Bianca.
Senti o Lucas sair do meu lado e continuei cochilando, mas logo escutei seus passos, junto ao resmungado de um bebê, senti o Leandro ser colocado atrás de mim e eu continuei quietinha, escutei o Lucas falando algo pro filho e continuei tentando dormir.
Playboy: Caralho, maior mortal que tu lançou agora ein.- Abri os olhos na mesma hora, olhei pra trás vendo que o Leandro tava de 4, tentando andar assim na cama.
Bianca: Preocupante deixar o Leandro em seus cuidados.- Falei com voz de sono, vendo o Leandro segurar em mim, tentando ficar em pé.
De primeira, caiu, me ajeitei dando mais apoio a ele e ele continuou, tentando ficar em pé. Quando o Lucas resolveu ajudar, ele empurrou a mão do pai e caiu sentado.
Playboy: Ou cara, se liga.- Apontou pro Léo.
Mandei ele deixar o bebê fazer as coisas sozinho e assim fez, foram quase dez minutos pra ele conseguir ficar em pé. Comemorei animada com ele que tava sorrindo e ele foi tentar se soltar, mas pernas fraquejaram e não deixaram ele por mais de cinco segundos em pé.
Bianca: Você é o bebê de mamãe.- Puxei ele pro meu colo, enchendo de beijos e a única coisa que dava pra escutar, era a sua gargalhada.
Playboy: A gente vai brotar na casa do Moreno pra almoçar.- Falou passando a mão no meu cabelo e eu olhei pra ele.- Ele falou que a mulher dele organizou um almoço lá.
Bianca: Sem motivo? - Falei me sentando na cama e coloquei o Leandro pra rolar ali em cima, como ele queria.
Playboy: Ele falou que ela tava aprontando algum bagulho, mas não tá ligado qual foi.
Balancei a cabeça estendendo a mão e ele me puxou, beijando minha boca, olhei a hora no celular e fui me levantar, pra começar a organizar as coisas.
Playboy: Tem outro bagulho...- A voz dele já mudou, ou seja, vinha coisa chata por aí.- Yara tá querendo passar um dia com o Leandro.
Bianca: Nem fudendo.- Respondi prontamente.
Playboy: Qual foi, Bia? - Passou a mão no cabelo.- Deixa ela com ele, a gente aproveita pra fazer algum bagulho amanhã o dia todo.
Cruzei os braços semicerrando os olhos e ele puxou o Leandro, que tava indo pra beira da cama.
Bianca: Muita coisa de ruim aconteceu na sua vida por causa dela, ela poderia ter evitado.- Me sentei na cama de novo.
Playboy: Mas tu não perdoou o Douglas? E foi bagulho pior...- Balancei a cabeça, confirmando.
Bianca: É que o Douglas me pediu desculpa, e de certa forma ele mostrou querer mudar. Ela já te pediu desculpa por tudo que fez? Acho que umas visitas quando você tava preso não muda muita coisa...
Playboy: Jae...- Falou me olhando.
Bianca: Ela pode ver ele, quando você quiser levar ele lá, isso tá tudo bem por mim. Mas além disso, pra mim não é legal.
Playboy: Jae cara, tu é a dona da razão! - Falou conformado e eu soltei uma risada.
Bianca: Posso pedir pra Bárbara ou o Jacaré ficarem com ele amanhã, não há problema pros dois.- Falei sorrindo.
Playboy: E eu sou maluco de deixar meu filho perto da mulher louca do Jacaré? - Gargalhei.
Bianca: Sua cunhada né.- Debochei dele que jogou o travesseiro em mim.- Dá um banho no Leandro, e não coloca as roupas feias que você diz ser de bandido.
Playboy: Moleque se amarra, tá incomodada por que? - Falou pegando o Leandro da cama.
Revirei os olhos indo pro banheiro e tomei um banho tranquilo, quando sai me arrumei no meu tempo, escutei uma guerra lá fora, o Leandro chorando e o Lucas falando mil coisas pra ele, que só sabia chorar. Deixei ele se virar até terminar de me ajeitar, peguei o Leandro e deixei o Lucas ir se arrumar.
Bianca: Cara, as vezes eu acho que teu pai quer envergonhar você.- Falei vendo o moleque todo de preto, até de calça preta.
Não teria problema, estaria lindo se o sol não tivesse estralando lá fora, e o Leandro já estava suando de calor. Troquei a roupa colocando uma regata e uma bermuda leve, coloquei o cordão dele e ajeitei o cabelo, que eu nem sabia explicar o que o Lucas havia feito aqui.
Coloquei ele na cadeirinha e deixei em cima da mesa enquanto eu me ajeitava a mochila de coisas dele, quando o Lucas saiu a primeira coisa foi reclamar da troca de roupa, e eu tive que ignorar.
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Réus.
RomanceDe que vale o amor, sem passar pelo processo da dor?! Na verdade, pra sentir a paz, a calmaria e o amor, é necessário sentir tanta dor?! Talvez o processo seja longo, difícil e quase impossível, mas a busca pelo final feliz nunca pode acabar...