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Bianca.

Era um saco imaginar que algo acabaria, a possibilidade de perder alguém doía de forma inexplicável. E era só uma mera possibilidade, que eu pedia aos céus de segundo em segundo para não se tornar realidade.

As horas e minutos se passavam, parecia que estavam combinando de ser lentamente, de fingir que não precisava passar as horas, porque a cada minuto me deixava mais angustiada.

Eu tava encolhida não cama quando tomei um susto, alguém bateu na porta e eu olhei, levantei da cama em silêncio e fui na ponta do pé, olhei pelo olho mágico e vi o Lucas de casaco e capuz, ele tava encostado na parede de braços cruzados e olhando pro nada, encostei a testa na parede soltando o ar aliviado e girei a chave.

Playboy: Te falei pra não abrir a porta pra ninguém.- Falou assim que me olhou, soltei um sorriso enorme e pulei nos braços dele.

Lucas me abraçou soltando um sorriso fraco e eu beijei seu rosto, ele me segurou no colo, apertando minha cintura com força e eu senti minha barriga reagir. Nosso filho se mexeu me fazendo cócegas, no mesmo momento o Lucas me soltou e me colocou no chão, me olhando.

Playboy: Esse bagulho aí me chutou? - Falou indignado, eu gargalhei e confirmei.

Bianca: O bagulho tá feliz.- Revirei os olhos.

Playboy olhou pra baixo visando a minha barriga e colocou a mão em cima, pela primeira vez certamente. Sua mão estava gelada e eu estava de cropped, me arrepiei com seu toque e novamente, o bebê se animou chutou na mão dele, fazendo ele dar um sorriso sem mostrar os dentes.

Playboy: Maluco tá achando que é o neymar.- Eu sorri amimada, puxando ele pra dentro.

Bianca: Como foi, deu certo? - Tirei o capuz da cabeça dele e vi o rosto dele sujo de sangue, fiquei na ponta de pé passando o polegar pelo seu rosto, e ignorei, beijando ele.

Playboy afastou a boca da minha me olhando e beijou minha testa, a mão dele deslizou até minha cintura e ele se abaixou, quando o Lucas tocou na minha barriga eu comecei a chorar igual uma criança.

Playboy: Te prometo que vou ser melhor do que eu nunca fui, papo reto.- Falou, mas não era destinado a mim.

Ele falou com o bebê, que assim que o Lucas encostou a boca na minha barriga, pela primeira vez, o bebê chutou.

Eu continuava chorando igual criança e ele passou bons minutos com o rosto colado na minha barriga. Quando ele levantou eu abracei ele novamente sorrindo e ele me apertou com toda força do mundo, tentando me prometer que tudo ficaria bem.

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