Capítulo Trinta e Sete

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Notas Iniciais

Primeiro capítulo do ano, estrelinhas!

Se preparem para cenas cheias de tensão. Chegou o dia de decidirem sobre a guarda dos gêmeos, e Haruki vai tentar a todo custo manchar a reputação de Sasuke.

Vamos ver se ela consegue, não é mesmo?













Já havia estado ali antes. Em uma das vezes, infelizmente, por culpa dele mesmo por ter sido um idiota completo e se metido com coisas pesadas. Havia sido tão sério que quase passou a noite atrás das grades. Havia sido a única vez que havia sido preso. Estava passando por algumas coisas, discutiu com o pai, saiu de casa transtornado e acabou indo chapar com alguns amigos; e não era os mesmos de sempre. Acabou sendo pego. Seu pai e o advogado da família lutaram para que ele pegasse nada mais que trabalho comunitário. E foi o que aconteceu por três meses. Depois disso, houve apenas mais uma vez que usou aquelas porcarias. E prometeu nunca mais usar quando acabou parando em uma UTI. Havia sido bem tenso. Era impossível não se lembrar, principalmente porque estava a família inteira ao seu lado quando despertou.

Suspirou longamente.

Aquele lugar lhe dava calafrios. E naquele dia, era pelo simples fato de que estava ali por apenas um motivo: a audiência de custódia.

Custódia.

Ainda se revoltava por saber que aquela mulher realmente havia entrado com o pedido para ter a guarda dos gêmeos. Ela queria dinheiro. Ela queria arrancar tudo dele. E queria também atingir a ele onde mais dói. E doía como uma facada. Tinha todos os motivos para acreditar que sairia ganhando aquela causa, mas ainda assim havia o medo de acontecer exatamente o contrário. Mesmo com as palavras dela gravada em um gravador que havia sido apresentada como uma prova contra Haruki, ainda assim ela poderia tentar manipular o juiz.

Esperava que não.

Começou a subir as escadarias daquele majestoso edifício afim de se encontrar com seu advogado. Estava sozinho. Pelo menos por enquanto, estaria apenas ele e o advogado. Sakura chegaria em alguns minutos com sua família, já que ela pegaria as crianças na escola — como havia prometido, para que não desconfiassem de nada —, os deixaria com Madara, o avô paterno de Sasuke que havia chego à cidade para aquele dia em especial — e então seguiria para a aquela audiência particular e discreta.

Particular, porque não seriam necessárias todas aquelas pessoas em volta dele dando seus votos, e discreta, porque não queria os gêmeos sabendo daquela história.

Os olhos de um deles faiscavam, o do outro era puro gelo, frio, não demonstrava uma emoção perante aquelas pessoas; o juiz e ambos os advogados. Ele sabia que chagaria aquele momento. Sabia que teria de ver Haruki novamente depois do pedido de restrição que o juiz — não o mesmo que estava perante a ambos — ordenou, mas esperava que demorasse mais um pouquinho. Mesmo assim era bom. Bom porque acabaria com aquela história de uma vez por todas. A teria fora de sua vida e da vida de seus filhos. Ela não mais procuraria por eles ou teria sequer direitos para vê-los. Era o que desejava. E Kakashi tinha que conseguir. Com o que tinham, por que não conseguir aquilo? Ela nunca desejou ser mãe, ameaçou abortar, se negou a amamentá-los, os abandonou. Ela não era mãe, jamais seria, era apenas a reprodutora. Daisuke e Mayumi tinham uma única mãe. A única que eles chamavam de "mamãe", a única que cuidava e os protegia como uma mãe de verdade, a única que os amava verdadeiramente como uma mãe verdadeira ama: Sakura.

A Babá PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora