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Playboy.
dias atuais.

Eu soltei a fumaça sentindo uma vontade de tossir, me segurei ao máximo porque odiava esse bagulho, mas não aguentei. Assim que eu aliviei o bagulho, senti o gosto de sangue saindo da minha boca e cuspi no chão, vendo o sangue saindo da minha boca. Quando fui levantar a cabeça, senti um tapa forte pra caralho na minha mão, meu cigarro caiu no chão e eu olhei pra cima.

Bianca: Quer se matar, porra?! Atira na cabeça logo, fica fazendo aos poucos não.- Apontou pra mim.

Playboy: Cala a boca, filha da puta.- Passei a mão na boca, limpando o resto do sangue e olhei pra trás. 

Bianca: Senti sua falta na igreja.- Sentou do meu lado, ajeitando a blusa dela. Olhei pra frente novamente vendo uns moleques correndo com bola na mão.

Playboy: Tu vai pra encontrar o mano do céu ou pra me encontrar? - Meti serinho e escutei a risada fraca dela.

Bianca: Quando você foi comigo, senti Deus me dizendo pra não desistir de você. E quando eu vou sem você, é como se ele implorasse pra eu ficar longe de você.- Falou baixo.

Playboy: Papo reto, meu maior sonho é que tu me deixe em paz! Malucona, chata pra caralho porra, fica com esses papos de maluco, tomar no cu cara.- Falei metendo a mão no bolso e procurando outro cigarro.

Fogueteiro: Corre pra tu, Play.- Ele apareceu descendo a escadaria e eu levantei.- Trás a cabeça de um moleque alemão, desce que o Cabeça tá te esperando lá embaixo e ele sabe dos bagulhos...

Playboy: Jae.- Falei pegando a chave da minha moto do bolso e ia começar a ir pra minha moto, quando escutei a voz dele.

Fogueteiro: E aí, Bia. Qual a boa? Fiquei sabendo que tava na igreja.- Parei do lado da moto, olhando ela.

Bianca: Fui sim, as vezes faz bem...- Falou sorrindo fraco.- Você deveria ir, qualquer dia desses.

Playboy: Desce pra tua casa, Bianca.- Falei sério, vendo os dois me olhando.

Ela me encarou e eu subi na moto, ligando e jogando pra trás, ela fez uma cara feia e se virou pro lado, começando a vomitar. Neguei com a cabeça saindo dali pouco me fudendo pra isso e desci atrás do Douglas, quando cheguei ele tava puxando cocaína com uns moleques e eu parei do lado dele, deixando ele tomar o controle da moto e a gente desceu pra onde tinha que ir...

Cabeça: Aí, irmão...- Falou queimando a heroína do meu lado.- Tá precisando de algum bagulho? Tô com uma grana maneira.

Playboy: Não pô, tá da hora. Fogueteiro me deu uma grana extra.- Disse enquanto bolava um cigarro de maconha.

Cabeça: Se precisar, sabe onde eu tô né.- Olhei pra ele, que soltou uma risada.

O olho vermelho, o rosto dele, a forma que ele usava o bagulho, a latinha de cerveja e até a risada dele era igualzinha do nosso pai. Me levantei na hora vendo que a onda errada tava batendo nele e saí dali sem falar mais nada, só desci pra casa.

Quando cheguei, abri a porta e a Bianca tava sentada no sola da sala, tava tudo desligado e ela tava encarando o nada, só de calcinha e uma blusa minha.

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