Capítulo 16

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CHURCH

Estou deitado no sofá quando escuto gargalhadas vindo de minha piscina. Não preciso me levantar para saber quem é, mas me levanto mesmo assim. Kaia ainda não reparou que eu voltei para casa e muito menos que sou eu o proprietário. Eu sempre guardo o carro na garagem e deixo as janelas fechadas por causa do ar-condicionado central. Meus seguranças não estão aqui hoje e Daniel é o único barulhento. Ela não poderia reparar.

Me levanto e silenciosamente desço as escadas. Kaia solta seu filho na borda da piscina e ele corre para longe, atrás das borboletas. Ela fica apoiada na borda da piscina, olhando para ele, não posso evitar e assustá-la. Eu pagaria milhões de euros para ver sua cara de assustada e envergonhada olhando para mim.

Ela parecia verdadeiramente chocada ao me ver, então não creio que tenha alugado o chalé de Rebecca perto de mim propositalmente. Não pude evitar e me perguntar repetidas vezes se alugar o chalé e vir procurar um trabalho em minha boate era obra do acaso ou não.

Talvez seja italiana e esteja fingindo ser colombiana? A escutei falar em espanhol com seu filho, Dante, e parecia legítimo também.

Vê-la falar espanhol me fez criar fantasias sexuais que nunca tinha tido antes. Sua boca é extremamente sexy com uma pintinha ao lado superior direito de seu lábio. Seus lábios estão sempre brilhosos, porque estão sempre húmidos e fico me perguntando qual seria a sensação de enfiar a língua em sua boca. A língua ou outras partes do meu corpo.

Fiquei surpreso quando Kaia aceitou vir lanchar em minha casa, ela parecia tão envergonhada - não por eu tê-la encontrado em minha piscina -, mas por Dante ter me chamado de pai, que pensei que ela fosse fazer as malas e voltar para o buraco de onde veio.

Assim que Kaia entra pelas grandes portas de minha casa, Dante pede para ir para o chão, ela faz como solicitado, o colocando no chão e ele corre para a bola de basquete de Daniel, no canto da sala.

- Quais seriam as possibilidades que de todas as pessoas no mundo, você fosse meu vizinho? – Ela me pergunta com um sorriso no rosto e balançando a cabeça de um lado para o outro.

Dante tenta chutar a bola e ela diz "Attention" em francês e completa com "cariño" em espanhol.

- Eu estava me perguntando a mesma coisa. – Digo me sentando no sofá, ela continua parada em pé de frente para a porta como se estivesse sem graça por estar dentro de minha casa. – Sente-se, Kaia.

Ela respira fundo e vem para perto de mim. Ela ainda está de biquini e só quando começa a abaixar a bunda para se sentar no sofá que me dou conta de que ainda está molhada. A seguro pela cintura, suspensa no ar sem deixar que se sente.

- Espera, você está molhada.

Ela se levanta e corro para ir ao banheiro pegar uma toalha. Coloco a toalha no sofá e ela se senta por cima. Dante está brincando com os dominós de madeira na mesa de centro, os empilhando.

- Não vou me desculpar mais uma vez. Está ficando cansativo todos os me desculpe. – Ela diz, dando ênfase na palavra. – Inclusive, por que se importa com um pouquinho de água? Você não tem dinheiro para comprar outro sofá?

Indaga Kaia sarcasticamente.

- Não estava esperando por desculpas. E não é porque tenho dinheiro que quero contribuir para a superprodução de produtos e o uso desnecessário de matérias primas e secundárias. – Os olhos de Kaia brilham com minha resposta e sei que ela gostou do que ouviu. - O que a traz a França?

Ela olha para mim e semicerra os olhos. O sorriso sarcástico que estava em seu rosto desaparece completamente. Ela não quer ser interrogada.

- Foi para isso que me trouxe aqui? Para tentar arrancar informações de mim?

Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora