como
você? – Ela tocou as laterais do meu rosto. — Algumas pessoas não merecem a sorte que tem.

— Eu amo você.

— Eu amo você. – Ela selou nossos lábios e eu a levei no colo para meu apartamento.

Sweet YouthOnde histórias criam vida. Descubra agora