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Playboy.

Fui levado direto pra delegacia, eu tava no papo de ódio mas eu tava me ligando que esse bagulho ia acontecer mais cedo ou mais tarde. E por fraqueza minha, papo reto, por erro meu.

O Cabeça nunca ia ter a merma consideração que eu tenho por ele cara, namoral mermo! Ele sempre preferiu ajudar o cara que ajudou a fuder com a nossa família, o que ajudar o irmão que de uma forma ou de outra, sempre tentou ajudar ele.

E eu me sentia um otario porque mermo sabendo disso, eu sei outra chance, fui fraco, fui covarde pra caralho quando tive a oportunidade de mudar tudo, de viver uma vida em paz.

Preferi deixar o coração falar mais alto que a mente e agora tô aqui fudido, e não paro de pensar um minuto o quanto a Bianca tá fudida também, porque ele não vai parar de perseguir ela por um minuto se quer.

Pela primeira vez em anos da minha vida, eu tinha conseguido fechar os olhos e dormir. Fechei a porra dos olhos e descansei do lado da mulher que eu amo, e do meu filho... Eu encontrei uma paz no meu filho que eu nem sabia que poderia ter.

Eu sonhei com o moleque, eu sonhei com o bagulho que nem nasceu ainda. Mas eu senti ele me tocando, senti aquilo me chamando de pai, senti ele chorando nos meus braços. Senti pela primeira vez uma paz terrível, papo de que eu nunca tinha sentido algo igual!

Quando eu acordei escutando o celular tocar, o primeiro bagulho que eu vi foi o nome do Douglas, eu já sabia que ele tava aprontando alguma e só deixei levar, foi questão de segundos pra polícia entrar.

Mas aquela ligação dele, foi pra deixar claro que ele ia fazer minha vida um inferno, e esse foi só o começo!

Eu já tinha sido preso quando era menor, mas sai em duas semanas por ser novo. Só que dessa vez, eu já tinha me ligado a parada não tinha nem comparação, que eu tava fudido mermo.

Eles me colocaram numa cela escura, fedia as piores coisas possível e eu tava com vontade de vomitar por tá ali. Fechei os olhos batendo a cabeça na parede e fiquei quieto ali, sentindo só o bagulho do tempo passar.

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