Capítulo Cinquenta

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Notas Iniciais

Preparados para chorar mais um pouquinho?

Eu sei, está sendo difícil ver tanto sofrimento, mas está acabando, eu juro.

Eu achei melhor preparar vocês antes do capítulo. Peguem seus lencinhos e vamos a história, porque ela está... emocionante.












Sakura tentava a todo custo tentar se esquecer daquela história dolorosa de seus pais. Ela não precisava mexer na ferida. Já havia sido doloroso o bastante escutar tudo dos lábios de Haruno Kizashi, e agora tudo que ela precisava era se concentrar na sua família. Daisuke, Mayumi... Sasuke. Eles eram o que importava. Havia um motivo para ela ter construído aquela família. Aceitado construir, na verdade. Depois de tudo que passou, decidiu ser feliz, e não iria manchar a memória de sua mãe, porque tinha certeza, ela iria desejar que seguisse em frente. Por isso seguia com sua rotina. Todos os dias. Acordava, preparava o desjejum, levava as crianças a escola, passava a tarde com Sasuke, os buscava, faziam um passeio juntos — almoçando fora ou não — e após o jantar, colocava os pequenos na cama antes de se deitar em sua própria.

Sasuke havia levado ela aos lugares que ela frequentava antes do acidente. Talvez ele pensasse que ela acabaria se recordando de algo. Era um desejo dele, mas dela também. Infelizmente, elas lembranças eram mais do passado que do presente. Era irritante. Então quando se lembrava de um resquício do que passou ao lado de Sasuke — o que já havia acontecido três vezes apenas naqueles dias todos —, já era uma luta vencida. A psicóloga havia dito que era com calma, que ela chegaria lá, mas que deveria ir no tempo dela e não apressar as coisas. Algo que era difícil quando ela não conseguia se lembrar.

Tentava não se sentir triste quando Sasuke comentava sobre algo que ela sequer imaginava que havia acontecido em sua vida, mas era tão difícil. Quando conheceu Shu, se sentiu a pessoa mais perdida do planeta. Havia sido na escola. A filha dele lhe abraçou e ela não conseguiu reagir. Os pais dela pediram desculpas pela forma que a menina a cumprimentou, e explicou que haviam se conhecido quase cinco meses depois de ela passar a ser babá dos gêmeos.

— Eu imaginei que ficaria confusa e se sentindo perdida, por isso não fui vê-la. Mas eu mandei lembranças por Keita.

Ela balançou a cabeça.

— Ligo para saber por você também.

— Já... se lembrou de alguma coisa?

Fitou a loira bonita ao lado do ruivo.

— Quase nada. Só do passado. De quando eu era criança.

Foi a vez de ambos balançarem a cabeça.

— Sasuke está sempre dizendo que eu não devo me pressionar tanto, mas é tão irritante não me lembrar das pessoas. Pessoas que fizeram parte da minha vida e que foram importantes para mim. São... importantes para mim.

A Babá PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora