Capítulo 9

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Capítulo 9: A dor e o medo de mudar

“Ninguém merece nada menos que ser amado!” - Demi Lovato

Louis.

Quando decidi ser melhor que Nate, minha mudança foi necessária. Eu estava quebrado, o amor tinha acabado de me destruir, e lembro da minha mãe dizer “Ninguém muda da água para o vinho filho.”

Ela poderia ter razão, mas eu respondi “A pessoa só vai mudar se a dor estiver maior do que o medo de mudar. Se o medo não estiver maior do que a dor, a pessoa não muda”

Percebi que nenhum caco do meu coração tinha sido quebrado por um desconhecido, ou um inimigo. Eu tinha deixado aquilo acontecer. Eu deixei as pessoas entrarem, confiei, dei o melhor de mim, para quem não merecia um segundo da minha atenção, e boa parte de mim se arrependia, mas outra achava que era apenas aprendizado.

Cheguei a pensar que o pior sentimento do mundo era ter o coração partido, pela mentira ou traição, afinal, tinha deixado o amor me destruir. Mas aquele não era o pior sentimento. O pior sentimento foi quando percebi que tinha me perdido.

Eu não me reconhecia mais. Não sabia quem eu era, e por meses me neguei a aceitar que eu nunca mais voltaria a ser o mesmo. Aquele Louis morreu, e ele não iria mais voltar. E de certa forma, eu não queria lembrar de como era antes de ter o coração partido, porque se lembrasse, iria acabar comigo.

Existia uma razão para eu falar para todos, que estava feliz sozinho, sem ninguém. Não era por pensar diferente, foi por pensar que, se amasse alguém, e depois desse errado, eu não poderia aguentar. Então era mais fácil me convencer que ficar sozinho era a única opção.

Se eu descobrisse que precisava de amor, e não o tivesse, será que conseguiria sobreviver a aquele tipo de dor?

☕︎

Já tinha se passado duas semanas desde o primeiro dia na faculdade. Eu estava treinando com as câmeras, tirava foto de tudo praticamente.

Minha vida estava indo perfeitamente bem, tinha ficado com um cara da faculdade um final de semana, nada sério, apenas troca de prazeres. Estava mais relaxado e concentrado na faculdade e no meu trabalho na galeria, que estava fluindo bem e sem muita dificuldade.

- Vamos pessoal, vamos nos atrasar! – Chamei Zayn, Niall e Cindy.

- Buddy me empresta o carro hoje? O meu ainda está no concerto – Niall gritou do seu quarto.

- Hoje não dá, vou fotografar a faculdade, vou ficar até mais tarde. 

Meus dias tinham sido corridos, os professores passavam várias atividades, e já estávamos chegando na primeira semana de prova.

O trabalho era fotografar o lugar mais bonito que você já tinha visto, era estranho mas eu amava tudo na Yale, era tão belo.

- Cindy, me empresta o seu? – Niall insistia em pegar algum carro emprestado, só para não voltar a pé, sua preguiça me deixava impressionado.

- Meu carro está na minha casa Niall, pede o do Zayn.

- Nem pensar! – Zayn gritou. - Nem em um milhão de anos.

Zayn tinha um amor pelo seu carro, e vamos dizer que nunca deixou ninguém dirigir. - Ninguém.

- Buddy volta a pé hoje, você está precisando andar. – Falei rindo. - Aproveita e passa na cafeteria, compra donuts de canela para mim. - Pedi com jeitinho.

Arte dos seus olhos - LS ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora