Capítulo 67

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ALERTA GATILHO : agressao fisica e estupro.

Alyssa

Augusto me segura por meus cabelos e me impede de ir até Nate. Deus! Seu rosto está todo machucado e sangrando, tal como sua perna, me parece que ele foi mordido por um dos cachorros de Augusto.

Eu só quero tê-lo em meus braços e tocar em sua pele. Seus olhos fazem um inventário do meu corpo e quando se dá conta de que estou tão machucada quanto ele, seu rosto adota um tom avermelhado e suas narinas se dilatam.

— PARE DE MACHUCÁ-LA! EU VOU TE MATAR! VOCÊ VAI TER UMA MORTE DOLOROSA, SEU FILHO DA PUTA!

Sangue deixa seus lábios, conforme Nate grita e se agita, tentando se soltar da cadeira. Augusto me mantém perto dele, me segurando por meus cabelos. Ele me solta e alisa meu corpo.

— Quer ir até ele? Vai... pode ir... — Diz Augusto próximo ao meu ouvido, mas alto o suficiente para que Nate possa escutar. Viro o rosto e olho para Augusto, quero saber sua expressão.

A porta se abre novamente e Schüller entra acompanhado de Magda.

— Schüller, você é o próximo! — Diz Nate. — Você está tão morto quanto ele.

Schüller sorri assustadoramente e volta sua atenção para Augusto.

— Não os achamos, chefe. Os cachorros morreram.

— Onde está Dante? — Pergunto olhando para Magda, mas ninguém me responde. — ONDE ESTÁ DANTE? — Grito me virando para Augusto. — Onde está meu filho, Gus? Por favor!

A figura de Augusto fica embaçada quando lágrimas enchem meus olhos.

— Você quer ver seu filho novamente? — Pergunta Augusto calmamente. — Quero que o mate. — Diz apontando a arma para Nate, em seguida, a entregando a mim. — Mate-o e deixo que fique com Dante, caso contrário... — ele volta sua atenção para Magda. — Arrume uma mala para Dante, você vai acompanhá-lo de volta à Colômbia, onde ele será criado por seu avô e seu tio.

Magda assente e deixa o escritório.

— NÃO! — Grita Nate.

— Não, Gus. Por favor! — Eu choro.

— Então mate-o. — Ele aponta uma arma em minha cabeça, obrigando-me a pegar a outra. Tiro a arma de sua mão e olho para Nate. Eu não posso fazer isso. Eu não posso machucar Nate mais do que já o machuquei.

— Está tudo bem, ma nine. Só termine logo com isso e cuide de Dante.

Choro de soluçar e ergo a mão, apontando para Nate.

— Está tudo bem. Eu te amo, ok? Não se culpe por nada. Eu te amo. — Ele não fecha os olhos, ele me encara o tempo inteiro e continua murmurando "eu te amo".

Seus olhos estão marejados e é difícil demais que esteja olhando para mim enquanto tenho que fazer isso.

Puxo a trava da arma e levo meu dedo ao gatilho.

— Só puxe o gatilho, Lys. — Diz Augusto.

Em vez de fazer como me diz, dou dois passos para trás e posiciono a arma sob meu queixo. Schüller, que continua no quarto com a gente. Tira a arma de seu coldre e a aponta para Nate.

— ALYSSA! NÃO! — Grita Nate, se debatendo, tentando se soltar. — Amor, olha para mim.

Desvio meu olhar para ele, mas minha atenção logo é chamada por Augusto que grita.

Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora