Nassau.

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ANGEL

Para Alexey, carta 1. 19/07/20

Não era do meu feitio fugir, mas naquela altura eu já não sabia nem quem eu era mais. Eu não queria acreditar no que vi, e por dois dias seguidos eu fiquei em negação. Doía lembrar do dia da pista de pouso, dos barulhos, do desespero, dos testes e dele. Eu estava completamente perdida e ao chegar em casa encarei uma dificuldade ainda maior na minha frente.

Tinha me esquecido do motivo principal de ter ido no cut e ter visto o que vi. Benditos testes. Ao chegar em casa naquele dia horrível. Eu estava em pedaços, não me restava nada além de selar o meu destino e olhar aquelas coisas. Sem ele.

E ao olhar eu me vi em frente ao pior cenário que já tinha se apresentado na minha vida desde a morte do papai. Eu tinha uma coisa dentro de mim. Uma coisa que crescia. Uma coisa que eu não queria.

E pela primeira vez na vida, eu não tinha ideia do que ia fazer, de como ia virar esse jogo. Não queria que Rafe se aproximasse um centímetro de mim e muito menos da coisa. Eu sentia que se ele soubesse, eu nunca mais conseguiria escapar de sua sombra.

Pedir ajuda ao meu irmão foi o melhor que me ocorreu e pra minha supresa, Topper foi bem maduro e me guiou totalmente na situação. Eu estava cega e sem forças.  Conseguimos traçar um plano.

Eu iria pra Nassau, programa da Juilliard de um ano e com certeza depois desse período eu iria ser aceita na faculdade Juilliard em Nova York. Eu só precisava me esconder por esse tempo. Esconder a coisa de Rafe e de todos.

Ele não podia me achar então, foi aí que envolvemos minha mãe no meio. Não contei da gravidez, era vergonhoso demais, saber que eu arruinei todas as expectativas que ela colocava em mim, como alguém inteligente e responsável. Eu estava grávida com 19 anos, quase 20.

Eu disse que ele era maluco e obcecado por mim, o que não deixava de ser verdade. Ela comprou a história e criou todo um cadastro pra mim em uma das empresas da família, na França. E quando Rafe, os pogues ou qualquer outra pessoa perguntasse, lá estaria eu. Angel Cameron, Diretora Executiva das Empresas de Tecnologia e Software Thornton.

E foi assim que eu vim parar aqui, nessa sala de uma casa modesta mas não barata em Nassau. Com uma barriga de 4 meses, que ainda está pequena e não cresce de jeito nenhum.

O médico disse que eu estava tendo dificuldades, algo relacionado as crises de pânico que eu tinha a noite. Meu sono não era bom, eu acordava a noite gritando era sempre algum novo pesadelo, com ele. Ou algo muito bom com ele, que me fazia acordar deprimida.

I hate u, I love you • Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora