Capítulo 73

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Capítulo 73: Lar

"Por que você quer tanto isso? Porque disseram que eu não conseguiria."

Louis.

- E mesmo depois de tudo, de todo o sofrimento, dor e solidão, eu não me importaria nem um pouco de passar por tudo de novo, sabe por que? Porque o simples fato de ver seu sorriso, sua felicidade ou de ao menos poder estar ao seu lado já basta, pra mim basta. - Harry me falou.

Nós tínhamos acabado de contar para meus pais sobre tudo, sobre a esquizofrenia, sobre a briga, sobre meu relacionamento perturbando com o Nate, e até sobre a minha cicatriz na costela.

Tudo, tínhamos aberto o jogo.

E eu esperava todas as reações, menos a compreensão. 

Minha mãe obviamente ficou triste por não ter percebido antes que eu tinha sofrido tanto no passado, mas ela falou que já desconfiava de algo com a saúde do Harry.

O que deixou ele mais envergonhado.

Depois da briga, Harry se sentiu mal por se estressar tanto, e ficou muito pior ao ver seu quarto da arte totalmente vazio e sem história.

Ele falou que não se lembrava de muita coisa depois que escutou minha voz no banheiro, ele lembrava perfeitamente de começar a briga, mas não se lembrava de quebrar todo o quarto. 

Foi bem complicado explicar o que aconteceu, ele dormiu por horas e quando acordou até seus pais já estavam sabendo, eu imaginei que foi confuso para ele compreender tudo.

Mas ele superou rápido, e disse que novas histórias ele conseguiria pintar novamente. O lado bom é que ele não ficou nenhum pouco arrependido, e não negou que Nate mereceu cada ferimento.

Harry assim como Michael, também preferiu não entrar em detalhes do o que causou a briga dos dois, apenas me disse que eram grandes mentiras, que não mereciam ser reproduzidas. E eu também não quis saber, estava bem sem aquela informação.

Depois que conversamos com meus pais na Filadélfia, resolvemos ficar mais um pouco na cidade, já que Harry foi suspenso da faculdade por uma semana por mau comportamento, e por causar uma briga no banheiro da universidade. 

O que foi ótimo para a imprensa cair em cima, Harry era um novo empresário na área, estava começando a carreira junto com uma família que já estava no ramo a anos, foi uma ótima fofoca para se espalhar que ele não tinha responsabilidade ou era desequilibrado para liderar um empresa dos Tomlinson, e principalmente uma nova como a AID.

Mas eu estava decidido, quando contratei ele e o chamei para fazer parte do conselho lhe passando a liderança. Trabalharmos juntos era bem mais do que a confiança do nosso relacionamento, nós éramos amigos em primeiro lugar. E como amigos, eu confiava nele, ia além de amizade. Eu enxergava o talento do Harry, e não somente em como ele ficava gostoso de social. Ele era muito competente, tinha voz ativa e minha escolha levou tempo, sem contar que ele já estava sendo treinado.

Ele era o que eu precisava para AID, então antes de pensar com o coração, eu pensei com o cérebro. Não era meu lado sentimental falando, era o racional o que levava minha empresa como algo importante para vida, meu sonho.  Não errei em contratar ele, e estava ciente das coisas e boatos que teria que enfrentar, fazia parte.

Tinha coisas que era impossível impedir, as fofocas circularam, e conseguimos passar informações corretas e várias declarações, mas na Yale, a história era outra. O diretor não gostou nenhum pouco, e mesmo eu explicando diversas vezes o ocorrido, a única coisa que consegui além de impedir sua expulsão, foi sua suspensão, sem poder recuperar.

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