Capítulo 69

2.4K 207 47
                                    

Alyssa

— DANTE! — Eu grito ao avistá-lo no colo de Magda seguindo logo atrás de Amanda.

Meu instinto maternal buscando proteger meu filho grita mais alto do que qualquer sentido e deixo minhas pernas me levarem até ele.

Nunca achei que fosse ser capaz de correr tão rápido em toda a minha vida. Uma vez li um estudo que dizia que mães, para defenderem seus filhos, liberam uma onda de adrenalina capaz de fazê-las levantar um carro inteiro somente com a força dos braços. E eu sei que se Amanda colocar meu filho dentro daquele helicóptero, eu sou capaz de me agarrar a qualquer coisa e ir atrás dele.

— ALYSSA! — Escuto a voz de Nate e Dan chamando por mim, mas não vou parar até que Dante esteja em meus braços novamente, de onde ele nunca mais sairá, até que complete seus 55 anos.

Tanto eu, quanto Amanda e Magda estamos a poucos 300 metros de distância do helicóptero. Eu não posso atirar, pois corro o risco de uma bala perdida pegar Dante.

Tento correr mais rápido. Minhas pernas queimam e meus pulmões gritam. Minha garganta está seca e minha língua cola no céu da boca. Deus! Eu estou exausta!

Pelo fato de estar correndo com Dante, Magda é mais lenta e fica alguns passos atrás. Amanda sabe que não pode fugir, pois a estou alcançando. Ela toma Dante dos braços de Magda e discretamente aponta uma arma para sua barriga.

Meu filho vai precisar de muita terapia depois dessa semana.

— Por favor, Amanda. Me dê meu filho e você pode ir. Ninguém vai te machucar. — Eu grito, pois o barulho do helicóptero é alto demais.

Ela sorri diabolicamente e quero dar um soco em sua cara idiota por fazer meu filho passar por isso.

Dante está chorando e meu coração derrete sobre meu estômago com a imagem dele se jogando para mim, querendo se reunir com sua mãe. Deus! Que péssima mãe eu sou por ter deixado meu filho ser infligido a tudo isso.

— O que foi que eu fiz para você, Amanda? Exceto ser sua amiga... eu nunca fiquei contra você, nunca brigamos—

— Você é idiota? — Ela me interrompe.

Meus olhos viajam da arma, para meu filho e para Amanda. Ela olha por cima do meu ombro, sei que é Daniel e Nate se aproximando, mas não viro o rosto para olhar, pois tenho medo de que um segundo de minha atenção possa mudar toda a história.

— Diga a eles que fiquem longe, ou eu mato Dante.

— Não estou te desafiando, Amanda. Mas você não faria isso... você ama o Dante como se fosse seu próprio filho.

Ela semicerra os olhos para mim.

— Se você machucar meu filho, eu juro— Começa Nate, antes de ser interrompido por Amanda.

— Jura o que? — Ela esfrega o cano da arma na barriga de Dante. Dios mio! Minhas pernas faltam enfraquecer e ceder abaixo de mim.

— Por favor! Para com isso! O que eu fiz para você?!

— Você o tirou de mim! Você se casou com ele! Sabia que eu era apaixonada por Augusto na escola!

Meu Deus! Ela é louca! Augusto e ela se mereciam. Saímos da escola há mais de cinco anos. Eu fui obrigada a me casar com Augusto, ela fala como se tivesse sido minha escolha.

— Fui obrigada a me casar com ele! Acha que teria continuado em um casamento onde meu marido me bate? Perdeu a cabeça?

Ela olha por cima do meu ombro mais uma vez e aperta mais a arma na barriga de Dante. Me viro rapidamente e estendo a mão.

Porto seguro (Dinastia Schneider)Onde histórias criam vida. Descubra agora