Capítulo 71

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Capítulo 71: Realidade alternativa.

"É preciso saber tirar proveito de uma desgraça, e não deixar-se vencer por ela."

Harry

Eu deveria me acostumar com os exames exaustivos, mas não dava para se acostumar com algo ruim.

Sexta feira chegou rápido, e com ele nós viajamos para Nova York. E Liam resolveu me acompanhar para me ajudar mentalmente nos dias que eu estaria fora do ar.

A real era que eu pedi para ele ir, e ficar fazendo companhia para o Louis, eu não gostava nenhum pouco de deixar ele sozinho comigo, quando eu estava a refém da minha própria loucura.

Por outro lado, Louis parecia mais feliz que o normal, e junto a ele, Star e Sky também, ele estava adorando a nova rotina de cuidar da filhote, e parecia que seu trabalho estava bem melhor. Na verdade, nosso trabalho. Estávamos trabalhando juntos, e os dois dias teriam sido bem produtivos se nós não tivéssemos bem animados em inaugurar nossos escritórios.

Trabalhar com ele era bem diferente do que eu imaginei, Louis já estava acostumado em mudar de personalidade no trabalho, ele levava às coisas a sério e passava a maior parte do tempo em chamadas com investidores e dando ordens para quem passava na sua frente. Ele simplesmente conduzia a empresa dentro de uma visão estratégica unificada.

Já o meu trabalho era passar todas as coisas para ele, auxiliar e acompanhar de perto a rotina operacional da empresa. Era minha função garantir a produtividade e a gestão adequada dos recursos. Eu reportava o Louis, e trabalhava em conjunto com outras pessoas importantes. E assim como os outros cargos, eu planejava, direcionava e constantemente avaliava os objetivos e iniciativas da organização com base nas operações.

Eu estava aprendendo algumas coisas e Shay era ótima me ajudar e eu aprendia bem rápido, enquanto eu era o braço direito dele, ela era o meu.

Então quando a sexta feira chegou, nós fizemos o que fazíamos todas as manhãs, acordamos, tomamos banho juntos, tomamos café e demos café para nossos filhotes, fomos para faculdade e logo depois para o trabalho. Era uma rotina que eu estava gostando, era bem diferente do que eu estava acostumado, e era bom ter algo a mais para fazer do que pintar uma tela.

Aliás, a tela do Kuano estava oitenta por cento pronta, e da minha parte só faltava alguns traços do cabelo e maxilar, já dá parte do Louis, faltava a fotografia perfeita aos olhos dele.

Louis usava a fotografia fine art, que era a fotografia criada de acordo com a visão do artista fotógrafo, que utilizava o meio para expressar algo que apenas vive em sua mente ou no nosso caso, em uma pintura.

Todo tipo de arte contava com várias divisões que davam margem a diferentes interpretações. Com a fotografia artística não era diferente. Eu não conseguia entender o que ele dizia, mas com o tempo estudando juntos para suas provas e trabalhos, eu aprendi algumas coisas, e teve momento que tivemos algumas matérias juntos, nesse período, aprendi que a fotografia tradicional ou jornalística cumpre o papel de retratar a realidade e o figurativismo das imagens. 

Já a artística era mais conceitual e abstrata, ou seja, buscava representar a beleza de modo intuitivo, para, assim, despertar a sensibilidade e a emoção das pessoas. 

E como já dizia Damien Berrard,  "A fotografia é a arte de pintar sem pincéis”.

A fotografia fine art tinha várias características, dentre elas, tinha as principais que Louis me fez decorar.

A fotografia era criada pela mente de um fotógrafo, não de uma encomenda ou projeto, ou seja, ele tinha que criar o Kuano em sua cabeça para poder dar vida a sua fotografia.

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