Capítulo Quarenta e Dois

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Notas Iniciais

Como prometido, aqui estou eu com mais um capítulo fresquinho!

Espero que gostem.













Sakura não queria aceitar. Não queria mesmo. Mas Ino a convenceu do contrário. Conversar com aquele homem. Seu pai. Será que podia dizer que ele era seu pai? Ele não merecia, mas decidiu que era hora de resolver aquela situação de uma vez por todas. Ela precisava cicatrizar aquela ferida para ser feliz. Não podia continuar daquele jeito, por mais motivos que tivesse. E se aceitar aquele convite para conversar, era o único jeito, então que seja.

Ino sempre dizia que ela deveria procurar pelo pai, falar o que queria, escutar o que ele tinha a dizer e finalmente largar aquela mágoa. Aquela mágoa que a fazia ficar mal. Até mesmo adoecer, como aconteceu logo que soube de tudo. Ela dava conselhos tantas e tantas vezes. Ela dizia que se sentiria muito melhor depois de ter aquela conversa. Provavelmente choraria, mas pelo menos jogaria para fora todos aqueles sentimentos que a fazia tão mal. E aquela era a oportunidade, por mais que não quisesse.

Sakura deixou as amigas na mesa e seguiu em direção ao café do lado de fora do shopping. Em silêncio, andaram lado a lado. Ela não queria falar nada e ele parecia constrangido. Pelo menos era o que parecia para ela, mas ignorou isso. Por que ele estaria constrangido? Por ter feito a idiotice de abandoná-la? Por ter feito a canalhice de trair sua mãe? Por fazer ela infeliz por toda uma vida?

Não queria pensar nos sentimentos dele. Mas sabia que ele falaria ao se sentarem. Teria de escutar a versão dele. E esperava que não fosse nenhuma mentira porque não estava nenhum pouco a fim de brigar. Estava cansada. Exausta emocionalmente. Foram tantos acontecimentos naquele ano. Uma bomba atrás da outra que atingiu a ela e a Sasuke com toda força do mundo. Abalou suas estruturas. Sasori então, para ela, havia sido o pior deles. Ainda se lembrava daquelas mensagens horripilantes que recebia dele quase todos os dias.

Ela não sabia se era certo agradecer por ele estar em coma. Um coma que não poderia ser revertido. Os médicos haviam dito que ele ficaria em estado vegetativo pelo resta vida, e ela pensava que era melhor mesmo. Dessa forma ela teria paz. De vez enquando se achava uma pessoa ruim por pensar daquela forma, mas ela tinha motivos. O tanto que sofreu quando ele voltou.

Se sentou de frente para aquele homem. Ele estava muito mais velho. Os cabelos grisalhos. Os olhos continuavam os mesmos. Mas ainda assim, via pequenas diferenças. Mudanças. Mas depois de tantos anos após se verem, era natural.

— Você vai falar alguma coisa ou...

— Você está linda.

Sakura não respondeu.

— Está... uma mulher.

— É, eu cresci. Sozinha.

— Minha culpa.

— Ainda bem que sabe.

Kizashi suspirou longamente.

— Eu mereço essa frieza. Depois do que eu fiz a você.

A Babá PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora