Fase final.

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ANGEL

Era estranho estar tanto tempo assim ser ver Rafe, desde aquelas 3 semanas que passamos separados nunca mais tinha acontecido, até o dia que fomos no pântano. Praticamente só tive um dia inteiro com ele e já estava sem vê-lo a duas semanas.

Algo relacionado ao pai dele e coisas que eles precisavam fazer juntos, isso me assustava muito. Tudo estava bem, eu não queria ter que lidar com o Rafe de novo contaminado com as coisas que Ward põe em sua cabeça.

—Angel filha vai descer pro almoço?—Ouvi a voz da minha mãe atrás da porta.

Ela estava fazendo comida árabe ou algo do tipo, desde que eu fui sequestrada ela trancou todos os projetos por um tempo e agora vivia em casa. Na maior parte do tempo fazendo receitas.

Me sentia mal em fazer desfeita mas a real é que nada estava parando no meu estômago, havia dias. Quando eu era criança costumava vomitar bastante, mas eu tinha uma gastrite péssima, hoje em dia tenho a saúde perfeita, não faço ideia do que me fez ficar assim.

Ou faço. Fechei meus olhos me preparando para responder, mas ainda com pensamentos na minha mente. Os que vieram segundos atrás e eu nem sequer queria ter.

—Vou estudar mais um pouco mãe.—Falei gritando.

—Ta bem.—Ela disse e ouvi seus passos afastarem da porta.

Ta. Me levantei da cadeira e comecei a andar de um lado para o outro. Faziam exatas 2 semanas que eu transei com Rafe. Provavelmente não era nada, mas checar meu calendário menstrual foi algo que me veio em minha cabeça, só que eu não tinha um.

Ela sempre era tão irregular, era muito difícil saber isso. Deus! O que eu faria se estivesse grávida? Sei que falei que queria ter mini Rafes mas não era tão rápido assim. Calma Angel, provavelmente não é nada e você só tá ficando histérica.

Com certeza são essas receitas esquisitas, elas tem muito tempero e você não tá acostumada. Falei para mim mesma na tentativa de me acalmar. Em seguida me joguei na cama.

Fiquei ali encarando o teto por míseros 5 minutos até perceber que aquilo não sairia da minha cabeça. Eu precisava descartar a hipótese ou ficaria maluca.

Saltei da cama, calcei meus tênis e fui em direção a porta. Parecia que eu tinha pernas enormes porque em questão de segundos já estava nas escadas.

Eu precisava de uma mentira pra furar o almoço e justificar minha saída.

—Awhhh mãe...um autor que eu adoro vai estar na livraria do centro...—Ela se virou pra mim com o rosto todo sujo.—O que aconteceu aí?—Falei rindo.

—Parece que meus bolinhos de carne estouraram.—Ela disse tirando carne moída dos cílios.—O que acha de pizza?

—Por mim tá ótimo, não vou demorar.—Disse saindo da cozinha e fui até a garagem.

Peguei minha bicicleta e fui em direção ao centro que ficava ao sul da ilha, não demorava muito normalmente, e agora com a minha velocidade nas pedaladas demorou menos ainda. Já estava no pequeno centro, deixei a bicicleta parada no cais em frente à farmácia e entrei nela.

Um sininho tocou assim que eu abri a porta e a frente no caixa uma menina ruiva mantinha os olhos em mim, coloquei um sorriso no rosto e fui me aproximando.

—Bom dia.—Falei.

—Bom dia senhorita, o que precisa?

—Hm...você tem um daqueles é...é...—Eu estava nervosa pra falar, sla porque, acho que travei.

I hate u, I love you • Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora