Banda indie.

675 38 11
                                    

ANGEL

Estava olhando meu pulso a exatos 15 minutos já, o endereço estava borrado devido a toda minha esfregação no banho. Palm Beach Street, 1.. Nassau.

Os números da casa estavam borrados e eu não conseguia encontrar o local no meio de mais uma rua de coqueiros entre as milhares de Nassau.

—Quando você vai pegar o carro de volta hein, tô cansada de ficar caminhando como uma mula.—Ouvi uma voz feminina atrás de mim.

—Quando o idiota do meu pai pagar a multa, ele fica tendo essa conversa sobre responsabilidades, foda se isso.—Seguida de outra voz masculina, me virei pra olhar e me deparei com uma garota ruiva e um cara loiro e extremamente alto.

—Oi, vocês poderiam me dar uma informação?—Essa era minha única cartada, já que o mapa não fez nada por mim. Eles pararam a conversa pra me olhar.

—Estamos super atrasados.—O garoto disse não fazendo questão nenhuma.

—Ei Brandon, seu idiota.—A garota ruiva repreendeu.—Ficaremos felizes em ajudar.—Ela disse cutucando o ombro do tal Brandon com força, acho que ela queria socar invés de cutucar.

—Eu estou procurando esse endereço?—Falei mostrando o punho.

—Aaahhh é seu dia de sorte, também estamos indo pra lá.—A garota disse sorrindo.—É virando a esquina, casa do Nate.

—Da onde conhece ele?—Brandon disse cruzando os braços.

—Aparentemente temos aula de piano juntos.—Falei e o garoto fez uma cara suspeita, como se soubesse de algo.

—A propósito sou Lizzie.—A ruiva disse estendendo a mão, que eu apertei.

—Angelina, mas pode me chamar de Angel.—Falei com um sorriso.

—Vão ficar batendo papo ou vamos logo, não tô afim de tomar esporro Lizzie.—Ele bufou de novo, eu acho que nunca tinha conhecido alguém tão mal educado.

—Porque sempre tem que ser um grosso?—A garota disse cruzando os braços. Confesso, estar no meio de uma dr de casal agora e em especial um que eu nem conhecia, devia estar longe da minha lista de lugares favoritos pra estar.—Vamos logo, é na esquina.

Lizzie disse e fomos andando até a casa de Nate. Eu sempre morei em um casarão, mas as de OuterBanks carregavam outra vibe, tudo era bem retrô e eu gostava bem mais disso.

A casa de Nate parecia uma nave, bem futurista e clean. Tinham luzes por toda parte, iluminando os coqueiros e um incrível canteiro por todo o gramado. Na grama já tinham latinhas espalhadas, papéis e muita gente deitada se pegando.

Soltei uma risada nasal ao pensar que o primeiro lugar onde estava levando a coisa, era praticamente uma orgia de jovens. Drogados, formandos,inconsequentes e aspirantes a artistas.

Bem vindo a faculdade. E eu ainda nem estava oficialmente nela.

Caminhos pela estradinha de pedras que levava até a porta e nem precisamos bater, Brandon escancarou a mesma tornando a mostra todos os seus músculos.

No caminho até a casa, conversei bastante com Lizzie, que me contou o possível sobre Brandon e Nate. Ele jogava com Nate, eram melhores amigos e passavam a maior parte do tempo juntos. Lizzie disse que era treinando, mas eu conhecia droga de longe, o Brandon era usuário.

I hate u, I love you • Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora