Capítulo Trinta

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Notas Iniciais

Como prometido...

Último capítulo do mês.

Preparados?












Sasuke não conseguia se mexer. Ele queria, mas não conseguia. Estava em choque. Haviam se passado quase cinco anos. Quase cinco longos anos. E ali estava ela, depois de tanto tempo, em sua porta, como se nada tivesse acontecido. Chamando-o de marido. Marido. Quem ela pensava que é para chamá-lo de marido depois de abandoná-lo e aos filhos deles, que tinham menos de dois anos na época? Quem ela pensava que era aparecendo em sua porta, como se não tivesse sumido por tantos anos? Era demais para a cabeça dele. A raiva só crescia em seu interior. Sentia uma vontade tão grandiosa de pegá-la pelos cabelos e fazê-la pagar por todo o sofrimento que ela causou em Daisuke e Mayumi, fazê-la pagar por tudo que passou naquela época, sozinho, tendo que estudar e cuidar de duas crianças tão pequenas. Sim, teve ajuda dos pais, mas ainda assim, havia sido uma barra. E ela era a culpada. Ela havia sido egoísta, havia pensado apenas nela e em seu sonho mesquinho, nem por um momento pensou nele ou nos próprios filhos.

Sua respiração estava acelerada, seu coração parecia que ia pular pela boca, suas mãos continuavam frias, e quando ele deu por si, fechou a porta em um baque tão alto que ele pensou ter balançado toda a casa. Começou a andar de um lado para o outro, ainda perto da porta. Mal conseguia se controlar. Sua mente trabalhava a mil por hora e a culpa era daquela que havia começado a tocar a campainha sem parar. Ele queria que ela sumisse, queria que aquele reencontro fosse apenas um pesadelo, mas sabia que não era; não estava louco; havia visto ela diante de seus olhos.

Fechou as mãos em punhos, apertando até aparecer suas veias. Seu corpo tremeu por conta da raiva que sentia. Trincou os dentes tão forte, que nem percebeu que eles começaram a ranger. E sem mais conseguir seu alto controle — o que estava sendo bem difícil — pegou a primeira coisa que viu e tacou na parede. Havia sido um vaso bonito que sua mãe havia lhe dado, mas naquele momento não estava conseguindo se importar com a importância dele ou com o fato de que sua mãe poderia ficar chateada pelo que fez. Não conseguiu nem mesmo pensar nela ou mesmo no vaso que estava espatifado no chão, diante de seus pés. E por estar bem longe com seus pensamentos nada agradáveis, acabou se assustando ao sentir uma mão em seu ombro, se virando de forma um tanto bruta, o que fez a rosada se afastar um pouco.

Sasuke se arrependeu ao ver os olhos esverdeados; e mais ainda ao perceber que ela havia se assustado. Soltou o ar que nem sabia que estava segurando e só então finalmente se desculpou.

— Perdão.

— Você está bem?

— Bem? – Deu uma risada, passando a mão no rosto. – Não estou no meu melhor momento, agora. Acho que cheguei ao meu pior momento, para ser sincero.

— No que eu posso ajudar?

A campainha voltou a tocar.

— Não. – Sasuke a parou, segurando seu braço — mas não de forma que pudesse machucá-la —, quando ela fez menção em abrir a porta; passou as mãos nos cabelos, no rosto, começou a andar de um lado para o outro novamente.

A Babá PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora