Capítulo Vinte e Sete

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Notas Iniciais

Nem acredito que depois de tantos dias passando mal, com garganta extremamente infeccionada, com afta nela todinha, sem comer, eu consegui finalizar esse capítulo. Gente, passei por maus bocados. Foras mais de dez dias sem conseguir me alimentar, vivendo só de água, Fo por isso eu não fui internada, porque senão...

Mas o que importa é que passei por isso — graças ao nosso maravilhoso Deus — e temos um novo capítulo depois de alguns dias sem atualizações.

Vamos ler, então, né?

Acredito que estejam ansiosos.












Sakura fazia tudo no automático naquele dia. Seus pensamentos, longe; e ao mesmo tempo, ela conseguia escutar o som das vozes de Daisuke e Mayu. Tudo que desejava naquele dia era ficar em seu quarto, encolhida debaixo da cama, e não sair até o dia seguinte chegasse, mas era impossível. Haviam duas crianças ali que precisavam muito dela e ela tinha um trabalho a fazer. Mesmo assim, não conseguia ser a babá feliz perto das crianças; mal havia sorrido para elas naquele dia, e infelizmente não sabia se conseguiria, seja o que fosse que tentasse fazer ou falar. Aquele não era um bom dia; aquele era o pior dos dias. Para ela, era um dia no qual ela não deveria trabalhar ou mesmo ver alguém; não era uma boa companhia.

Ela não conseguia compreender como alguém podia ser tão infeliz naquela vida. Primeiro ela perde a mãe amada, depois o noivo a abandona, em seguida perde a filha e depois descobre que sua mãe havia passado por um inferno nas mãos de seu próprio pai e que ele havia sido o culpado pela morte dela. Havia se passado quase uma semana, e ainda sofria pelo acontecido com Aime. Sua amada mãe. Ela não merecia. Ela queria ser feliz, e no final, foi o contrário. Ela acreditou aquele homem, acreditou que seria feliz com ele, acreditou que ele a amava, mas era tudo mentira. Ele não era um bom homem. E agora, sofrendo por tudo que sua mãe passou, ela ainda tinha que sofrer mais.

Por que?

Não era justo.

Quase uma semana depois de descobrir sobre a vida sofrida de sua mãe, ela ainda tinha que passar por aquele sofrimento novamente. O mesmo sofrimento de anos atrás. Quando estava sozinha e perdida. Quando se afastou das pessoas, não conseguindo lidar com a dor do luto. Mais um luto em sua vida. Dois. E ambos, de pessoas com o mesmo nome, que eram seu tudo, por quem ela amava grandiosamente. Duas Aime. Ela não conseguia acreditar que havia perdido duas Aime. E isso a quebrava por dentro.

Como havia se levantado naquele dia? Ela não sabia; não fazia ideia. Suas forças haviam deixado seu corpo no instante em que despertou e se lembrou que aquele seria o dia em que sua filha faria aniversário. Seria o seu quinto aniversário. E saber que nunca faria uma festinha para ela, que não poderia abraçá-la e lhe encher de beijos lhe desejando felicidades, fazia com que seu peito se apertasse. Queria chorar. Sentia necessidade de chorar. Seu corpo inteiro sentia que deveria colocar para fora tudo que estava sentindo naquele momento. Mas não podia. Pelos gêmeos Uchiha, ela não podia.

A Babá PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora