Capítulo 21

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DANIEL

Quando disse a Church que não iria ao clube porque estava com dor no pulso, era mentira. Eu tinha coisas para fazer e também queria descobrir sobre Kaia. Não vou conseguir parar de pensar nela enquanto não sentir sua boca em mim.

Church foi embora e liguei para nossa companhia aérea para prepararem um avião para mim. Eu estava indo para Paris, de volta ao Moulin Rouge. Quando cheguei no aeroporto, o avião esperava por mim em uma pista de decolagem privada. Não usamos muito nossos aviões privados, porque chama atenção demais para nós, então quando vamos em missões assassinas fora do país, nós usamos companhias comerciais como se estivéssemos indo a férias.

O voo para Paris foi rápido, assim que cheguei, um carro já esperava por mim e um de meus homens dentro. Acontece que apesar de gerenciarmos nossos negócios juntos, Church e eu temos nossas divergências. Ele tem os modos dele e eu tenho os meus. Ele tem os homens dele e eu tenho os meus.

Quando não estou em missões suicidas com meu irmão, estou com Marc. Meu segundo braço direito depois de Nathaniel. Ele é como Anton e Florian, mas responde a mim. Assim como Anton não responde a mim, Marc nunca responde a Church, apesar de respeitá-lo como seu Don. Quando Church dá uma ordem a Mark, ele vem confirmar comigo primeiro.

- Moulin rouge? – Ele pergunta assim que entro no carro. Afirmo com a cabeça.

Ligo o rádio e está tocando a merda da música Earned it de The Weeknd e não posso evitar ficar com o pau duro lembrando de Kaia dançando para mim. Minha respiração fica pesada e quero bater uma. Tento pensar em outras coisas, mas minha mente sempre volta em Kaia esfregando sua buceta em mim.

Marc me olha pelo canto dos olhos.

- Não sabia que te deixava excitado, amor. Se soubesse eu tinha dado em cima de você antes. – Marc brinca. Ele é gay.

Uma das razões pela qual nos damos muito bem é porque ele tem o mesmo humor que eu e não se ofende com minhas brincadeiras ou meu jeito de falar.

Estacionamos o carro duas ruas de distância do Moulin Rouge, então tivemos que andar alguns minutos até lá. Durante nossa caminhada pude ver alguns homens parados na rua olhando para gente e sei que são seguranças disfarçados. Minha cabeça explode ao ver a frente do Moulin Rouge e coberta por uma quantidade exagerada de seguranças.

Acho que com a nossa escapada alguém ficou paranoico pensando que voltaríamos para matá-lo e ele está 100% certo, mas antes vou conseguir algumas informações.

Compro um bilhete de entrada e assim que saímos, vejo, pelo canto dos olhos, o vendedor ligar para alguém enquanto olha em nossa direção. Passamos pelos seguranças, nos sentamos em nossos lugares e nunca fomos parados. Eles tinham algo planejado e eu esperava que aquilo me levasse direto para Valentini.

O show começa um pouco depois das 23 horas. Não muitos minutos depois do começo da apresentação, um cara vem a nossa mesa e nos diz de sair.

- Ah, qual é amigo? Não é todo dia que posso vir a Paris assistir a uma apresentação de Cancan. – Digo sarcasticamente.

O segurança me olha e leva sua mão ao terno, o puxa para o lado, me mostrando sua arma.

- Schneider, agora!

- Ele me chamou de Schneider. – Digo a Marc gargalhando e o cutuco com o cotovelo. – Bora.

Marc e eu nos levantamos e seguimos o segurança, mas ele nos dirige para a porta de fora. Merda! Eu preciso que ele me leve a Lucca, não para a rua.

- Então amigo- Sou interrompido.

- Não sou teu amigo.

- Ok. Tanto faz. Então inimigo... Preciso que me leve a Lucca, não estou armado. Mas realmente preciso conversar com ele.

Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora