Capítulo 26: Questão de tempo
“Se você tem disposição para correr o risco, a vista do outro lado é espetacular!”
Louis
Quando estamos na escola aprendemos que os dia tem vinte e quatro horas e que um minuto tem sessenta segundos e uma hora sessenta minutos, e assim funciona nada muda, sempre a mesma coisa nem mais nem menos.
Mas nós não aprendendo que tudo passa tão rápido que não percebemos
Desde o momento em que entramos na escola, ouvimos que o tempo é uma constante. Nunca muda. É uma dessas coisas fixas na vida que você pode dar por certas, como a morte e os impostos. Sempre vai haver sessenta segundos em um minuto. Sempre vai haver sessenta minutos em uma hora. E sempre vai haver vinte e quatro horas em um dia. O tempo não flutua. Ele se move no mesmo ritmo constante em cada momento da vida.
Essa foi a mentira mais deslavada que me ensinaram na escola.
Porquê a verdade é que o tempo flutua, sim. É fácil ver que certas horas ou mesmo dias se passam num piscar de olhos. Outras vezes, é um sacrifício suportar a passagem de uma hora. O tempo avança e recua tão implacavelmente quanto as marés, e com a mesma força. Os momentos que você quer que durem para sempre são os que passam mais depressa, e os que quer que acelerem são os que arrastam a passo de tartaruga. Essa era a verdade da questão. E minha vida estava avançando em alta velocidade sem haver nada que eu pudesse fazer a respeito.
Parecia ter sido ainda ontem que Harry estava me ajudando com as provas, mas de repente já tinham se passado duas semanas intensas e só faltavam três dias para a ação de graça.
Eu estava atrasado para encontrar Harry no estacionamento, nós iríamos passar no meu apartamento para pegar algumas coisas. Com o feriado chegando recebemos um e-mail da Yale notificando que precisávamos comparecer na faculdade um dia depois do feriado de ação de graças, sendo assim não podíamos passar com nossas famílias, então resolvemos passar juntos.
- Hey, me desculpe o atraso, tive que passar na biblioteca e devolver uns livros. – Dei um selinho rápido em seus lábios, Harry estava incrivelmente lindo. Eu adorava suas camisetas de botões estampadas. Naquele dia ele estava com uma branca com estampas pretas. – Você está lindo hoje, como não reparei hoje cedo?
Cada dia que passava ficava mais difícil não perceber a beleza dele, mesmo deixando claro que estávamos juntos, eu ouvia bastante coisas sobre ele. Era difícil esconder o ciúmes e a insegurança. Mas ele deixava claro que não ligava. E eu também resolvi não comentar sobre, já que às vezes nem ele percebia os olhares sobre ele. - E às vezes ele gostava daqueles olhares.
- Você reparou e me disse isso o dia todo, ainda está tentando me convencer a tirar as fotos? - Levantou as sobrancelhas.
- Sim, você é perfeito! Por que tem que ser tão chato? – Entramos no carro.
- Eu deixo você tirar as fotos, hoje?
- Sério? – Me animei, estava tentando convencer ele a séculos, ou melhor a meses.
- Não fica tão animado, eu não me dou bem com as câmeras… - Deu os ombros incerto.
Impossível! Ele era bonito. Parado. Sem fazer nada.
- Eu duvido disso, nas fotos da inauguração você saiu maravilhoso, mas na de Nova York você se superou. – Ele ficou com vergonha. – Adoro deixar você com vergonha! Nós vamos passar no meu apartamento e pegar algumas roupas e a câmera. Zayn e Niall já devem ter ido para Filadélfia. – Peguei um pirulito na minha bolsa e o abri, levando aos lábios e tirando. – Nós podemos fazer algo para comer antes de ir para o seu apartamento... Harry? Está me escutando? – Ele estava com os olhos fixos em mim.
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Arte dos seus olhos - LS ✔️
FanfictionHarry nunca tocou no amor. E o amor destruiu Louis. Ambos estavam perdidos, e não esperavam encontrar um ao outro neles mesmos. Juntos os dois aprenderam que amar é acordar apaixonado pelos mesmos olhos todos os dias. E que o amor pode ser bem mais...