Oi, amados! Mais 5 capitulos e chegamos ao fim.
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Alyssa
Minha garganta dói e minha cabeça dói mais ainda. Preciso forçar para engolir minha saliva. Minha garganta se fecha em uma dor quase insuportável, como se eu tivesse contraído monocleose.
Abro os olhos e analiso o cômodo ao meu redor. Esfrego a garganta com as mãos e me sento, rapidamente fazendo um inventário do meu corpo. Levo minha mão a minha virilha, como se aquilo fosse me fazer descobrir se Augusto me violentou em meu sono ou não.
— Prefiro quando você está acordada gritando.
Sobressalto com uma voz e vejo Augusto sentado em uma poltrona disposta adjacente a cama, olhando direto para mim. Ele esteve me assistindo dormir.
Seu olhar muda de preocupado para aliviado. Ele achou que tivesse me matado, mas ele não matou e isso o alivia. Isso quer dizer que ele não tem intenções de me matar. O que, em certo ponto, é bom.
Augusto se levanta e vem em minha direção. Me mexo, empurrando meu corpo para trás até que minhas costas batam contra a madeira da cama, até que eu não tenha mais para onde fugir. As lágrimas começam a escorrer novamente, estendo a mão direita em um pedido para que ele pare e me deixe em paz.
— Gus, por favor— Tento dizer, mas minha voz não funciona. Não estou rouca, estou completamente sem voz. Choro ainda mais. — Por favor, não me machuca! — Gesticulo com a boca, mesmo que som nenhum deixe meus lábios.
Augusto continua se aproximando e se deita ao meu lado. Ele me puxa, para que eu me deite em seu peito e me prende forte em seus braços. Não é um carinho ou um abraço, ele me prende no local, pois ele sabe que a última coisa que quero é o contato físico de nossas peles, então ele me força a aceitar seu abraço. Ele está me torturando.
Faz dias que não vejo Dante. Faz dias que desapareci e nem sei exatamente que dia é hoje.
— Ele se foi, Ally. Agora você é toda minha. Não vou dizer que não estou machucado por ter me traído. Mas eu te perdoo.
Quem se foi? Eu quero perguntar, mas sei que minha voz não está funcionando. Todavia, tenho uma pequena dúvida. Queria saber, como ele sabe disso. Church não se deixaria matar tão facilmente. Eu espero.
— Quero ver Dante. — Augusto não entende o que estou falando e me afasta para poder ler meus lábios. — Quero ver Dante!
Ele continua olhando para meus lábios e encaixa sua mão em minha nuca, puxando-me para ele. Eu quero vomitar todo conteúdo que comi ontem à noite, mas sei que isso é um teste. E se eu passar, talvez ele me deixe ir ver Dante.
Seus lábios encostam nos meus. Me fazendo trair meu Nate novamente. Aquele dia em que estive com Daniel volta a minha cabeça e lágrimas se formam em meus olhos ao me lembrar da dor e do sofrimento que infringi a Nate.
Augusto empurra a língua dentro de minha boca e sinto as lágrimas escorrerem por minhas bochechas, mas não paro de beijá-lo. Deus! Eu quero morrer. Quero me afastar dele e socar seu rosto nojento até que esteja morto. Mas acima de tudo, eu quero e preciso saber como Dante está. Eu não posso fazer nada com Augusto sem saber que posso tirar meu filho em segurança daqui.
Ele finalmente afasta os lábios de mim e seca minhas bochechas.
— Espero que sejam lágrimas de saudades. — Sorrio e encosto minha testa na dele, em um gesto carinhoso, mas a verdade é que gostaria que dar uma cabeçada em seu nariz e fazer com que sangrasse até a morte. — Venha. Vamos dormir e ao amanhecer te levarei para ver Dante. Ele não está aqui, caso a Famiho nos encontre e tente nos atacar...
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Porto seguro (Dinastia Schneider)
RomancePorto Seguro, primeiro livro da trilogia Dinastia Schneider. Alyssa e seu filho fogem de seu país natal para a França, com a intenção de se esconderem de sua família mafiosa e seu marido abusivo. Sem visto, Alyssa aceita o trabalho de stripper em u...