1 ano depois.
Bianca.Meu cabelo caia pelo meu rosto enquanto eu tentava fechar a roupinha do Leandro, eu estava nervosa ao ponto de tremer, mas meu filho estava tão tranquilo olhando pro nada que só me deixava mais nervosa ainda.
Jacaré: Bia.- Levantei a cabeça, ele tava com uma carta na mão e me estendeu.- Passe de fuga dele, só uma chance.
Bianca: Tá tudo certinho? - Peguei a carta da mão dele e ele olhou pra minha mão, dando uma risada ao ver que eu tava tremendo.
Jacaré: Tá nervosa pra caralho, ne?! - Falou fechando o botão da blusa do Leandro.
Bianca: Eu vou ver ele depois de um ano.- Sorri nervosa, colocando a mão no rosto.
Jacaré: Tava falando com o Leandro.- Debochou e eu chutei ele.
Terminei de ajeitar meu vestido e pegar as coisas, Jacaré foi comigo e com o Leandro até o carro, dei tchau pra ele e fui finalmente ver o Lucas.
Depois de um ano, depois de um ano sem o toque dele eu finalmente iria segurar a mão dele. Ele iria conhecer o filho, eles iriam ter um contato físico pela primeira vez! Havíamos entrando em senso há meses atrás, não queria que o Leandro crescesse sem ao menos tocar o pai dele por sete anos.
Mas além disso, o Jacaré tinha um plano de fuga foda pra caralho, então faltava pouco tempo pra gente ficar junto. Só que no começo Lucas não quis aceitar, preferia pagar a pena, mesmo que demorasse.
Ele me prometeu cumprir os sete anos e sair limpo, sem nada na ficha pra pagar. Mas pra mim era impossível, não tinha condições alguma viver assim!
Eu tinha terminado a escola pelo menos, o curso estava trancado desde que o Leandro nasceu. Como faltava só um mês pra terminar o ano, eu iria começar tudo direito e assim finalmente concluir.
E só de pensar que em menos de um mês, meu amor iria estar do meu lado e começaríamos a viver um sonho que nem sabíamos que a gente queria viver, era uma emoção que não cabia no peito.
Demoramos mas chegamos, o Leandro estava dormindo no meu colo e eu desci do carro com ajuda. Entrei, fiz todo procedimento e quando estava indo ao encontro do Lucas, vi uma mulher com ele.
O meu olhar se encontrou com dele e ele levantou, neguei com a cabeça parando de andar e quando a mulher olhou pra trás, eu me senti aliviada por saber que era a Yara.
Fazia tempo que eu não via ela, nem fazia ideia de como ela estava. E além, foi uma surpresa ver ela aqui.
Mas eu não conseguia focar nisso, meu olhar tava paralisado com o do Lucas. Ele tava em pe me olhando, mas começou a correr na minha direção. Abri um sorriso quando ele me abraçou, mas ele assustou o Leandro que começou a chorar horrores.
Bianca: Calma, amor.- Falei rindo, enquanto chorava também.
Não sabia se acalmava o Leandro ou se abraçava o Lucas, e ele não sabia se me beijava, ou tentava segurar o Leandro.
Playboy: Caralho, porra Bianca.- Falou rindo e negando com a cabeça.- Qual foi meu jogador, qual é meu príncipe.
Playboy tirou o Leandro do meu braço colocando ele pra cima e cheirou a barriga dele, Leandro ainda chorava e quando o Playboy soltou uma risada beijando o rosto do Leandro, o Leandro se encolheu soltando uma gargalhada.
Eu chorava igual um bebê, e quando senti o toque do Playboy me abraçando também eu só soube chorar mais. Eu amava esse homem, amava a nossa família e não via a hora de ter ele por perto, ao meu lado.
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Réus.
RomanceDe que vale o amor, sem passar pelo processo da dor?! Na verdade, pra sentir a paz, a calmaria e o amor, é necessário sentir tanta dor?! Talvez o processo seja longo, difícil e quase impossível, mas a busca pelo final feliz nunca pode acabar...