Capítulo 59

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Alyssa

— Acabou. — Repete Nate, me confortando, com a boca grudada em minha cabeça. Sua voz sai abafada pelos meus cabelos. — Eu te perdoo e a gente não fala mais disso. Vamos esquecer isso e seguir em frente.

A culpa ainda me corrói. Minha alma ainda está profundamente triste por ter magoado e machucado o homem que eu amo, mas agora posso sentir um resquício de esperança, pois Nate está disposto a me perdoar.

O abraço forte e soluço em seu peito durante longos minutos. Apesar de longos, não pareceram o suficiente depois do que o fiz passar.

Ele me segura pelo ombro e me afasta dele. Seus dedos penteiam meus cabelos, os colocando para trás. Então ele toma meu rosto em suas mãos novamente.

Ele beija meu olho direito e então meu olho esquerdo. Ele beija a ponta do meu nariz e esfrega o seu próprio nariz no meu, me fazendo sorrir. Como um pedido, ele aproxima sua boca da minha, devagar, com cautela, sondando. Talvez esteja se decidindo se isso é o que ele realmente quer. Se, reatar comigo, é a escolha certa a se fazer, mas não existe escolha certa. Nunca fazemos escolhas certas quando se trata do amor.

Seus lábios encostam nos meus em um beijo casto.

— Me perdoe! — Sussurro com meus lábios ainda colados aos seus.

— Eu já te perdoei, ma nine! Acabou. Não tem mais o que ser perdoado ou lembrado. — Ele se afasta um pouco de mim e olha nos meus olhos. — Vamos deixar o passado, no passado e seguir em frente, ok?

Afirmo que sim com a cabeça e seus lábios se juntam aos meus novamente, dessa vez em um beijo um pouco mais profundo, que me permite sentir a umidade de seus lábios. Eu quero que Nate seja ainda mais profundo comigo, quero senti-lo em mim, me tocando, me beijando, mas não sei até onde ele está disposto a ir. Não sei até onde ele me perdoou.

Como se ouvisse meus pensamentos, Nate abre a boca e empurra sua língua contra meus lábios pedindo permissão para entrar. Abro meus lábios para ele e gemo ao sentir sua língua encostar na minha.

— Que saudade eu estava de você! — Digo e imediatamente volto a beijá-lo profundamente, prendendo meus braços ao redor do seu pescoço.

Uma de suas mãos desliza por minhas costas, me puxando pela cintura para mais perto dele. Deslizo minhas mãos por seus cabelos, as descendo por sua nuca, ombros até chegar em seu abdómen, mas não abro os botões de sua camisa.

Nate trilha beijos do meu queixo até meu pescoço. Ele agarra minha bunda com vontade e chupa e morde a região sensível na curva do meu pescoço. Ele sobe meu vestido, até a altura da minha cintura e me abraça por baixo da seda, precisando do pele-a-pele tanto quanto eu.

— Você quer isso, Ally? — Ele me pergunta.

— Sí, por favor.

Sem pressa, Nate abre o zíper do meu vestido, enquanto abro os botões de sua camisa e a tiro de dentro de sua calça. Meu vestido é mais apertado na cintura, então ele precisa passá-lo por cima da minha cabeça. Termino de abrir sua calça e levanto os braços para que ele possa me despir, me deixando somente de calcinha.

Ele joga meu vestido no chão e empurro sua calça para baixo, deixando a gravidade fazer o resto. Estamos ambos seminus, expondo as cicatrizes superficiais e aquelas escondidas na alma também.

Posso ver os olhos de Nate me olhando profundamente, avaliando as cicatrizes que Augusto deixou em meu corpo. Por algum motivo, como se tentasse esconder mais do que meu corpo, como se tentasse esconder as marcas deixada em minha alma e as perturbações causadas em meu espírito, cubro meu corpo com os braços, cruzando as mãos na altura do quadril.

Nate se aproxima ainda mais de mim.

— Nunca esconda esse corpo de mim. — Ele me consola. — Eu amo todas as partes dele e ainda mais as imperfeições.

Ele beija a cicatriz em círculo em ombro, do dia em que Augusto me queimou com um cigarro. Então ele beija a cicatriz em meu braço, de uma das vezes em que Augusto me bateu. Ele se ajoelha e beija a cicatriz em minha barriga de uma vez que Augusto me mordeu.

Nate se ajoelha e puxa minha calcinha para baixo, a deixando cair a meus pés, e beija meu monte de Vênus, por todas as vezes em que Augusto me forçou a dormir com ele.

Nate se levanta e me empurra devagar até o sofá. Quando a parte de trás de meus joelhos, encostam no sofá, deixo meu corpo cair sentada, Nate se ajoelha entre minhas pernas, me fazendo deitar e me beija profundamente. Tão profundo, quanto profundo pode ser.

Abaixo sua cueca com os pés, expondo seu sexo para mim. Nate aproxima seu corpo do meu e como se fossemos atraídos um pelo outro, sua ereção me preenche, arrancando um gemido meu.

Nate mexe um pouco os quadris, dando lentas estocadas em mim, mas então ele para e nosso olhar se encontra.

Nate e eu sempre tivemos essas conversas silenciosas com olhares. Temos o olhar cumplice, o olhar 'eu te desejo', o olhar 'o que ele está fazendo?', o olhar 'preciso te contar algo quando chegarmos em casa'.

Também temos os olhares sentimentais que dizem eu te amo, eu te desejo, eu te quero, eu não posso te perder. Desde minha traição, seus olhares têm sido de raiva e tristeza, até que não tivesse olhar nenhum, pois ele não suportava olhar para mim.

Agora seu olhar diz muitas coisas, eu te entendo, eu te perdoo, eu te tomo, eu te amo. Mas também dizem algo mais.

Esse momento entre nós dois não é sobre o sexo, sobre o prazer, sobre a necessidade. Esse momento é sobre reconexão, sobre amor e saudades.

Dizem que os olhos são as portas para a alma e nesse exato momento, estamos nos abrindo um para o outro e entregando a chave para as coisas mais profundas que existem dentro de nós. Confiando que o outro vai guardar e proteger até que a morte nos separe.

Nate desvia seu olhar do meu e esconde o rosto em meu pescoço.

— Eu preciso saber algo, Ally. Eu vou te perguntar isso e nunca mais tocamos nesse assunto.

— Diz.

— Você tomou a pílula que eu te dei?

— Sim, Nate. Minha menstruação desceu no dia seguinte.

Ele volta a encontrar meus olhos.

— Eu quero outro filho. — Ele me beija docemente. — Quero te ver grávida e poder te mimar. — Ele me beija de novo. — Posso te fazer um filho, Ally?

Sinto meu interior se contrair de desejo, de vontade. Nate sente minha contração e o entende como uma resposta. Ele volta a se movimentar dentro de mim, me fazendo amor doce e calmo, como ele nunca havia feito antes.

Ele sabe que não posso engravidar, pois ainda não estou no período fértil, mas é a intenção, o desejo em seu coração que conta.

Suas estocadas ficam mais rápidas, sinto que estamos chegando ao nosso limite. Nate me abraça forte, sinto seu sexo pulsar em mim, então ele se libera, me trazendo ao precipício junto com ele.

 Nate me abraça forte, sinto seu sexo pulsar em mim, então ele se libera, me trazendo ao precipício junto com ele

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Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora