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Playboy.

Tava deitado no sofá com a Bianca em cima de mim enquanto minha mente tava longe, fiquei passando a mão na cabeça dela e ela me olhou.

Bianca: O que tu tá pensando em fazer? - Se sentou em cima de mim.

Playboy: Pô, na maioria das vezes que tem b.o com algum carregamento, Fogueteiro desce pra resolver. É uma chance fácil, mas pensar em algum bagulho pra fazer com o caminhão dos bagulhos é foda.

Bianca: O Jacaré poderia ajudar, não?! - Falou passando a mão na cabelo.- Ele atrasa, e até ele mermo pode ir atrás do Fogueteiro.

Playboy: E se algum bagulho der errado pô? Bagulho é arriscado, polícia pode bater também. E Cabeça vai tá lá também, é esse bagulho que tá me deixando neurótico...

Bianca: Amor, papo sério mesmo... Cabeça não pensaria duas vezes antes de meter um tiro na tua testa.- Balancei a cabeça, ficando calado. - Não tô colocando pressão, mas você sabes que em uma semana, algo ruim pra caralho vai acontecer, né?!

Playboy: Eu sei, pretinha.- Ela beijou minha testa.- Vou analisar o bagulho direito.

Bianca: Vou fazer o almoço.- Piscou, saindo de cima de mim.

Dei um tapa na bunda dela quando ela passou por mim e me sentei, fiquei pensando nos bagulhos até pegar meu celular, liguei pro Jacaré e ele atendeu papo de segundo.

"Jacaré: Papo rápido, tô sem tempo! - Falou assim que atendeu.

Playboy: Preciso que tu mande uns moleques pra derrubar carga. Tô afim de matar o Fogueteiro hoje, não dá pra passar de hoje!

Jacaré: O que rolou?

Playboy: Tu pode mandar os cara em cima, ou não?! - Ele soltou uma risada debochada.

Jacaré: Manda os bagulhos direito no meu whats."

Ele desligou na minha cara e eu joguei a cabeça pra trás, me levantei indo até a cozinha e a Bianca tava tirando as coisas da geladeira. Parei ali mandando os bagulhos pro Jacaré e levantei o olhar pra Bianca.

Bianca: Deu certo? - Dei os ombros.

Playboy; Sei não pô, tem que dar.- Falei sério.- Cabeça não pode brotar lá hoje.- Falei sem encarar ela.

Eu sabia que ele era um filho da puta, um arrombado do caralho e que iria me foder a qualquer momento em troco de nada. Mas também eu não tinha cara pra matar um irmão, papo de sangue do meu sangue, sabendo que eu já fiz corre pra caralho só pra manter ele vivo.

Bianca: Jacaré que vai mata o Fogueteiro, não é? - Mudou o olhar na hora, já começou com parada de cara triste.

Playboy: Te amo, pô.- Ignorei ela, abraçando o corpo dela.- Arruma teus bagulhos e pega as paradas, tu vai descer pra um hotel enquanto o bagulho tá acontecendo, depois eu apareço por lá. E amanhã a gente desce pro Jacarezinho, é melhor assim.

Bianca: E se você não voltar? - Falou me encarando séria.

Playboy: Quando eu voltar, a gente vai descansar e esperar a quinta feira, pra ver aí quem é esse bagulho na tua barriga.- Tirei o cabelo dela do rosto, dando um beijo na testa dela.

Bianca; Você precisa voltar, nem fudendo que tem o direito de me deixar sozinha depois de tudo.- Sussurrou.

Playboy; Tu acha mermo que eu vou te deixar sozinha cheio de malandro por aí? - Gastei, mas ela não sorriu.

Bianca me abraçou com força e eu beijei o cabelo dela, não queria que em nenhum momento ela achasse que essa parada era uma despedida, porque o bagulho tava longe de ser assim. Papo reto mermo? Meti muito caô nessa vida, pra no final deixar ela sozinha, então que se foda essa parada, e eu vou matar quem entrar no meu caminho pra continuar mantendo essa felicidade dela.

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