Capítulo 34

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CHURCH

Por isso não baixo a porra das minhas guardas para ninguém. Eu era inabalável e Kaia chegou abalando todas as partes de mim e me destruindo no caminho. Eu faço tudo por ela. TUDO. Mas ela não me acha o suficiente e quer primeiro dormir com meu irmão para depois aceitar ficar comigo? Não fiz dela minha primeira opção, para que ela me faça a sua segunda.

A última coisa da qual preciso é de uma fraqueza em tempos de guerra. A melhor coisa é que Kaia saia da minha vida o mais rápido possível, nem que eu tenha que depositar um milhão em sua conta bancária e fazer com que ela suma da França para sempre.

Eu precisava ficar longe dela. Então subo em minha moto e dirijo sem rumo por um longo momento, antes de decidir voltar para casa, no meio da tarde, para tomar um banho e sair para jantar em um restaurante. Deixo a moto parada em frente à entrada, pois sei que vou sair de novo e me dirijo até a porta.

- Kaia voltou para o chalé depois do café da manhã e não voltou mais, senhor - Diz um de meus homens parados em frente à casa. Afirmo com a cabeça e entro.

Tiro o celular do bolso e vejo que tem um monte de mensagens de Daniel.

Dani: Cadê vc boneca

Dani: Achei que tivesse falado para me encontrar na tua casa

Dani: fdp kd vc

Estou parado em frente a porta da entrada, tentando escrever uma mensagem para responder Daniel, quando chega mais uma.

Dani: Vsf tô indo embora

Quando levanto a cabeça, vejo Daniel indo em direção a porta que leva para a garagem.

- Ah! Achei que não fosse chegar nunca. Onde você estava?

- Precisava espairecer... Fui andar de moto.

Daniel ficou me olhando por um momento, pensativo.

- O que você queria me dizer?

- Sei quem é a mula.

Daniel começa a andar de volta para a sala que dá para o jardim e o chalé de Kaia. Começo a explicar que encontrei Jean dentro de um dos quartos, quando sou interrompido por um de meus homens.

- Tem quatro homens no chalé, senhor. Achei que gostaria de saber.

- Como assim tem quatro homens no chalé?

- Richard viu quatro homens entrando no chalé através da mira do snipper, há exatamente 4 minutos.

Só uma coisa se passa em minha cabeça. De quem quer que Kaia estivesse fugindo, a achou. Meu coração congela, pois George me disse que Kaia tinha voltado para o chalé.

Merda! Por que fui brigar com ela?

- Kaia. - Dizemos Daniel e eu juntos.

Estamos prontos para correr escada abaixo, mesmo desarmados, mas Pierre nos intercede.

- Kaia não está no chalé, ela saiu.

- Como assim ela saiu? Cadê os seguranças dela?

- Não enviamos nenhum, senhor. Vocês brigaram, não achei que fosse- o interrompo o puxando pelo colarinho. Daniel me afasta de Pierre.

- ENCONTRE-A! - Grito a ordem. Puxo suas armas de seu cinto, posso ver que está com medo de levar um tiro, mas passo por ele e corro escada abaixo.

Escuto Daniel me chamando e ordenando que venham atrás de nós, então escuto seus passos atrás de mim, no chão perto da piscina. Corro pelo jardim até o chalé. Ao chegar perto dos pinheiros, ando sorrateiramente, até estar ao lado da janela e tento olhar o interior do chalé. Os homens estão mexendo nos pertences de Kaia e posso ver um deles colocar microcâmeras em alguns locais estratégicos. Provavelmente sabiam que Kaia e eu deveríamos passar o domingo com os Vidal, mas como Kaia estava bêbada demais, resolvi vir para casa.

Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora