Ajuda.

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ANGEL

—Angel você precisa ser acalmar tá legal?—Jj dizia segurando meu rosto.—Tragam água rápido.

A última coisa que me lembro depois de apagar, foi ver os rostos dos meus amigos em cima de mim, eles estavam com um olhar de desespero pra mim, e depois disso tudo foi um borrão.

—Precisamos levar ela pro hospital.—Jj dizia apertando meu rosto contra seu peito.

—Jj?—Abri os olhos.

—Oi princesinha, tô aqui.—Ele disse dando um beijo forte na minha testa, senti minha mão ficar mole e em seguida cair de seu braço.

—Hospital não...—falei enrolando.—Topper.—Todos eles me olharam apreensivos.—Por favor, meu irmão.

—Vamos achar ele, ta?—Jj disse me segurando ainda mais forte.—John B!! Vamos achar esse cara agora.—Jj disse gritando.

E essa foi a última coisa que eu ouvi, antes de apagar de novo. A considerar pelo que tinha acontecido agora e o início do dia, onde eu não tinha me alimentado e estava totalmente nervosa por uma possível gravidez. Fazia sentido eu desmaiar ao ver, o pai da possível criança atirar em alguém a queima roupa.

Eu não desejaria isso pra ninguém. A sensação que tive ao ouvir e ver seu braço se movimentos mesmo com a visão embasada e a audição ruim pelo alto motor do avião, foi horrível. Era como se mil facas tivessem entrado em meu corpo. E de fato, elas entraram.

Acordei com uma freada brusca da Twinkie, e ao olhar de relance vi Kie e Pope indo para fora.

—Ei!!! Topper!!!—Ouvia a voz dos dois seguida de batidas no portão.—Não vejo ninguém.

Eles ficaram gritando por mais tempo e eu deixei de acompanhar, fechei meus olhos de novo. Eu parecia não ter energia o suficiente para mantê-los abertos. Acho que o meu corpo queria fazer o mesmo que o coração fez, quando viu Rafe lá.

Parar de bater.

—porra a Angel não tá aqui.—Ouvi a voz do meu irmão, e na hora foi como se um respiro de vida invadisse meu corpo.

—Na verdade ela tá aqui com a gente.—Kie disse e na hora foi como se meus olhos que estavam fechados e em outra direção, mesmo assim se encontrassem com os dele.

—O que aconteceu?—Senti a Twinkie se mexer assim que ele entrou.—Angel, o que foi?—Ele disse pondo a mão em meu rosto.

—Preciso da sua ajuda.—Falei segurando seu mindinho.

—Eu to aqui.—Ele apertou minha mão.—Somos eu e você.

—Me leva pra dentro, por favor.—Não adiantou nada segurar as lágrimas, minha entonação entregou que eu queria desabar. E assim eu fiz.

—Vamos lá Maybank.—Topper disse fazendo um sinal para Jj o acompanhar.

Meu loirinho se colocou de joelhos, me envolvendo em seu colo e em seguida com dificuldade se levantou. Ao sair da Twinkie vi as árvores que cercavam a entrada da minha casa e suas folhas, vivas e brilhando contra o sol. Acho que essa seria o cenário mais bonito que tinha visto em um dia inteiro cruzando o inferno.

Atravessamos o portão e ao olhar pra garagem o carro da mãe não estava aqui, obrigada universo por pelo menos isso. Seria difícil explicar o que aconteceu e se ela me visse naquele estado tudo iria piorar. Ao chegar na casa, Jj me colocou sobre o sofá.

—Quer que eu fique?—Jj disse ajoelhado na minha frente acariciando minha testa.

—Vou ficar bem Jj.—Falei e ele depositou um beijo na minha têmpora e em seguida se levantou, ele já ia se afastando quando segurei seu braço, e ele me olhou.—Amo você Jj, obrigada por tudo.—Falei e vi um sorriso relaxar o rosto apreensivo que o menino estava desde o meu desmaio.

I hate u, I love you • Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora