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Bianca.

Lucas olhou pra mim enquanto tava se levantando e eu apenas encarei ele, mandei um beijo e ele piscou pra mim, virando o rosto conforme ia sendo puxado.

Laís: Ele liberou a visita? - Neguei, passando a mão na minha barriga.

Bianca: Eu esqueci de perguntar qual nome ele queria.- Falei desanimada, ignorando a pergunta dela.

— Bianca.- O advogado chamou minha atenção, eu virei e caminhei pra perto dele.- A pena foi reduzida pra sete anos, certo?! - Confirmei.- Esse foi o máximo que conseguimos.

Bianca: Melhor que 15.- Sorri fraco e ele confirmou.

Pereira: Consegui uma ligação por semana já que ele dispensa visita. Creio que isso é bom pra você?! - Falou em dúvida e eu abri um sorriso confirmando.

Bianca: Você deve saber que o cabeça tá fazendo de tudo pra prejudicar ele, acha que tem algo pra fazer que possa mudar?

Pereira: Isso não tá no meu alcance, ele com certeza tá pagando os caras mais influentes pra isso. É só esperar que não aconteça nada tão grave.- Encarei ele e vi a Laís parando do meu lado.

Bianca: Ou até acontecer o pior com o meu marido.- Falei respirando fundo.

Pereira: Devemos pensar nas coisas boas agora. Por enquanto sabemos que 7 é bem melhor que 15, e que ele pode ligar pra você uma vez por semana.- Chamou minha atenção.

Laís: E logo menos tudo isso vai passar, vocês vão ficar juntos! - Passou a mão no meu ombro.

Yara: Posso falar com você? - Encarei ela e confirmei, caminhei até perto dela vendo a Laís dizer que iria me esperar lá fora.- Bianca, não entendo esse teu afastamento! Tu acha que é justo me deixar longe do meu neto?

Bianca: Do nada resolveu considerar o Lucas como seu filho de novo? Por quê? - Falei sem entender.- Não se faz, cara. Meu filho tá muito bem acompanhado.

Yara: Quando você precisar, eu sempre vou estar disposta a te ajudar.- Soltei uma risada fraca. 

Senti o enjoo vindo e coloquei a mão na boca, apenas balancei a cabeça pra ela e dei as costas saindo dali nas pressas. Entrei no banheiro de cara e vomitei no vaso, me levantei enjoada e encostei na parede do banheiro, mandando o
vômito embora e fui lavar meu rosto.

A Laís entrou e me olhou preocupada, limpei minha boca e respirei fundo.

Bianca: Toda vez que essa mulher tá perto de mim eu fico enjoada.- Resmunguei.- E nem é enjoo porque não quero ela perto, é de vomitar mesmo.

Laís: Ela te falou algo ruim? - Neguei.

Bianca: O drama de vítima de sempre.- Laís me encarou.- Eu nem preciso de muito pra saber que minha família fica muito melhor sem ela.

Lais: Vamos pra casa descansar agora, tomar um açaí e aproveitar a paz, pode ser? - Beijou minha testa.

Bianca: Obrigada.- Confirmei, pegando minhas coisas e saindo do banheiro com ela.

Fui saindo do tribunal com ela lado a lado. A Laís definitivamente era uma das pessoas que mais me fazia bem ultimamente, acho que sem ela seria muito mais difícil estar aqui sozinha. Ela me incentiva demais a ser o melhor de mim, e sempre quando eu penso em desistir, o sermão de mãezona dela me faz recuar e continuar a tentar.

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